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Roteiro: Especial Roadtrip Miami - Key West


Assim que marcámos a viagem para Miami, foi certo para ambos que não íamos ficar por ali. A roadtrip entre Miami e Key West já estava na nossa wishlist há algum tempo e as opiniões de quem já a tinha feito não deixavam dúvidas: tínhamos MESMO que a fazer. Esta roadtrip segue a Route 1 em direcção ao sul da Flórida. Mais precisamente, até Key West, onde termina, no ponto mais a sul dos Estados Unidos da América. Ao todo, são dezenas de ilhas e nada mais nada menos do que 42 pontes - entre elas, a famosa Seven Mile Bridge.

E se era para fazer, teria que ser como manda a tradição! Por isso, alugámos com a Sixt Rent-a-Car um Ford Mustang descapotável. Podem ver mais detalhes sobre os gastos desta roadtrip no nosso orçamento para Miami, aqui

Para preparar a roadtrip, lemos muito sobre os vários locais onde íamos passar e parar, bem como conselhos de vários bloggers que encontrámos na nossa pesquisa. Para nos guiarmos em todo o percurso, seguimos o roteiro "mile by mile" do site Florida Rambler, que podem encontrar aqui. Está totalmente em inglês mas tem uma descrição bastante detalhada de todos as paragens que poderão ser interessantes ao longo da viagem. Não o seguimos à risca, mas foi uma preciosa ajuda para definirmos as nossas próprias paragens e também, para nos orientarmos no caminho.

Começámos o dia mesmo muito cedo, com o levantamento do carro na loja da Sixt de Lincoln Road. Cumprindo os conselhos que tínhamos lido, mantivemos a capota fechada até entrarmos na primeira ponte da roadtrip
Primeira dificuldade: passar de Miami Beach para Miami e encontrar a Route 1. Tivemos oportunidade de conhecer um bocadinho o ambiente da cidade ao romper do dia, com o contraste das palmeiras e dos prédios altíssimos.


Apesar do receio inicial, não foi difícil encontrar o caminho certo e cerca de uma hora depois pela "América tradicional", estávamos já a ver a primeira ponte, para Key Largo. 


Foi nessa altura que resolvemos parar na berma da estrada para abrir a capota do carro. A julgar pelo sinal, não escolhemos a melhor zona... 




Key Largo foi uma das maiores ilhas por onde passámos. É bastante desenvolvida, com muito comércio, muitas casas e muito trânsito. Foi também a ilha onde mais parámos: primeiro na "Key Largo Chocolates", uma colorida loja com a famosa Key Lime Pie. A tarte de lima é muito famosa por estas bandas, mas resolvemos experimentar uma versão diferente: a versão gelada, em pauzinho, com cobertura de chocolate. Não só pelo calor que se fazia sentir nem pela fome, posso-vos dizer que foi uma óptima escolha. É deliciosa!



A segunda paragem foi no "The Laura Quinn Wild Bird Sanctuary", um centro de resgate de pássaros feridos, da fauna local. A entrada é gratuita (podem optar por deixar um donativo, como compensação) e a visita demora menos de meia hora. Além de ser um sítio lindíssimo, é possível observar e conhecer a história de dezenas de pássaros que foram resgatados em "más condições" do seu habitat natural, muitos deles depois de serem atropelados. 






Próxima ilha: Islamorada. Foi aqui que começámos a ficar apaixonados pela paisagem. Água turquesa, palmeiras, bancos de areia. 
É nesta ilha que está a famosa Robbie's Marina, onde os turistas podem alimentar os tarpões. É uma actividade muito conhecida por estas bandas, mas optámos por não parar aqui. No entanto, se for um dos vossos objectivos, não se preocupem: há sinalética para a Robbie's Marina com o famoso slogan "Feed the Tarpon".

Nesta ilha a nossa paragem foi na Anne's Beach. Uma linda praia mesmo ali ao lado da estrada, com um parque de estacionamento e entrada gratuita. Nem todas as praias pelo caminho são gratuitas, e esta vale mesmo a pena a paragem. Tem uma série de mesas de piquenique cobertas por telheiros, em que cada mesa tem acesso a um pequeno bocado de praia, com água limpa e quente. Foi nesta praia que tivemos a nossa primeira experiência americana: uma simpática senhora levantou-se da toalha para se oferecer para nos tirar uma foto, deixando à vista a sua pistola a sair da bolsa lateral da mala... Confesso que não me senti muito segura ao passar-lhe a máquina para a mão!




