Primeiro que tudo, tenho que vos confessar uma coisa: não sou uma apaixonada pela Madeira. Percebo os seus encantos, percebo que tem várias pequenas maravilhas, mas não percebo que a coloquem à frente da beleza natural dos Açores, capaz de tirar o fôlego a qualquer um. E, por isso, se me perguntarem "Achas que devo ir à Madeira ou aos Açores?" o meu coração vai sempre responder "Açores".
Ainda assim, é um daqueles recantos de Portugal que me fazem pensar que o nosso país é mesmo lindo e merece ser explorado. Foi por isso que, mesmo tendo ambos já visitado a ilha anteriormente, lá quisemos voltar em Maio de 2015. O clima é ameno durante todo o ano e portanto tivemos um fim de semana com óptimas temperaturas e sem chuva.
No primeiro dia deveríamos chegar ao início da noite e jantar perto do hotel, mas o voo atrasou quase três horas. Foi uma sorte apanharmos a rent-a-car aberta para levantarmos o carro, e restou-nos seguir até à Ribeira Brava para dormir.
Dia 1
O sábado de manhã começou com uma visita à Ponta do Sol.
No primeiro dia deveríamos chegar ao início da noite e jantar perto do hotel, mas o voo atrasou quase três horas. Foi uma sorte apanharmos a rent-a-car aberta para levantarmos o carro, e restou-nos seguir até à Ribeira Brava para dormir.
Dia 1
O sábado de manhã começou com uma visita à Ponta do Sol.
Subimos depois para o Paul da Serra, com uma vista soberba acima das nuvens.
O nosso plano inicial era ficar pela zona de serra durante mais algum tempo, mas apercebemo-nos de que o Mercado dos Lavradores no Funchal, que queríamos visitar, encerraria às 14h00 e estaria encerrado todo o domingo. Mudámos assim o nosso rumo em direcção ao Funchal...
A visita ao mercado vale bastante a pena, não só pelo mercado em si que é bastante tradicional, mas também para ver as diferentes frutas e flores. É até possível experimentar alguma fruta. Do mercado, e já cheios de fome, seguimos para a zona pedonal no centro do Funchal. Mais precisamente, ficámos na zona da Rua de Santa Maria, uma rua onde a maior parte das portas se encontram pintadas. Há representações de histórias, há poemas, etc. que valem mesmo a pena ver.
Foi também aí que almoçámos, numa das esplanadas de rua que apresentavam comida regional. Bolo do caco (o primeiro de muitos), filetes com banana e bifes de atum. Estava tudo óptimo!
Depois do almoço, ficámos pela zona da Avenida do Mar, num passeio a pé por vários pontos:
- Teleférico da Madeira, que liga o centro da cidade ao Jardim Botânico. Uma viagem de ida e volta custa 15,00€.
- A famosa estátua do Cristiano Ronaldo.
- A Marina do Funchal
Subimos depois a Avenida Arriaga, num passeio pelo centro. O objectivo era regressar ao parque onde tínhamos deixado o carro, para visitarmos outras zonas da ilha. Um dos grandes problemas desta zona é, precisamente, o estacionamento. Há parquímetros por todo o lado e compensa deixar o carro num parque de estacionamento, apesar de ser igualmente caro.
Já de carro, subimos até à zona do Jardim Botânico onde aproveitámos para lanchar - mais um bolo do caco - e ver os tão famosos carros de cesto. É possível, por exemplo, fazer a subida para esta zona de teleférico e descer de carro de cesto, experimentando assim duas atracções de uma vez só.
Já com a tarde a meio, estava na altura de seguir para oeste e visitar alguns dos famosos miradouros. Primeiro, parámos no Miradouro do Rancho, com um teleférico que desce até à Fajã do Rancho. Deste miradouro é possível ver Câmara de Lobos e a arriba do Cabo Girão, a nossa próxima paragem.
O Miradouro do Cabo Girão é uma das maiores atracções turísticas da Madeira. É dos poucos sítios onde me lembro de ir, da primeira vez que visitei a Ilha. Notei diferenças enormes: antigamente era apenas uma varanda com gradeamento e uma óptima vista. Agora, com a varanda panorâmica transparente, é possível ter uma percepção muito mais realista da altura a que nos encontramos (580m acima do nível do mar). Tão realista que são várias as pessoas que não se atrevem a pisar a parte transparente...
Do Cabo Girão, seguimos em direcção ao Paúl do Mar. Pelo caminho, parámos na Praia da Calheta para umas fotos.
No Paúl do Mar, o nosso objectivo era terminar o dia no Maktub, um bar que a J. (madeirense de gema) muito bem nos tinha recomendado. Um ambiente descontraído, uma fantástica vista de mar e para o pôr-do-sol e umas caipirinhas mesmo boas. Um brinde a finais de tarde assim!
O dia estava assim terminado. Rumámos ao hotel para o merecido descanso, jantar e um copinho da tradicional poncha.
Dia 2
Para começar o segundo dia de viagem (tecnicamente, o terceiro... mas a sexta-feira à noite não conta), rumámos novamente à zona de Serra...
Descemos depois até Porto Moniz, com o objectivo de rumar até Chão de Ribeira, para almoçar na Casa de Pasto Justiniano. Um túnel cortado obrigou-nos a seguir novamente para o alto da ilha, descendo depois até ao Seixal e apanhando a estrada íngreme até ao Restaurante.
O desvio causado pelo túnel levou-nos mais do que uma hora, mas valeu a pena a espera. Conseguimos encontrar o restaurante ainda aberto e era tão bom quanto nos tinham assegurado. As espetadas eram espectaculares e o milho frito de comer e chorar por mais. A fome era tanta que quase não sobraram fotos para contar a história.
Também na zona do Seixal, visitámos a Cascata do Véu da Noiva.
Seguimos depois a estrada para a zona de Santana, onde visitámos as tradicionais casas madeirenses e um mercado local.
Para terminar o passeio, e porque havia um avião para apanhar, visitámos a Ponta de São Lourenço, com as suas conhecidas vistas panorâmicas sobre o oceano e a praia de areia negra.
Terminamos em beleza com as famosas lapas do Caniçal e uma Coral, para acompanhar.
Penso que estes dois dias foram suficientes para ver e conhecer as principais atracções turísticas da ilha. No entanto, se os vossos interesses incluírem, por exemplo, fazer uma típica levada, vão necessitar de mais tempo. Há levadas com diferentes durações e graus de dificuldade, para se adaptarem às exigências e limitações de cada um, que podem realizar livremente ou com o apoio de várias empresas de desporto e aventura - na BTL há sempre imensa informação sobre estes passeios.
A nós, fica-nos principalmente a memória da comida. Foi um fim-de-semana muito bem passado, e alimentado!
Let's Run Away?