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Roteiro: Paris (3 dias)


Tardou, sabemos. Já visitámos Paris em Fevereiro de 2016, num frio fim-de-semana com temperaturas a rondar os zero graus. Já ambos conhecíamos a cidade de viagens passadas (a minha mais recente do que a d'Ele, que lá foi em criança) e por isso estávamos menos presos a percorrer os roteiros habituais e a fazer "check" nos monumentos. Ainda assim, não pudemos deixar de revisitar os pontos principais. Um dos dias do nosso fim-de-semana prolongado foi dedicado à Disneyland Paris, mas isso fica para uma publicação exclusiva. É que, a menos que queiram dormir no hotel encantado da Bela Adormecida (ou coisa que o valha) é possível ir à Disneyland por preços bem mais simpáticos dos que vemos nas agências de viagens. E queremos mostrar-vos isso.

Mas voltemos a Paris... Ficámos alojados no hotel Elysa Luxembourg, de que já vos falámos anteriormente e que recomendamos. Dedicámos-lhe um fim-de-semana prolongado, chegando a Paris sábado bem cedo e regressando no final do dia de segunda-feira. 

Começámos o nosso passeio pela zona mais alta da cidade, para depois podermos descer a pé em direcção ao centro. Assim, o nosso primeiro ponto do roteiro foi o Moulin Rouge. Não assistimos a nenhum dos espectáculos deste cabaré, mas a foto cliché à porta não podia faltar. 


Ali tão perto, seguimos directamente para o famoso bairro de Montmartre. É das minhas zonas preferidas de Paris, quer pelas lojas originais quer pela vida nas ruas e a cultura de esplanadas que ali se vive - faça chuva ou faça sol. Neste bairro, e se são fãs do filme O Fabuloso Destino de Amélie, não deixem escapar o Cafe des 2 Moulins na rua Lepic, que serviu de cenário ao filme. Podem entrar à vontade e ver alguns dos objectos do filme, como o anão de jardim.





Ainda em Montmartre, e sendo Paris a cidade do amor, não se esqueçam de visitar Le Mur des Je T'Aime. Trata-se de um muro com a palavra "Amo-te" escrita em 300 línguas diferentes. Não demorámos mais de uns segundos a encontrar a versão portuguesa! Para os mais distraídos, este muro pode passar despercebido: fica num pequeno jardim, na lateral da Place des Abbesses. 


Subindo Montmartre (e oh, se sobe...), o ponto seguinte do nosso roteiro foi a Basilique du Sacre Coeur. Seja para ver a própria basílica, para ouvir música ao vivo sentados na escadaria - And I think to myself, what a wonderful world... - ou para ver o futebolista a brincar com uma bola a alturas inimagináveis - aos anos que este senhor faz dos céus de Paris o seu campo de futebol - vale muito a pena subir ao Sacre Coeur. Garanto-vos que com o céu limpo, a vista é ainda melhor.




A descer todos os santos ajudam, como se costuma dizer. E lá seguimos nós, pelas ruas de Paris. 


Próxima paragem? L'Arc de Triomphe, mesmo ali, no topo dos Champs-Élysées. Para quem quiser, é possível subir e ver Paris de cima. O bilhete para um adulto custa 8,00€.



Percorram depois os Champs-Élysées e aproveitem para espreitar as várias lojas luxuosas e, quem sabe, fazer umas comprinhas. Nem  que seja uns macarons, para adoçar a gula. Nós experimentámos os Pierre Hermé (para mim, os melhores) e garanto-vos que o de caramelo salgado é de chorar por mais. Mas mais à frente encontram também a loja Ladurée que são, sem dúvida, os macarons mais conhecidos.
Além de macarons, há também lojas de alta costura, de carros, de chás e até um Mc Donald's. Sabiam que o conceito de McCafe surgiu exactamente ali, nos Campos Elísios? Consta que a política de abertura de lojas naquela zona é bastante rígida e não era permitido abrir um restaurante de fast food. Vai daí, o Mc Donalds criou o seu conceito de café e estreou-se nesta famosa rua.



A avenida dos Champs-Élysées termina na entrada na Place de La Concorde. Antigamente era local de execuções, hoje marca  o início da avenida e apresenta-nos o Obelisco de Luxor (com mais de 3.300 anos) e a Roue de Paris.



Se fizerem este percurso durante o dia, podem aproveitar para visitar também o Jardin des Tuileries e tirar a típica fotografia nas cadeiras verdes. Nós chegámos a esta zona já bastante tarde, com os jardins fechados. Por isso, explorámos a zona lateral ao jardim. Passámos à porta do conhecido Maxim's e seguimos até à inesperada Église de la Madeleine, que aparenta ser um templo grego perdido no meio da cidade. 




Bem perto, podem também ver a Comédie-Française e o Palais Royal, com as Colonnes de Buren, uma instalação artistica do francês Daniel Buren a que deu o nome de Les Deux Plateaux.




Seguindo em direcção ao Sena, encontramos o famoso Musée du Louvre. Famoso e não é para menos: apelidam-no de "o maior" e "o mais conhecido" museu do mundo. É, realmente, muito grande, e alberga algumas das mais importantes obras artísticas. É o caso da minúscula Mona Lisa, de Da Vinci - a minha maior decepção em termos de obras de arte. Se quiserem visitar o museu - o bilhete custa 15,00€ para um adulto - convém reservarem muitas horas do vosso dia para o fazerem. 



À saída do Louvre, e depois de centenas de fotos às suas magníficas pirâmides, podemos ver o Arc de Triomphe du Carrousel, erguido por Napoleão I para comemorar as suas vitórias militares.


