Post Page Advertisement [Top]

Roteiro: Marselha (2 dias)


"Amor, vamos a Marselha?"
Foi mais ou menos assim que a história começou. O destino estava em promoção, já tínhamos pensado em visitá-lo anteriormente, sabíamos que conseguiríamos ver a cidade em apenas dois dias e os horários dos voos adequavam-se perfeitamente a uma escapadela de fim-de-semana.
Tínhamos acabado de voltar da viagem a Hong Kong, Macau e Filipinas e embarcámos novamente, desta vez para mais perto. Apesar de termos ido em Dezembro, tivemos uma enorme sorte com o tempo e foi um fim-de-semana cheio de sol. Acho que isso nos ajudou bastante a gostar da cidade. A mim arrebatou-me muito facilmente com a luz e o magnífico pôr-do-sol a que assistimos. Muita gente fala de Paris como "a cidade luz" e, se calhar por essa expectativa, nunca achei grande encanto a Paris (e, sim, sei que Paris não é apelidada de cidade luz pela iluminação mas sim por todos os "iluminados" que por lá passaram). Mas saí de Marselha com a ideia de que aquela sim, tinha a luz que eu queria ver.


Dia 1 

Fizemos o caminho que liga o aeroporto ao centro da cidade rapidamente num autocarro, que nos custou 13,40€ por pessoa (ida e volta). O autocarro termina a rota na Estação de St Charles, que ainda fica um pouco distante do centro, mas o caminho foi fácil de fazer a pé. Pelo meio, aproveitámos para um pequeno-almoço reforçado, pois tínhamos muitos quilómetros pela frente.


Começámos o nosso percurso pela Porte d'Aix, a antiga entrada da cidade. A fazer lembrar um Arco do Triunfo em ponto pequeno, foi aqui que ficámos a conhecer a característica Marselha, com os típicos prédios e a movimentação nas ruas. 


Daqui, seguimos para a zona do antigo porto de Marselha, passando pela Église Saint-Ferréol les Augustins, que fica num dos acessos ao Vieux Port. Passámos ainda pelo Hôtel de Ville na Place Jules Verne, onde encontramos este característico "M" de Marselha.




A chegada ao Vieux Port é um dos pontos altos da viagem, por toda a movimentação e pela luz que ali encontramos. Se antes era um típico porto de pesca, neste momento serve de albergue a várias embarcações e iates bem parecidos e fotogénicos. Por ser sábado de manhã, encontrámos também o mercado do peixe em funcionamento e vale bem a pena a passagem. Como estávamos em Dezembro, ao lado do mercado do peixe existia também uma pequena feira de Natal, com produtos típicos e artesanais. O ambiente é muito característico e permite-nos entrar no corropio e no dia-a-dia dos marselheses.






Do Vieux Port demos um saltinho à Ópera Municipal, um edifício bastante imponente situado numa praça com curiosos prédios coloridos. 



Passando pelo belíssimo Vieux Port novamente (todas as passagens são poucas e é muito interessante ver as diferentes movimentações nas diferentes horas do dia), seguimos em direcção ao Le Panier Quartier. Este "quarteirão" é conhecido por ser o mais antigo de Marselha, e é também nele que se encontra uma enorme presença de street art. Logo na primeira esquina encontrámos um restaurante com bom aspecto, onde almoçámos e recuperámos energias. Depois de almoço, deambular pelas características ruas deste bairro soube ainda melhor...





Atravessando todo o quarteirão, estamos na zona do novo porto de Marselha, onde desembarcam os grandes navios de cruzeiro. É também aqui que encontramos a imponente Catedral de Marselha. Não só a Catedral no estilo neo bizantino vale a pena a visita, como também a vista para o mar é imperdível.






Infelizmente, visitámos a Catedral durante uma recuperação da fachada, o que a tornou menos fotogénica. Mas não foi por isso que nos impressinou menos...
Seguindo junto ao mar, em contraste com a arquitectura da Catedral, encontramos o moderníssimo edifício do MUCEM - Musée des Civilisations de l'Europe et de la Méditerranée. Mesmo que não estejam interessados em visitar o Museu em si, visitem o edifício, a esplanada na parte superior e aproveitem as passagens para o Fort Saint-Jean. A vista para o mar é linda!




Do MUCEM é também possível observar com detalhe o Palais du Pharo, mandado construir por Napoleão III. Este palácio está aberto ao público, para quem tiver interesse em visitá-lo. 


De seguida, visitámos o Fort Saint-Jean, um dos dois fortes que se encontram à entrada de Marselha e que tinham como objectivo a protecção da cidade por mar. É bastante próximo do Fort Saint-Nicolas, que se encontra do outro lado do canal que se dirige à antiga zona portuária.



