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Três quilos depois, voltámos de Itália.



Foram oito dias repletos de pizzas, gelados, pastas, risotto, gnocchis e muito mais do que a gastronomia italiana tem para nos dar. Quero acreditar que, mais do que os três quilos engordados, trazemos muito mais "quilos" de cultura e experiências que não vamos esquecer..  Como já tinha previsto, voltámos de viagem completamente arrebatados por Itália. E mesmo para Ele, que já tinha feito um percurso semelhante, esta viagem trouxe-lhe bastante valor acrescentado, muitas experiências novas e até mudanças de opinião em relação ao que tinha sentido da primeira vez que a visitou.

No que toca à roadtrip, não podia ter corrido melhor. Tudo foi definido por nós e delineado ao pormenor, com os percursos traçados e as reservas feitas com antecedência. 

Todos os trajectos foram feitos muito facilmente, as estradas são boas e, à excepção do troço entre Florença e Roma, praticamente não apanhámos trânsito. Os custos e duração de percursos que planeámos com o site Via Michelin foram bastante acertados e algumas portagens foram até mais baratas do que tínhamos previsto - uma agradável surpresa! Andar de carro no centro das cidades durante o dia é praticamente impossível, por causa das ZTL (Zona de Tráfego Limitado) mas durante a noite a restrição é desactivada. Com um bocadinho de pesquisa prévia, conseguimos identificar os horários de funcionamento das ZTL de cada cidade e escapar às multas sem qualquer dificuldade. Assim, durante o dia desbravámos cada cidade a pé, deixando o carro no estacionamento do hotel e reservando-o apenas para a deslocação entre cidades.

Milão, o único destino repetido para ambos, foi  a melhor forma de chegar a Itália: matar saudades. O centro histórico, com os monumentos que queríamos visitar, é relativamente pequeno e fácil de explorar. O que não foi fácil foi aguentar o calor: sensação térmica de 43° e todo o país em alerta. Valeu-nos um cocktail gelado na Terrazza Aperol, com uma vista privilegiada para o Duomo. E para terminar o dia, matei saudades da maravilhosa pizza da Spontini.


Verona foi, sem dúvida, a cidade que mais nos surpreendeu. Cada rua que percorríamos era mais bonita e florida que a anterior, com as fachadas coloridas e as varandas cuidadas. Foi aqui que descobrimos os gelados Venchi, que depois nos acompanharam em toda a viagem. E tão rapidamente não vou esquecer o gnocchi com carne de cavalo que almocei no restaurante Punto Rosa.

Tão estarrecidos com Verona, acabámos por nos atrasar e só chegámos a Pádua ao final da tarde. Com muita sorte, entrámos na Basílica de Santo António de Pádua apenas cinco minutos antes de fechar. Mais cinco minutos de atraso e tínhamos perdido aquele que foi o monumento que mais nos surpreendeu em toda a viagem. A riqueza, pormenor e cor desta Basílica, perdidas numa cidade simples e menos turística, foram o choque mais agradável.

No único trajecto de comboio que fizemos, pusemo-nos em Veneza num instante. Veneza foi aquilo que esperávamos dela: romântica, cénica, a abarrotar de turistas. Andar de gôndola nos canais vazios e nos poucos momentos de silêncio de toda a cidade vale muito mais do que os 80,00€ que cobram. E se o gondoleiro tiver alma de Pavarotti, como o nosso tinha, o momento torna-se ainda mais inesquecível.


Em termos de monumentos, Bolonha é a cidade mais modesta. Mas foi a única em que sentimos estar realmente embrenhados na vida dos italianos. O rebuliço é muito característico e os 38km de arcadas por que a cidade é conhecida foram um doce no quarto dia de temperaturas demasiado elevadas.


Começar a explorar Florença na Piazzale Michelangelo com um pôr-do-sol maravilhoso aumentou ainda mais a expectativa para esta cidade, que já estava nos píncaros. É realmente uma cidade lindíssima, com uma componente artística omnipresente. Mas a sujidade, os monumentos encardidos e as ruas cinzentas desencantaram-nos e não a deixaram subir para o topo das preferências.


Roma é... Roma. E é difícil descrever a envolvência e a quantidade de monumentos por metro quadrado. A majestosidade do Coliseu, a imponência do Vaticano, a Fontana di Trevi a parecer um oásis no meio da cidade. Três dias foram muito pouco e teremos, certamente, que lá voltar.

Agora, depois de oito dias a fazer uma média de 10km/dia, vamos estender as pernas nas praias algarvias e descansar o mais possível. Prometemos dar notícias!

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