E depois, o Rio Sena. As suas pontes. E as luzes. Toda a magia de Paris, para mim, está ali. À noite, a paisagem é lindíssima. Atravessámo-lo pela Pont au Change e ainda tivemos tempo para espreitar a Cathédrale Notre-Dame de Paris, apesar de já termos finalizado o roteiro para este dia. Regressaríamos depois áquela zona, de dia, para a admirar. Agora a noite já ia avançada e era hora de nos dirigirmos ao restaurante que tínhamos reservado pelo The Fork - La Fourchette, em França - para jantar.



Segundo dia em Paris e muito ainda por explorar. Antes de nos fazermos ao caminho, um Vhils mesmo à nossa frente. Ambos gostamos muito do trabalho do Vhils e temos conseguido encontrá-lo um pouco por todo o mundo, o que nos enche de orgulho português.


Aproveitando que o nosso hotel ficava na zona do Jardin du Luxembourg, começámos por explorar as imediações dessa área antes de nos dirigirmos ao último ponto do nosso roteiro e, sem dúvida, o ponto turístico mais cliché de Paris. Já adivinharam que estou a falar da Torre Eiffel, certo?

Começamos o dia no Quartier Latin, onde visitámos o Panteão. Originalmente, foi construído como igreja mas hoje aloja os túmulos de várias figuras francesas como Jean Jacques Rousseau,  Victor Hugo ou Marie Curie.


Ver a Catedral por fora não é suficiente e, por isso, lá fomos nos para a Cathédrale Notre-Dame de Paris novamente. A entrada é gratuita e vale muito a pena, mesmo que encontrem longas filas de espera. 




Antes de partirem, não se esqueçam de dar uma última olhadela à fachada e imaginar o famoso Corcunda de Notre Dame. É uma personagem que faz parte do imaginário infantil de cada um de nós, certo?


Quando visitámos a cidade, os cadeados já tinham sido retirados da Pont des Arts, que se tornou mundialmente conhecida pelas juras de amor eterno. Podemos agora vê-los um pouco antes, na Pont Neuf.



A fome apertava e parámos para almoçar num dos restaurantes com que nos cruzámos. Não sem antes babarmos com as várias chocolateries que estão, para mal dos nossos pecados, um pouco por todo o lado. 


Passámos, depois, pelo Théâtre de l'Odéon com a instalação artística "The World is Yours" de Claude Lévêque. 


Mesmo no Inverno, o Jardin du Luxembourg é uma mancha colorida no meio da cidade. Seja de dia ou ao pôr-do-sol, passeiem e percam-se pelos caminhos. Aproveitem também para descansar: Paris é bastante grande e o nosso roteiro é de vários quilómetros por dia.




Fizemos, depois, vários quilómetros pelo Quartier du Montparnasse até ao nosso próximo destino. Se quiserem ter uma vista aérea de Paris, podem aproveitar para subir à Torre Montparnasse, um arranha-céus de 210 metros de altura. A vista é bonita mas, a nosso ver, não vale os 17,00€ do bilhete. Existem outras opções, como as Galerias La Fayette, com boa vista e sem custo de entrada.

Dirigimo-nos então a Les Invalides, um complexo de edifícios militares onde está, por exemplo, o Museu do Exército. É também aqui que está o túmulo de Napoleão Bonaparte, que é possível visitar.



Para fechar a viagem em grande, deixámos a Tour Eiffel para último. Fizemos todo o caminho até lá pelo Champ de Mars e fomos aproveitando a imponência deste monumento. Sabiam que era suposto ter sido desmontada 20 anos após a sua construção? E, afinal, mais de cem anos depois continua a encantar quem por lá passa - mais do que encantou inicialmente, pois reza a história que não foi muito bem recebida pelos franceses na altura da sua construção.



A entrada na Torre Eiffel tem vários custos, dependendo do que quiserem fazer: para os primeiros decks de observação, o bilhete custa 11,00€; se pretenderem ir até ao topo, custa 17,00€; se quiserem subir de escadas, o valor desce para 7,00€. A menos que tenham tendências masoquistas, sigam o meu conselho e desembolsem mais uns trocos, para fugir da subida de escadas. Palavra de quem já subiu os 1.665 degraus uma vez, e jurou para nunca mais. Mas, façam o que fizerem, não deixem de subir, pois vale muito a pena. A vista para a cidade é linda, com a sombra enorme da torre a mostrar-nos o quão pequeninos somos, ali em cima. 
Não deixem também de a observar, cá de baixo, à noite. De hora a hora, há uma explosão de luzes a cintilar por toda a torre e é lindo de se ver, como se de repente a Sininho fugisse da Disneyland e enchê-se Paris de pozinhos de perlimpimpim.

Para uma visão diferente sobre a ponte, podem também optar por vê-la desde os Jardins du Trocadéro.

Et voilá, foi assim que passámos dois dias em Paris. Mais de 15 quilómetros a pé por dia, um dia de fuga até à Disneyland e com uma excelente guia e amiga que nos orientou pelos melhores sítios - obrigada, M. Apesar de não encontrar em Paris a magia que muitos falam, é uma cidade bonita e à qual regressaremos várias vezes, sem qualquer dúvida. A maior prova disso é que já comprámos mais uma viagem e lá iremos nós pela terceira vez, já daqui a três meses. Já dizia a Audrey Hepburn... (não preciso dizer o resto, pois não?). Esperemos que a M. esteja pronta para nos acompanhar, pois estamos cheios de vontade de explorar o Palácio de Versalhes e revisitar o Louvre.

Como podem ver, um fim-de-semana permite, facilmente, conhecer os principais pontos da cidade sem andarem numa correria e desfrutando do passeio. Mas se quiserem conhecer o Louvre e outros museus, aconselhamos que reservem mais dias para o fazer. Paris é uma cidade cheia de cultura e... bons macarons!

Let's Run Away?


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