Se estão à espera de um roteiro detalhado dos nossos dias em Miami Beach, lamento informar que não há. E porquê? Porque Miami não tem muito para ver, tem mais para viver. Os nossos dias foram passados na praia, aproveitando a hora de almoço e a noite para conhecer novos sítios.
Assim, o que vos preparámos sobre Miami é mais um resumo dos sítios por onde achamos que vale a pena passar. Desde ruas, a restaurantes. Em vez de dividir as sugestões por dias, vou dividir por categorias:
- Praia
O nosso hotel tinha um beach club em South Beach, portanto foi mesmo aí que ficámos. A praia é boa, com areia branca e fina e águas limpas com uma cor apetecível. Principalmente durante a manhã achámos a água um pouco fria para o que estávamos à espera, mas ainda assim mais quente do que em Portugal. Dizem que em North Beach se encontram praias mais naturais e com menos pessoas. Como fomos em época baixa, não tivemos problemas com o espaço na praia e não sentimos necessidade de ir para essa zona.
Se o vosso hotel não tiver beach club, alugar duas espreguiçadeiras e um chapéu como os nossos tem um custo de 25,00$ por dia.
Vale a pena fazer uma caminhada pela praia (ou mudar de sítio nos vários dias) para ir vendo os vários postos de vigia, tão típicos. Não há dois iguais em toda a praia.
- Ruas
Além das famosas Washington Avenue, Collins Avenue e Lincoln Road, há outros sítios que vale a pena descobrir.
Por exemplo, a famosa Ocean Drive. É a rua mais vista de Miami Beach nos filmes e fotos. É também aqui que se encontram muitos dos edifícios art deco, que apesar de inicialmente serem completamente brancos, foram sendo pintados de cores atractivas ao longo dos anos. Durante todo o dia há imenso movimento nesta rua, tanto de carros como de pessoas.
Outra rua muito típica - mas não tanto conhecida - é a Española Way. É a rua principal do bairro espanhol e não tem trânsito desde o seu cruzamento com a Washington Avenue. Tivemos oportunidade de ficar alojados nesta rua e gostámos bastante do ambiente. Todos os restaurantes nesta rua são temáticos: italianos, mexicanos, cubanos, etc. Há música típica na rua, pessoas e dançar e bares com música ao vivo.
- Locais
Wynwood Walls
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| Foto retirada do instagram oficial: https://www.instagram.com/wynwoodwallsofficial/ |
Esta dica temos que agradecer ao motorista de Uber (um homem com uma história de vida bastante interessante) que nos levou até ao aeroporto. Pelo caminho, passámos por este bairro de Miami e ficámos a conhecer um bocadinho da sua história.
Basicamente, até há uns tempos era apenas um bairro em decadência, um dos típicos ghettos americanos. Como forma de o renovar, foram contratados artistas para pintar as fachadas dos grandes armazéns e edifícios, a licença de ruído foi alargada até de madrugada (nos restantes locais só podem estar abertos até às 2h00) e rapidamente transformou-se num emergente bairro artístico com galerias de arte, bares e restaurantes. Neste momento, segundo nos disseram, cada edifício vale uma quantidade astronómica de dinheiro.
Vale a pena passar por lá, principalmente para os fãs de arte urbana.
Lumus Park
Grande parte da zona da zona que divide a Ocean Drive da praia está transformada num enorme jardim verde com palmeiras e bancos azuis. Vale a pena passar por lá e ver as vistas. Infelizmente, pelas sombras, pelos relvados e pelos duches, foi das zonas em Miami em que vimos mais sem abrigo.
Grande parte da zona da zona que divide a Ocean Drive da praia está transformada num enorme jardim verde com palmeiras e bancos azuis. Vale a pena passar por lá e ver as vistas. Infelizmente, pelas sombras, pelos relvados e pelos duches, foi das zonas em Miami em que vimos mais sem abrigo.
Juvia
Como já vos tinha dito, sou pessoa muito dada ao pôr-do-sol. Gosto deste cliché. Lembro-me que uma das primeiras pesquisas que fiz para a nossa viagem foi exactamente sobre este assunto e o primeiro resultado foi este: Juvia.
Fica no topo de um dos edifícios da Lincoln Road e tem vista tanto para Miami (onde o sol se põe) como para Miami Beach. É um pouco caro, mas vale a pena ir lá ao pô-do-sol nem que seja para beber um copo de vinho, como fizemos.
