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Roteiro: Milão (1 dia)


Foi em Milão que começámos a nossa roadtrip por Itália, no início de Agosto de 2017. Escolhemos Milão por ser uma  cidade charmosa e, principalmente, pelos voos baratos desde Lisboa.
Foi, para ambos, uma repetição. Já conhecíamos Milão e, por isso, foi mais fácil definir o roteiro com os pontos principais que queríamos mostrar aos meus pais. 

Aterrámos em Milão num dos dias mais quentes do ano, com Itália em alerta vermelho pela vaga de calor. Com temperaturas acima dos quarenta graus e um ar tão abafado que custava a respirar, acabámos por demorar mais do que queríamos no percurso estipulado e cortámos alguns pontos do roteiro. Mas conseguimos, nas horas que tínhamos disponíveis, visitar os principais pontos e até assistir a uma missa no Duomo. Vou-vos contar tudo...

Saímos do aeroporto de Malpensa já com o carro que tínhamos alugado para a roadtrip e dirigimo-nos para o centro da cidade. Começámos por visitar o Arco della Pace. Este arco marca uma das portas da cidade, a Porta Sempione, e foi mandado erguer por Napoleão, para celebrar a paz.
Tenho boas recordações desta praça e das grandes pizzas do Restaurante "Pizza Ok" e foi mesmo aí que almoçámos. A esplanada com vista para o Arco e para os jardins é muito agradável, mesmo no Inverno. Mas com os 42º que se faziam sentir, acabámos por preferir a sala interior, climatizada.




Do arco, seguimos para o Parque Sempione. É o maior parque de Milão e uma zona muito agradável para passear e relaxar. São mais de quarenta hectares de zonas verdes e alguns edifícios, por onde podem deambular livremente. No nosso caso, utilizámo-lo como acesso a outra grande atracção da zona: o Castelo Sforzesco




Este castelo do Século XV foi mandado construir por Francesco Sforza, duque de Milão, que aqui residiu. Hoje em dia, além do próprio edifício, podem também visitar vários museus interessantes, incluindo obras de Da Vinci e Miguel Ângelo.





Terminámos o percurso nesta zona pela Piazza Castello, com uma enorme fonte. Nesta zona, além de muitas pessoas a refrescar-se, é comum encontrar-mos várias bancas de souvernirs, imitações de malas e outros produtos.


Daqui, seguimos para a zona mais central da cidade, onde se encontram reunidas várias das principais atracções. Fizemo-lo de carro, para que depois não fosse necessário regressarmos a esta zona, mas é perfeitamente exequível a pé - distam cerca de um quilómetro e Milão é uma óptima cidade para caminhar. 

Visitámos o Teatro La Scalla, situado na praça com o mesmo nome. Se tiverem oportunidade, não deixem de assistir a um espectáculo nesta magnífica sala - é possível adquirir bilhetes de última hora a preços simpáticos na bilheteira nocturna, por exemplo. Especialmente dedicado à Ópera e ao Ballet, aqui nenhum espectáculo termina depois da meia-noite. 



Mesmo em frente ao Teatro, encontram a entrada "traseira" das Galerias Vittorio Emanuele II. Para mim, este é o percurso ideal para as percorrer: começar pelo fim e, depois, terminar na porta principal e olhar, subitamente, para a imponência do Duomo de Milão. Mesmo que não levem a carteira recheada para gastar nas suas lojas de luxo, este é um ponto que não podem perder quando visitam Milão. A sua arquitectura, o tecto em vidro, a sua luz, as montras das lojas... 
Não se esqueçam de cumprir a tradição: procurem o brasão de Turim na zona central da Galeria (é fácil, vão identificar rapidamente um círculo de pessoas), coloquem o vosso calcanhar no buraco existente e deem três voltas inteiras sobre vocês mesmos. Apesar de a lenda rezar que esta "tarefa" dê sorte se realizada na meia noite do dia 31 de dezembro, o que é certo é que é realizada todos os dias, a todas as horas, pelos turistas que ali passam.




