Post Page Advertisement [Top]

Dicas de Viagem: Bali


Preparar a viagem para Bali foi uma odisseia e tanto. Se, por um lado, as partes mais conhecidas têm informação de sobra na internet, outros dos locais que pesquisámos não tinham informação praticamente nenhuma. Como sabemos que este é um assunto que preocupa muitos viajantes, vamos deixar aqui algumas dicas para quem pretender viajar para Bali.

1 - Visto

Até Março de 2015, era necessário pagar um visto para entrar na Indonésia. O visto poderia ser pago à chegada, não necessitando de preparação prévia. No entanto, a legislação mudou e os voos adquiridos após essa data já incluem a taxa de entrada e saída no país, não sendo necessário qualquer pagamento. 
Para terem noção de como foi difícil perceber esta informação, só tivemos total conhecimento desta legislação quando chegámos ao posto de controlo no aeroporto.

2 - Dinheiro

A moeda local é o rupia indonésio, com o código internacional IDR. Na altura em que viajámos, cada euro valia cerca de 14.000,00 IDR. Não conseguimos trocar euros por rupias em Portugal, portanto a melhor solução foi chegar a Denpasar (Bali) e levantar rupias na primeira caixa multibanco que vimos no aeroporto. Preparem-se para se sentirem milionários: o valor máximo que a caixa deixava levantar de cada vez eram 400.000,00 IDR, que corresponde aproximadamente a uns meros 26,00€... Saímos da caixa multibanco com as carteiras bem gordinhas...
Durante a viagem, necessitámos novamente de trocar dinheiro. Como calhou num dos dias que estávamos com o Roby, o nosso guia, pedimos-lhe ajuda e ele levou-nos a uma casa da confiança dele. É sempre importante ir a um local de confiança.

3 - Segurança

Em geral, o povo balinês é bastante simpático e prestável, e em alguns casos ficámos desconfiados mas apenas por sermos bons portugueses: quando a esmola é grande demais, o português desconfia. No entanto, é necessário ter cuidado em algumas zonas menos movimentadas e, simultaneamente, nas mais movimentadas (Kuta Square, por exemplo). Tomámos as medidas "normais" num turista - mala a tiracolo virada para a frente, nada nos bolsos, etc. - e correu tudo na perfeição.
Os únicos casos de roubo descarado que presenciámos foi mesmo com os macacos: são ladrões exímios e muito espertos! 

4 - A Língua

A língua falada na Indonésia é, como seria de esperar, o Indonésio. Mais precisamente, o bahasa indonésio. No entanto, os balineses têm também uma língua própria, o balinês. É curioso verificar que algumas palavras são muito (mas mesmo muito) semelhantes ao português.

Além disso, a maior parte das pessoas ligadas ao turismo desenrascam-se bem no inglês. Não vou dizer que o Roby diz algumas palavras em brasileiro, essa parte é surpresa! 

Deixamos-vos uma diga muito importante. Juntem as palmas das mãos uma à outra em frente do peito, façam uma pequena vénia com a cabeça e digam:
Indonésio: terima kasi (obrigado)
Balinês: suksma (obrigado)


5 - Deslocações 

Meus amigos, o trânsito balinês é um perfeito caos. Para começar, a circulação é feita pela esquerda, o que a nós já nos dá a ideia de estar tudo a andar em contra-mão. Para ajudar, há centenas de scooters sempre a passar, os cruzamentos são caóticos e não há passadeiras.
A maior parte dos turistas opta por uma de duas opções: alugar uma scooter ou contratar um motorista privado. Se leram os nossos textos "Let's Run Away: Bali" ou "Roteiro: Bali" já sabem que optámos pela segunda opção. Para nós foi, sem dúvida, a melhor escolha que poderíamos ter feito. A viagem ganhou muito com a informação e contextualização que o Roby nos deu para cada um dos locais que visitámos, e ficámos a conhecer muito melhor a cultura local. Apenas aconselhamos o aluguer de uma scooter a quem tenha realmente muita experiência em condução de motas.

6 - Saúde

Apesar de não haver nenhuma medicação ou vacinação obrigatória para a viagem, é necessário ter alguns cuidados e levar connosco alguns medicamentos, pois não os encontraremos por lá. Levámos connosco analgésicos, antihistamínicos, anti-inflamatórios e compridos para problemas gastrointestinais. É preciso prevenir a famosa "Bali Belly", uma espécie de gastroenterite que pode ter causada por bactérias ou pela drástica alteração dos hábitos alimentares, devido ao diferente fuso horário e à fruta exótica. 
É também necessário protegermos-nos relativamente aos mosquitos, que abundam por estas bandas. Levámos repelente em spray com uma alta percentagem de DEET e eu, que sou particularmente apetecível para as picadas, levei ainda uma pulseira repelente. 

7 - Religião

Como já vos tinha dito, Bali é uma ilha hindu. A religião está bem representada em cada canto e há um templo, literalmente, em cada esquina. É muito interessante perceber todas as características da religião e da sua devoção, mas é preciso também ter alguns cuidados de forma a respeitá-la por completo.
Em quase todas as casas e lojas vão encontrar, à porta, um pequeno cesto de folha de palmeira feito à mão com flores, pétalas, folhas, incenso, comida e dinheiro. Chamam-se canang saris e são as oferendas aos deuses. Se estiverem no chão, são destinadas aos espíritos do mal e procuram a sua apaziguação; se estiverem no alto, são destinados aos espíritos do bem e pretendem agradecer pela saúde e prosperidade. Tenham muito cuidado para não os pisarem nem derrubarem.
Ao visitarem um templo, é sempre necessário cobrir os ombros e as pernas, sejam homens ou mulheres. No meu caso, como já sabia ao que ia, no dia de visita aos templos optei por levar uma tshirt e uma saia comprida bem frescas, mas que tapassem as zonas indicadas. Ainda assim, como os balineses já sabem que, tendencialmente, os turistas vão o mais destapados possível devido ao calor, cada templo disponibiliza sarongs para enrolar à cintura. Há também alguns templos que não permitem a entrada a mulheres menstruadas.


Apenas como curiosidade, gostava de partilhar convosco a forma como os balineses dão nome aos filhos. Já tínhamos lido algures num blog antes de irmos para lá, e tivemos depois oportunidade de a confirmar com o Roby. Por tradição, os nomes dos filhos são dados de acordo com a ordem de nascimento. O primeiro filho chamar-se-á Wayan, Putu ou Gede. O segundo, Made, Kadek ou Nengah. No terceiro filho, Nyoman ou Komang. E o quarto chamar-se-á Ketut. Se o casal tiver mais do que quatro filhos, a sequência repete-se. Fácil, não? E agora dizem vocês: "Mas o nome do vosso guia é Roby!". Pois é, Wayan Roby, o filho mais velho! :)

Penso que já resumimos as principais dicas para aproveitar o melhor de Bali. Só nos resta dizer que as várias horas de viagem para lá chegar valem a pena, por cada minuto na ilha. 


Let's Run Away?

Bottom Ad [Post Page]