Mais pontes, mais ilhas, mais água azul turquesa. A paisagem é deslumbrante a 360 graus.





Depois de Marathon, ali estavam as duas famosas Seven Mile Bridge. A Old Seven Mile Bridge foi construída entre 1908 e 1912, inicialmente para a passagem de comboios e, mais tarde, transformada numa ponte para carros. Em 1982, devido à queda de um troço, a ponte deixou de ser transitável e hoje é apenas pedonal, utilizada como acesso a Pigeon Key. Paralelamente, a não menos famosa Seven Mile Bridge. São sete milhas de ponte e a sensação de a passar com os cabelos ao vento num descapotável é indescritível. 





À medida que vamos avançando no caminho, as águas vão ficando cada vez mais claras e as paisagens mais bonitas. As casas são tal e qual como vemos nos filmes: em madeira, tons claros e linhas muito simples. 



Ao entrarem em Big Pine Key, no semáforo, podem optar por entrar na ilha e conhecer o National Key Deer Wildlife Refuge, um centro de acolhimento de veados. Esta ilha tem uma enorme particularidade: é o único sítio do mundo onde podem ver os veados selvagens das Keys. Se tiverem essa curiosidade,  o site Florida Rambler tem várias dicas de como encontrá-los.



Quase trezentos quilómetros depois, chegamos finalmente a Key West. Na verdade, sentimos que recuámos algumas décadas no tempo. Mas chegar a Key West não significa que chegámos ao fim da viagem. Há ainda muito para ver e fazer.






Em Key West as ruas são muito mais movimentadas. O ambiente é muito característico (incluindo os galos e galinhas à solta por todo o lado) e apetece gastar horas a passear por ali. 



A primeira paragem foi a mais necessária de todas: almoço. Já passava das 14h00 e a fome apertava. Por recomendação de locais, experimentámos o Two Friends Patio. O espaço é bastante agradável, climatizado, com música ao vivo e a comida é boa.





Não tendo assim tanto tempo disponível, uma vez que ainda íamos fazer a viagem de regresso a Miami no próprio dia, preferimos focar-nos nos sítios que não podíamos mesmo perder:

- Sloppy Joe's Bar - o bar mais conhecido de Key West. Vale a pena uma visita!;




- Capt. Tony's Saloon - onde inicialmente estava instalado o Sloppy Joe's Bar. Vale a pena entrar para ver os tectos cobertos por notas de dólares deixadas pelos turistas, por matrículas e até por... soutiens!;





- Também na Duval Street (a rua principal) encontrámos um pequeno mercado local, com bastantes souvernirs típicos e objectos de decoração;


- Ernest Hemingway House - a antiga casa e agora museu do conhecido escritor está aberta ao público para visitas;



- Southernmost Point - é o ponto mais a sul dos Estados Unidos e está apenas a 90 milhas de Cuba. Na verdade, não reproduz exactamente o ponto mais a sul, pois esse ponto está restrito a turistas por pertencer à Marinha Americana.



Depois de passarmos pelos pontos principais, comermos e passearmos um bocado pelo centro, estava na hora de voltar para Miami. Pelo caminho, aproveitámos novamente a paisagem (em alguns pontos é mesmo diferente, pois a estrada de ida e de volta está dividida). 

Por exemplo, pudemos ver com muito mais pormenor a ponte em Bahia Honda...



...e as dezenas de mini-ilhas espalhadas pelo caminho.



E pudemos também constatar que até com chuva o caminho é especial (sem precisar de fechar a capota do carro, sequer)!



Não há dúvida de que esta roadtrip é especial. Não é à toa que é considerada uma das roadtrips mais icónicas dos Estados Unidos, pela Condé Nast Traveler. Ficámos com pena de não termos mais tempo para aproveitar em Key West, pela obrigação de voltar a Miami no mesmo dia. Se pudesse, era isso que alterava: uma noite em Key West.

Let's Run Away?

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