Confesso que só de pensar em Nova Iorque fico a suspirar. Ainda não passaram 2 anos desde que lá fomos, mas a vontade de voltar é muita. E vontade de voltar é coisa que a mim não me acontece muitas vezes. Gosto de conhecer coisas novas, novos sítios e novas culturas, pelo que é raro sair de um sítio e pensar "quero cá voltar". Até hoje, aconteceu-me com Nova Iorque (porque ainda há tanta coisa por ver...) e com Bali (porque é deliciosamente apaixonante). De resto, faço check e sigo para a próxima.
Já vos tinha dito que a viagem a Nova Iorque não teve propriamente uma preparação prévia - mudanças de emprego e de casa fizeram com que tudo acontecesse um bocadinho em cima do joelho - mas há algumas coisas que precisam de saber antes de apanhar o avião...
1 - Visto de Entrada nos Estados Unidos
Para entrar nos Estados Unidos da América vão necessitar de requisitar um ESTA (Electronic System for Travel Authorization). Basicamente, é um visto electrónico de entrada, que pode ser tratado através de um website oficial. O processo não é muito complicado: basta preencher um formulário (neste passo podem surgir algumas dúvidas, mas o próprio site é autoexplicativo), fazer o pedido e pagar a taxa (14$00) através de Cartão de Crédito ou PayPal. A página está disponível em português e, apesar de se notar que é uma tradução automática e com algumas falhas, é perfeitamente perceptível toda a informação necessária para completar o processo.
Após submeter o vosso formulário, têm sete dias para completar o pagamento. Depois de efectuado o pagamento da taxa, a resposta final demora cerca de 72 horas a ficar disponível.
Não é necessário levarem o visto convosco, pois é consultado automaticamente à entrada nos EUA, através do vosso número de passaporte. No entanto, principalmente em voos com escalas, podem requisitar-vos uma prova de que pediram o ESTA. Mais vale prevenir...
Não é necessário levarem o visto convosco, pois é consultado automaticamente à entrada nos EUA, através do vosso número de passaporte. No entanto, principalmente em voos com escalas, podem requisitar-vos uma prova de que pediram o ESTA. Mais vale prevenir...
Uma das coisas boas deste visto é que tem a duração de 2 anos. Por isso, podem reutilizá-lo para futuras viagens aos E.U.A. mesmo que não tenham o mesmo destino. Por exemplo, este ano quando visitámos Miami aproveitámos o ESTA que tínhamos requisitado para Nova Iorque. Apenas foi necessário realizar uma alteração de dados no site, sem qualquer custo.
2 - Dinheiro
A moeda utilizada nos E.U.A. é, como é de conhecimento geral, o dólar. É das moedas mais fáceis de adquirir e, portanto, não existem grandes dificuldades quanto a esta parte. Nós, como de costume, recorremos à Real Transfer para trocar euros por dólares. Optámos por levar o dinheiro já trocado, de acordo com a previsão de gastos que tínhamos. No entanto, acabámos por efectuar também pagamentos com cartão de crédito e as taxas, no nosso caso, foram bastante simpáticas.
Caso tenham essa hipótese, evitem trocar dinheiro em Nova Iorque. Nos últimos dias tentámos trocar dinheiro no centro da cidade e a taxa de câmbio era ridiculamente alta, apresentando o Dólar como sendo mais valioso do que o Euro.
3 - Segurança
Não sentimos, em momento nenhum, insegurança nas ruas. Andámos sempre com mochilas, câmaras fotográficas reflex, GoPro's e outros apetrechos apetecíveis - mesmo à noite - e nunca tivemos o mínimo problema.
Nos monumentos e locais públicos, nota-se um enorme (e rígido) sistema de segurança. Há revistas constantes, detectores de metais e muita segurança (desde polícia a segurança privada) por todo o lado. Em alguns monumentos (como o Empire State Building) não nos foi possível levar alguns objectos (como o cabo da GoPro) por motivos de segurança, mas foram cautelosamente guardados na recepção e recolhidos no final.
