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Dicas de Viagem: Hong Kong


Hong Kong é um destino suis generis. Se, por um lado, é uma região da China (ainda que independente, mantém as suas influências), por outro é uma região sobre-desenvolvida. Prédios, arranha-céus, painéis de luzes e cores misturados com um mercado tradicional, uma farmácia com medicamentos naturais e restaurantes onde desconhecidos partilham mesa, por costume. Confesso-vos que, para viajantes acabados de chegar e, principalmente, se for a vossa primeira viagem à China, pode ser muita informação por absorver. 
Mas vale muito a pena percebermos o porquê desta mistura, passearmos entre a sua recente história e acostumarmo-nos - dentro do possível - aos seus costumes.

Como vos disse no nosso Roteiro em Hong Kong, estivemos sempre acompanhados pelo nosso casal de amigos que lá vive, portanto tivemos a "vidinha" facilitada em vários aspectos. É possível até que tenhamos aprendido um ou dois truques...

1 - Visto

Para entrar em Hong Kong com um passaporte português não é necessária a obtenção de visto, nem será necessário qualquer pagamento. A minha primeira decepção hong-konguiana foi mesmo perceber que nem o passaporte nos carimbam: é-nos dado um folheto que nos permite permanecer em Hong Kong durante um mês, com indicação da data de chegada e da data limite de partida. 

2 - Dinheiro

A moeda em vigor em Hong Kong é o Dólar de Hong Kong. Cada Euro vale, aproximadamente, oito dólares. É possível trocar dinheiro em Portugal sem grande dificuldade - nós optámos pela nossa habitual Real Transfer. Também não terão dificuldade em levantar o dinheiro directamente num multibanco, em qualquer zona.
O nível de vida em Hong Kong tem duas realidades, diria. Se quiserem fazer compras nos mercados locais, almoçar em restaurantes tradicionais pela rua e andar de transportes públicos, é barata. Conseguimos, por exemplo, fazer uma refeição por cerca de 5,00€ por pessoa. Se procurarem comida ocidental ou lojas ocidentais, o caso já muda de figura e passa a ser um pouco cara. Nos bares mais recomendados e com melhor vista, um cocktail pode chegar a custar 20,00€ a 30,00€.
Penso que o mais caro em Hong Kong é mesmo o alojamento, os hotéis são bastante caros. Nós tivemos a sorte de ter uma caminha confortável onde dormir em casa do F. e da D. e por isso, não tivemos este gasto.

3 - Segurança

Era a ideia que já levávamos daqui e que se veio a confirmar: Hong Kong é segura. Desde as zonas mais selectas aos bairros mais típicos e afastados do centro, não sentimos nenhuma insegurança. Cada pessoa estava embrenhada na sua vida (e no seu telemóvel...) e o único cuidado que é necessário ter é para não ser abalroado pelas multidões. Nunca, mas nunca, tentem andar contra a corrente! Foi a nossa primeira lição, escusado será dizer.
Sentimos, assim que chegámos, regras de ordenamento muito estudadas e omni-presentes: há zonas para andar em cada sentido, avisos no chão para parar nas passadeiras, sinais sonoros no metro, etc. São estas pequenas regras que tornam o caos organizado e, portanto, é sempre indispensável segui-las.

4 - A língua

Não nos atrevemos a tentar falar chinês, nem sequer um pequeno "Olá". Mas não tivemos dificuldade em fazer-nos entender, mesmo na rua, em inglês. Por ter sido um território inglês, esta é uma língua muito desenvolvida. 
A única barreira foi mesmo no restaurante de noodles que experimentámos - o Good Hope Noodles - em que os empregados não percebiam uma única palavra de inglês. Sinal para cá, gesto para lá, conseguimos comer sem dificuldade.

5 - Deslocações

Já levávamos a lição bem estudada de casa e todas as instruções para uma missão bem sucedida: chegar ao aeroporto, encontrar o balcão dos transportes e comprar um Octopus Card para cada um. Este cartão pode ser carregado com dinheiro (quer neste balcão, quer em diversas estações de metro) e permite pagar não só os transportes (um pouco semelhante aos portugueses Lisboa Viva e ao Andante) como também em algumas lojas (que normalmente estão identificadas). 
Atenção que para comprar o cartão (o custo do cartão é depois devolvido, quando o retornarem no mesmo balcão) é necessário pagar em dinheiro, portanto terão no mínimo que levar algum dinheiro convosco desde Portugal ou levantar directamente no aeroporto.


A rede de metro é bastante simples (existem mapas e sinalética em todos os comboios) e, por isso, conseguem facilmente deslocar-se para qualquer parte. Em distâncias pequenas, optámos também por utilizar o ferry e o táxi, ambos muito baratos. Hong Kong foi o único destino em que estivemos, até hoje, em que os valores praticados pelos táxis eram inferiores aos valores da Uber.

6 - Saúde

Não é necessária nenhuma vacinação obrigatória nem nenhum cuidado especial para viajar para Hong Kong, em termos gerais. Tenham especial cuidado com os mosquitos - quilos de repelente todos os dias não são exagero - e em levar os vossos medicamentos habituais, que poderão ser difíceis de encontrar por lá. Como de costume, levá-mos a nossa farmácia ambulante atrás.

7 - Religião 

Hong Kong é resultante de uma miscelânia de influências e, como vos disse, não tem propriamente um passado de história. Como seria de esperar, podemos encontrar vários templos pela cidade e jardins budistas. 

8 - Electricidade

As tomadas em Hong Kong são bastante diferentes das nossas (tomada tipo G) e, portanto, é necessário levar adaptadores. 



9 - Rede Móvel


Outra das lições bem estudadas que levávamos connosco era a compra de um cartão SIM com pacote de dados móveis. Assim que comprámos o Octopus, ainda no aeroporto, fomos a uma loja Seven-Eleven e comprámos um dos cartões existentes para acesso aos dados móveis. Custou-nos cerca de 15€ e deu-nos internet suficiente para todos os dias, sem grandes restrições. Desde que tenham um telemóvel desbloqueado, não vão ter nenhuma dificuldade em utilizá-lo no vosso telemóvel habitual e aceder à internet em qualquer lugar.
A rede móvel é muito boa, mesmo dentro do metro e como o fuso horário é completamente oposto ao de Portugal, permitiu-nos estar sempre contactáveis. 

Resumindo, com um Octopus Card carregado podem ir a qualquer lado, falar com a família e até comer um maravilhoso dim sum. Eu já estou com saudades e cheia de vontade de experimentar um novo restaurante de dim sum que abriu em Lisboa e que anda nas bocas do mundo. Só me falta convencê-lo a Ele, a parte mais difícil...

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