Em frente à Église Saint-Laurent, do outro lado da rua, encontram a estátua Le dresseur d'oursons de Louis Botinelly. Com uma vista privilegiada sobre a zona antiga da cidade, a paragem vale duplamente a pena.


E porque é a imagem mais característica de Marselha, todos os caminhos lá vão dar. Estamos no Vieux Port, novamente.


O nosso objectivo seguinte era atravessar uma boa parte da cidade em direcção à Basílica de Notre-Dame. Pelo caminho, passamos pela Cours Honoré d'Estienne d'Orves, uma praça com esplanadas e lojas internacionais, onde se encontra, por exemplo, o Hard Rock Café de Marselha. 



Aproveitámos esta paragem para recuperar energias porque tínhamos uma grande subida pela frente... Como vos contei assim que regressámos da viagem, estamos a falar de uma subida de 161m de altitude, que o telemóvel identificou como sendo semelhante à subida de 58 andares! Se são preguiçosos ou têm alguma limitação física, recomendamos que utilizem um autocarro ou um táxi para se dirigirem ao ponto seguinte. O trajecto tem pouco mais de um quilómetro mas a subida é muito acentuada e a descida, posteriormente, vertiginosa.


Se o caminho é custoso, a chegada vale completamente a pena. Este foi, sem sombra de dúvidas, o ponto alto da nossa viagem - não só literalmente falando, já que é o ponto mais alto da cidade. Chegámos à Basílica de Notre Dame de La Garde ao fim da tarde, com um fantástico pôr-do-sol. As vistas para toda a cidade - desde a zona mais antiga à zona mais moderna - e para o mar, onde vemos Les Îles e Château d'If são magníficas.





Já tínhamos ganho o dia, a viagem já tinha valido a pena... mas ainda havia mais para ver. Descemos novamente em direcção à zona antiga da cidade com destino à L'abbaye Saint-Victor (Abadia de São Victor). Esta abadia tem mais de mil anos de história e é completamente diferente daquilo que possamos imaginar numa igreja. 


O dia já ia longo (apanhámos o avião bem cedo em Lisboa) e a subida a Notre Dame tinha sido bastante violenta para as nossas pernas, depois de um dia inteiro a caminhar. Estava na hora de regressar ao hotel, descansar um pouco e aproveitar a excelente localização - ficámos no Hôtel ibis Marseille Centre Vieux Port, de que vos falaremos brevemente - para procurar um restaurante para jantar.
Utilizámos o The Fork para reservar uma mesa no restaurante Ambassade de Bretagne, com comida típica e muito bom ambiente. Como vos disse no orçamento da viagem, fizemos a reserva com desconto e a refeição ficou a um valor bem simpático.

Dia 2

No segundo dia, logo pela manhã, partimos em direcção à zona mais afastada do centro. O primeiro ponto de paragem foi a Basilique du Sacré-Cœur. Por fora não capta a atenção da nossa retina, mas por dentro é bastante bonita. Como estava a decorrer uma missa, optámos por respeitosamente não tirar fotografias.


Se ao sábado a cidade é cheia de vida, ao domingo é muito mais vazia e, a não ser nas Igrejas, não vimos grandes movimentações. Aproveitámos para passear pelas ruas, descobrir os bairros e divagar um pouco.


Outra igreja, outra missa. Desta vez, na lindíssima Église des Réformés. Este edifício já nos tinha chamado à atenção na vista panorâmica da Basílica de Notre Dame de la Garde , pela sua arquitectura bastante diferente, e tê-lo ali à nossa frente, com um sol arrebatador, foi outro dos pontos altos da viagem.


Terminámos o nosso roteiro, antes de seguir para o aeroporto, no Palais Longchamp. Além de um magnífico edifício, este Palácio tem também um enorme jardim onde encontrámos várias famílias a praticar desporto ou, simplesmente, a aproveitar a relva para descansar.




Já vos disse dezenas de vezes, mas não me canso de repetir: adorámos Marselha. A cidade é muito bonita e só a vista da Basílica de Notre Dame vale a pena a travessia de avião até lá. Tivemos imensa sorte com o tempo, como podem ver pelas fotografias, e dias solarengos a meio de Dezembro só nos fizeram gostar ainda mais desta viagem.
Se juntarmos a beleza da cidade à facilidade com que lá chegámos, à viagem low cost e ao orçamento reduzido... porque não visitar Marselha?

Let's Run Away?

Bottom Ad [Post Page]