Uma das coisas que mais me fascinou (ainda não sei se pela positiva ou pela negativa) foi a Polícia de Nova Iorque. Já sabia, à partida, que não "brincam em serviço", mas não esperava uma linha tão ténue entre a simpatia e a brutalidade. Para vos dar um exemplo, aconteceu-nos um polícia estar a conversar alegremente connosco sobre as nossas profissões, brincando e dizendo piadas e, no segundo seguinte, berrar "PUT THE PHONE DOWN PUT THE PHONE DOWN", completamente alterado, para o senhor atrás de nós. A plasticidade é tanta que no segundo seguinte estava outra vez a fazer piadas connosco.
4 - Deslocações
Se já vos disse que andámos mais do que 80 quilómetros a pé durante os cinco dias que por lá estivemos, não é preciso dizer-vos que o nosso meio de transporte preferido foram os nossos próprios pés, pois não? Andámos, andámos e andámos. Recorremos pontualmente ao metro (o nosso sistema de Metro é lindo, limpo e arejado, comparativamente com aquele) e a táxis (não tivemos a melhor experiência). Se fosse hoje, não hesitaria em recorrer à Uber quando necessário.
5 - Entradas/Bilhetes/Acessos
Nova Iorque é um espectáculo por si só, mas há muitas atracções que é necessário pagar para ver: Empire State Building, Top of The Rock, os espectáculos da Broadway, etc. Em épocas de grande afluência turística - que em Nova Iorque é praticamente todos os dias, a não ser que apanhem temperaturas negativas como nós e não haja filas em lado nenhum - as filas para comprar bilhetes são gigantes e maiores do que as filas para entrar nas atracções. Por isso, se tiverem oportunidade, adquiram os bilhetes com antecedência, em sites credíveis ou na recepção do hotel (nós fizemos isso e correu muito bem).
6 - Compras
Depois de (não uma mas) duas publicações completamente dedicadas às compras - aqui e aqui, resta-me apenas recomendar-vos que não percam a cabeça (ou percam, caso possam) e levem muito espaço vazio na mala. A oferta é grande e os preços são apetecíveis! Alerto-vos apenas para que não comprem vários objectos iguais e para que retirem todas as etiquetas das peças novas, de forma a evitar problemas na alfândega no aeroporto.
Nova Iorque não é propriamente como viajar para a Ásia, em termos de saúde e higiene, portanto quanto a esses pontos não há grande informação a dar-vos. Tudo na América é demasiado regrado e informado - nas wc's há sinais a dizer "Employees must wash hands before returning to work", por exemplo - e a segurança é praticamente elevada ao patamar da paranóia. Preparem-se para serem revistados, terem malas a serem revistadas e ouvirem berros caso não cumpram alguma das regras. Fora isso, desfrutem ao máximo.
Um dia destes ainda nos encontramos por lá...
Depois de (não uma mas) duas publicações completamente dedicadas às compras - aqui e aqui, resta-me apenas recomendar-vos que não percam a cabeça (ou percam, caso possam) e levem muito espaço vazio na mala. A oferta é grande e os preços são apetecíveis! Alerto-vos apenas para que não comprem vários objectos iguais e para que retirem todas as etiquetas das peças novas, de forma a evitar problemas na alfândega no aeroporto.
Nova Iorque não é propriamente como viajar para a Ásia, em termos de saúde e higiene, portanto quanto a esses pontos não há grande informação a dar-vos. Tudo na América é demasiado regrado e informado - nas wc's há sinais a dizer "Employees must wash hands before returning to work", por exemplo - e a segurança é praticamente elevada ao patamar da paranóia. Preparem-se para serem revistados, terem malas a serem revistadas e ouvirem berros caso não cumpram alguma das regras. Fora isso, desfrutem ao máximo.
Um dia destes ainda nos encontramos por lá...