Cada vez acredito mais que as melhores surpresas estão naqueles destinos em que não depositamos grandes esperanças. Já desconfiava disso depois de conhecer Marselha, que foi uma maravilhosa surpresa, e agora também com a cidade do Luxemburgo.
Como vos disse, visitar o Luxemburgo não fazia parte dos nossos planos a curto nem médio prazo, mas uma promoção da Ryanair levou-nos a considerar este destino. E lá fomos, no sábado bem cedo. Regressámos no domingo por volta da hora de almoço, ainda com tempo para descansar e recuperar de duas viagens tão próximas. À partida, uma viagem para estar pouco mais do que 24 horas no destino pode parecer despropositado. Mas, na verdade, foi mais do que suficiente para explorarmos os principais pontos da cidade, deixando-nos ainda tempo para passear na zona pedonal e entrar nalgumas lojas, descansar em várias esplanadas e deambular sem um destino concreto.
A cidade do Luxemburgo é amorosa, com uma arquitectura muito típica - e, se não fosse a arquitectura, desconfiávamos que o avião nos tinha deixado em qualquer cidade portuguesa, tal a quantidade de portugueses por todo o lado. Todas as atracções turísticas são bastante próximas umas das outras e é fácil percorrê-las sem grande esforço físico. O aeroporto está relativamente próximo da cidade, havendo um autocarro que faz a ligação directa do aeroporto à gare central, passando por vários pontos perto do centro turístico. A vista da famosa "Corniche" - considerada a "varanda mais bonita do mundo" - é cliché, mas um dos pontos altos da viagem. Bem como as famosas Casemates du Bock, Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, que nos levam por caminhos labirínticos num subterrâneo com vista para a cidade.
Quanto a preços, é uma cidade ambígua: os restaurantes são caros (cerca de 20,00€ por pessoa, na maioria; 3,00€ a 4,00€ por um refrigerante numa esplanada) mas os transportes são baratos (2,00€ por um bilhete de autocarro entre o aeroporto e o centro, sendo que ao sábado é gratuito!). Das lojas de marcas internacionais que visitámos, percebemos que são ligeiramente mais baratas do que em Portugal, apesar de não ser uma diferença significativa. Não nos podemos esquecer que estamos a falar do segundo país mais rico do mundo e também de um dos mais caros, e isso reflecte-se sem dúvida no custo de vida.
Depois de pormos os pezinhos em três novos países no mesmo mês, agora vamos ficar "de castigo em Julho! Mas temos alguns planos, que vos contaremos brevemente!