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Roteiro: Évora (2 dias)



Sejam bem-vindos a Évora!
Visitámos esta cidade, com a descontracção de quem já a conhecia, em Fevereiro de 2017. Temos esta "tradição" de não trocar prendas no Dia dos Namorados, aniversários de namoro, etc. e aproveitar para viajar mais e termos mais momentos a dois. Foi assim que fomos parar a Évora num frio fim-de-semana, e ficámos alojados no Vitoria Stone Hotel, de que vos falámos aqui. Como vos dissemos quando fizemos a review do hotel, foi o hotel que escolheu o destino e não o contrário: já tínhamos ouvido falar do Vitoria Stone e quisemos aproveitar esta oportunidade para o experimentar.

Era sábado à tarde quando nos enfiámos no carro e partimos com destino a sul. A primeira paragem do nosso caminho foi o Recinto Megalítico dos Almendres, Monumento Nacional desde 2015, onde é possível encontrar o Cromeleque dos Almendres e o Menir dos Almendres.

Ambos os locais são acessíveis de carro, pelo meio de estradas de terra batida e muito pó. Mas também, muita paisagem caracteristicamente alentejana que valea pena ver. Parámos, primeiro, no Cromeleque dos Almendres. Este cromeleque (conjunto de pedras pré-históricas colocadas em forma de círculo) é composto por 95 monólitos de pedra, dos quais 10 apresentam ainda vestígios de inscrições. Pelo seu estado de conservação, é um dos monumentos do género mais importantes da península ibérica. 



Muito perto do cromeleque, encontramos também o Menir dos Almendres. De facto, para quem vem da estrada nacional em direcção ao recinto, o primeiro ponto de paragem é o Menir. Nós optámos por fazer o percurso ao contrário e parar no Menir apenas no regresso à estrada nacional. 



O percurso desde a estrada até ao Menir é feito por carreiros de terra batida mas não é muito longo. Entre o Menir e o Cromeleque distam cerca de um quilómetro. Apesar de estarem isolados, pensa-se que existia uma ligação entre ambos, pois estão alinhados com o nascer do sol no solstício de Verão. Este Menir tem 3,50 metros de altura - "ligeiramente" maior do que eu, como podem ver - e encontra-se em território privado, tendo sido reerguido pelo proprietário do terreno.

Depois de um rápido passeio pela zona história de Évora - a tarde já ia longa - era hora de rumar ao hotel e aproveitar a reserva que tínhamos feito no Restaurante 5amêndoas (o restaurante do hotel). Se já estávamos a gostar do hotel, a opinião só podia melhorar depois deste magnífico jantar.




A manhã de domingo estava planeada para explorar os principais pontos da zona histórica. Começámos pelas casas do aqueduto, bem nos limites das muralhas da cidade. Estas casas são bastante visitadas (ou melhor, a rua é) pois foram construídas nos arcos do aqueduto, que servem de limite à casa.


Rumámos depois à zona mais alta, onde começámos o passeio pelo Jardim de Diana. Além de uma boa vista para a cidade, este jardim tem também uma boa vista para o Templo de Diana, ex-líbris da cidade.




O Templo de Diana dispensa apresentações. Mas sabiam que este nome está errado e se deve, provavelmente, a uma lenda muito antiga? O nome correcto é Templo Romano de Évora e é Património Mundial pela UNESCO.




Seguimos depois para a Sé de Évora, que também pode ser conhecida por Catedral de Évora ou pelo seu nome completo: Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção. Como estava a decorrer missa, demos apenas uma espreitadela e seguimos o nosso roteiro.




Se há coisa que gosto de fazer nas zonas históricas é passear pelas ruas e ruelas, as mais escondidas, menos turísticas. Aproveitar a luz da cidade e conhecer as casas típicas, as janelas, as lojas tradicionais. Entrámos em algumas e parámos, sem grandes dúvidas, na Fábrica dos Pastéis - o cheirinho a pastel de nata quente pela rua era demasiado convidativo. 



A paragem valeu muito a pena e recarregámos baterias para mais um passeio a pé, desta vez com destino à Praça do Sertório.



Depois de recarregar as baterias e deambular pelas ruelas, dirigimo-nos à praça mais conhecida de Évora. Chama-se Praça de Giraldo (ou do Giraldo, como se ouve mais regularmente) e é das praças mais movimentadas, com esplanadas e lojas. 





Um dos edifícios que mais se destaca nesta praça é a Igreja de Santo Antão, que se situa numa das extremidades. Aproveitámos para entrar e espreitar o seu interior.
Da praça saem várias ruas de comércio, onde podem aproveitar para ver lojas locais e outras mais conhecidas, pertencentes a cadeias nacionais e internacionais.




Para terminar o roteiro turístico, não podíamos deixar escapar um dos monumentos mais esquisitos e também mais estranhos de Évora. Falo-vos da Capela dos Ossos, uma Capela situada na Igreja de São Francisco e que se encontra totalmente revestida a ossos humanos. A ideia e o trabalho são obra de três frades franciscanos que pretendiam não só passar a ideia de transitoriedade, como também desocupar os 42 cemitérios monásticos que existiam na região. 




O bilhete para a Capela dos Ossos é pago - 4,00€ - mas permite visitar a Capela, o Nucleo Museológico e também uma colecção de presépios de todo o mundo, patente no edifício. Gostámos especialmente da colecção de presépios de todo o mundo, muito completa e com peças bastante originais. No final da visita, tivemos ainda acesso a uma varanda panorâmica com uma vista espectacular para Évora. Vale a pena a visita!




Para terminar em beleza, e depois de termos percorrido os principais pontos de Évora, era hora de almoço. Por recomendação do M. e da A., almoçámos com eles no Restaurante Tábua do Naldo. A comida é deliciosa e as combinações muito originais, pelo que recomendamos bastante. Os preços são um pouco mais altos do que os restaurantes da zona (pagámos cerca de 35,00€ por pessoa) mas a visita vale a pena. Aquele pijaminha de sobremesas ainda me deixa a salivar...




Évora é uma bela cidade, à qual não nos importamos nunca de voltar. Da minha parte, já a vi e revi e até dos céus já tive perspectiva, pois foi lá que fiz o meu salto tandem. Continuo, e continuaremos sempre, a gostar de voltar.

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