E depois, ao saírem... o Duomo di Milano. Lembro-me de ter ficado de boca aberta na primeira vez que tive esta perspectiva e foi muito engraçado ver a minha mãe a ter exactamente a mesma reacção, quando saiu da porta principal das galerias e identificou o enorme edifício à sua direita. Não é para menos: estamos a falar da maior igreja de Itália e terceira maior do mundo! O edifício data do século XIV e pode ser visitado quer no seu interior quer no telhado, de onde oferece vistas magníficas para a cidade. Preparem-se para as filas para comprar bilhete e também para as filas para entrar. Nós tivemos imensa sorte: comprámos o nosso bilhete às 16h58, depois de muito esperar na fila, e a bilheteira encerrava às 17h00 em ponto.




Um dos sítios que descobrimos por acaso e que não vem em roteiros é a Terrazza Aperol, num dos edifícios laterais da Piazza del Diomo. Principalmente numa tarde tão quente, soube a ginjas uma esplanada fresca com cocktails deliciosos. É claro que o mais tradicional será beber um Aperol Spritz, mas as ofertas de cocktails e sumos naturais são bastante alargadas. E a vista para a praça e para o Duomo faz valer a pena a visita.



A Piazza del Duomo tem um encanto especial ao cair da tarde, quando o sol começa a descer nos céus e a luz entra na chamada "hora mágica". Descansámos, passeámos, espreitámos as lojas e comemos um gelado na Colombo 1981, uma conhecida geladaria desta praça.




Da praça, seguimos para a Via Torino, onde se encontram as lojas de cadeias internacionais. Não é a principal zona de compras de Milão - essa fica na Corso Buenos Aires, onde estão reunidas cerca de 350 lojas - mas tem a agitação das compras de Milão e muitas montras para ver.



A preferência pela Via Torino teve, como é habitual em nós, razões gastronómicas. Das melhores recordações que tenho da primeira vez que visitei Milão são as gigantes fatias de pizza da Pizzaria Spontini. Na altura, apenas havia o restaurante, com enormes filas, na Via Spontini. Mas agora as lojas Spontini estão espalhadas por vários pontos da cidade e eu não poderia perder a oportunidade de relembrar aquela que, para mim, é a melhor pizza que já comi.


Depois de percorrermos uma boa parte da Via Torino e espreitarmos algumas das lojas existentes - é sempre agradável visitar Milão na época de saldos... - regressámos novamente à Piazza del Duomo, onde tínhamos jantar marcado.


Jantámos no Pavarotti Milano Restaurant Museum, situado num dos edifícios da Piazza del Duomo. Este restaurante-museu alberga muitos dos objectos da vida de Luciano Pavarotti, o mais conhecido tenor italiano. Tem até menus específicos, inspirados nos principais concertos dados pelo próprio. O espaço em si é também muito agradável e selecto.


Apesar do restaurante não ser propriamente barato, fizemos a reserva pelo The Fork e ficou bastante em conta. 


Como é óbvio, em menos de um dia não vimos tudo o que Milão tinha para nos mostrar. Dos pontos que conheço, sinto falta de ter incluído neste roteiro o Naviglio Grande, um canal muito agradável para passear ao final da tarde ou mesmo à noite, com bares e restaurantes simpáticos. E de ter passeado, com tempo, nas lojas da Corso Buenos Aires, onde só passámos rapidamente à noite. Estes dois pontos estavam incluídos no nosso roteiro de um dia, mas em parte por causa do calor e porque chegámos mais tarde a Milão do que tínhamos previsto, não conseguimos cumpri-los.

A meu ver, Milão é um óptimo destino de fim-de-semana e uma cidade muito bonita. Mais do que a cidade da moda, vejo-a como a cidade do Duomo, pois é sem dúvida o meu ponto preferido e não me canso de o rever.

Tenham em atenção que não é uma cidade fácil para percorrer de carro. Além das chamadas ZTL - Zona de Tráfego Limitado que limitam os percursos possíveis aos turistas (e o GPS não tem isso em conta...), é também muito caro estacionar em Milão. 
Na zona do Arco della Pace estacionámos na rua, numa zona permitida (existem diferentes zonas: algumas dedicadas a residentes, outras gerais e outras com limites horários, distinguidas por cores) e pagámos 4,00€ por duas horas de estacionamento. Na zona do Duomo, optámos por deixar o carro num parque de estacionamento coberto (existem vários na zona) e pagámos 20,00€ (o máximo diário).

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