- Restaurantes
Uma das coisas que achámos de Miami é que a qualidade da comida é, de forma geral, péssima. Apenas encontrámos restaurantes de hambúrgueres, pizza ou massa. O prato mais saudável que comi durante estes cinco dias foi uma salada do McDonald's que vinha coberta de Doritos. Na sua maioria, os restaurantes são também bastante caros. Não conseguimos comer a menos do que 20,00€/pessoa e isto para uma refeição só de pizza e água. Sim, é muito caro. Uma das técnicas que constatámos é nunca mostrar interesse no restaurante, ao passar na rua. Em muitos casos, os empregados abordam os turistas oferecendo descontos e produtos grátis.
Ainda assim, descobrimos alguns sítios que vale a pena experimentar, ou pela comida ou pelo ambiente.
The Carlyle
Fica em plena Ocean Drive, com uma esplanada na rua com vista para o Lumus Park. É conhecido pelos seus enormes cocktails (1 litro, coisa pouca) e é exactamente por eles que vale a pena a visita. A comida é boa, embora não seja nada de especial.
O custo de um almoço ronda os 35,00€/pessoa.
Numero 28 Pizzeria
Descobrimos este restaurante por acaso, na rua do hotel em que ficámos alojados. Experimentámos tanto as massas como as pizzas (gigantes) e gostámos bastante de tudo. A esplanada em plena Española Way é muito agradável e está sempre muito animada.
Foi o local mais barato e com qualidade que encontrámos para comer em Miami Beach, com uma média de 20,00€/pessoa.
Johnny Rockets
O Johnny Rockets já é nosso "amigo" deste a viagem a Nova Iorque. Na altura, recomendaram-nos este restaurante (que está espalhado por todo o país) pelos batidos, que são realmente maravilhosos. Vale também a pena experimentar as batatas doces fritas. É o típico restaurante americano, com um look muito "anos 80" e "jukebox". O atendimento é super simpático e o preço é justo, para a qualidade. Ainda assim, o preço médio por pessoa é de 25,00€.
- Lojas
Love Hate Choppers
Mais conhecida como "Miami Ink", esta é a loja onde foi gravado o programa de tatuagens mais famoso do mundo. Fica na Washington Avenue, está aberta ao público - tanto para tatuagens como apenas para visita - e é tal e qual como vemos na televisão. Inclusive, com as mesmas pessoas que viamos na série. Sim, vi o Ami James e ainda não recuperei disso.
Se tal como nós, ficaram logo a pensar marcar uma tatuagem, pode não ser assim tão simples: a pré-reserva tem um custo de 200,00$ e não dão orçamentos por e-mail.
SurfStyle
Se calções de banho, biquínis, t-shirts, tank tops, bonés e coisas do género são "a vossa praia", esta é uma boa loja para visitarem. Há várias, espalhadas por Miami Beach, mas a da Lincoln Road pareceu-nos a maior e mais completa. Têm também varios sourvenirs de Miami à disposição.
Lincoln Road
É, por excelência, a rua mais comercial de Miami Beach. É aqui que estão concentradas todas as grandes lojas: Apple, Forever 21, Steve Madden, Victoria's Secret, Guess, BCBG, Urban Outfitters, GAP, etc. Há centenas de lojas, para todos os gostos.
De uma forma geral, achámos que os preços das lojas eram muito semelhantes aos preços praticados por cá e não nos sentimos tentados a grandes compras. Não achámos que Miami fosse um destino de compras como se lê em muitos blogs, e não é de todo comparável às oportunidades que encontrámos em Nova Iorque.
Além destas lojas, visitámos também um dos típicos outlets americanos... mas isso fica para uma publicação especial!
Miami é um destino simples e despreocupado, com várias hipóteses de ser aproveitado: há a Miami da praia, a Miami das lojas e outfits, a Miami das festas e de beber até cair para o lado. Nitidamente, para nós foi a Miami da praia. Foi um destino de que gostámos bastante, mas não entrou para o nosso top de viagens.
Ele descreve-o como "entrar no GTA", pois tudo é igual ao jogo: as ruas, as casas, os carros. Eu, que dia de praia é para apanhar o cabelo despenteado, pegar nuns calções e numas havaianas e seguir viagem, fiquei certamente atrás dos looks que vemos passar na rua e desfilar pela praia. Mas vale a pena sentir-mos que entrámos dentro de um filme, não vale?
Ele descreve-o como "entrar no GTA", pois tudo é igual ao jogo: as ruas, as casas, os carros. Eu, que dia de praia é para apanhar o cabelo despenteado, pegar nuns calções e numas havaianas e seguir viagem, fiquei certamente atrás dos looks que vemos passar na rua e desfilar pela praia. Mas vale a pena sentir-mos que entrámos dentro de um filme, não vale?
Agora que já vos deixámos um cheirinho do que foi a nossa viagem... Let's Run Away?
