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Roteiro: Hamburgo (2 dias)


Sempre ouvimos falar de Hamburgo, mas não a incluíamos na nossa lista de lugares a visitar num curto ou médio prazo. Podem chamar-nos burros. Hamburgo foi uma agradável surpresa de fim-de-semana, numa escapadela até bastante em conta (orçamento aqui). 

Chegámos já era de noite, mas quisemos aproveitar para ver uma das vistas mais conhecidades: o Lago Inner Alster. Pelo caminho, aproveitámos o jantar perto da Estação Central - há vários restaurantes simpáticos e com preços acessíveis - e passámos pelo Hamburg Art Hall, um dos maiores museus do país.



Quanto ao Lago Inner Alster, é um dos largos artificiais de Hamburgo e dá-nos uma vista privilegiada para a Rua Jungfernstieg e os edifícios que circundam o lago. À noite, as luzes e os reflexos na água dão-lhe um toque especial e não quisemos perder esta imagem. 



Estava frio - se estava! - e o próximo ponto foi o hotel em que ficámos hospedados, o Prizeotel Hamburg (podem ver a nossa opinião sobre este hotel aqui). A localização do hotel não era a mais central, mas foi o escolhido por estar perto da Estação Central - Hamburg Hauptbahnhof

O dia seguinte começou no que de mais genuíno encontrámos em Hamburgo - o Fish Markt, ou Fischmarkt. Este mercado realiza-se na zona portuária de Hamburgo todos os domingos de manhã e além de peixe e legumes, encontram também várias bancas de comida, com o tradicional peixe frito e a cerveja. 





Não nos aventurámos a comer peixe frito ao pequeno almoço, mas encontrámos outras boas opções por perto. O bairro envolvente é muito convidativo e o sol da manhã fez-nos prolongar a paragem durante mais algum tempo do que estava previsto.


Próxima paragem: Beatles Platz, uma praça na zona de St. Pauli erguida para comemorar a importância da cidade de Hamburgo na história dos Beatles.


Também nesta zona encontramos a rua Reeperbahn, o centro de entretenimento da cidade. É aqui o maior centro da vida noturna, mas a zona está também muito ligada à prostituição. Pela manhã, é possível passear calmamente por entre os vários clubes nocturnos, observar os grandes letreiros e os murais pintados.
Todo o bairro de St. Pauli, próximo à zona portuária tem um clima único, muito underground, devido às inúmeras sexshops e bares rock and roll. É também nesta zona que se situa o estádio onde treina e joga o Fußball-Club Sankt Pauli. Cruzámos o bairro em dia de jogo e o ambiente, mesmo sendo bastante cedo, já se fazia notar.




Daqui seguimos para a praça Praça Spielbuden. É dos sítios mais movimentados de Hamburgo e, dizem, um óptimo ponto para começar a conhecer a cidade. Apesar de a termos encontrado bastante calma, aqui realizam-se todo o tipo de actividades: espectáculos ao vivo, transmissão de jogos de futebol em directo, feira da ladra e até festivais de arte.


A fechar a praça, as famosas Tango Towers - curiosos edifícios que hoje em dia, albergam escritórios.


Seguimos depois para Alter Elbpark, um enorme parque verde na cidade. É aqui que se encontra o Monumento a Bismarck, uma enorme estátua dedicada ao estadista alemão Otto von Bismarck.


O próximo ponto é um dos mais famosos da cidade, a sua maior imagem de marca: a Igreja de São Miguel. Para nós, é um dos pontos imperdíveis, não só pelo edifício em si (que se observa de vários pontos da cidade) como pela vista panorâmica da torre. O bilhete custa 5,00€ (por adulto) e subida é bastante fácil. A vista, essa, é magnífica!






Depois desta vista, parámos no Cotton Club, um conhecido club de jazz onde é possível ouvir música ao vivo a qualquer hora do dia. 


De seguida, Deichstrasse. As ruas de Hamburgo são todas pitorescas, mas esta destaca-se ainda mais. Vale a pena a passagem. Nós aproveitámos a zona e escolhemos um restaurante para almoçar, ocupando o pouco tempo em que choveu durante o fim-de-semana.




O próximo ponto é outra das imagens de marca da cidade. Speicherstadt é, apenas, a maior zona de armazéns do mundo, todos construídos sob alicerces de madeira. Os edifícios datam de entre 1883 e 1927 e são todos em tijolo, o que lhe atribui um aspecto muito característico. 




Atravessando todo o bairro de armazéns, chegamos à Elbphilharmonie, ou carinhosamente, "Elphi". Esta sala de concertos esteve durante anos (e ainda está) nas bocas do mundo, quer pela sua construção quer pela demora nas obras e sucessivos adiamentos da inauguração. Agora, pronta, é das mais modernas salas de concerto do mundo. E o edifício, construído por cima de um antigo armazém, é hoje o prédio mais alto de Hamburgo.



Daqui, voltámos ao centro da cidade e a mais uma igreja, a Igreja de São Nicolau (Kirchenruine St. Nikolai). Esta igreja gótica é uma das mais antigas de Hamburgo, mas um bombardeamento na Segunda Guerra Mundial deixou-a parcialmente destruída. O que podemos observar hoje em dia é o que resta da sua estrutura, e um memorial.



Vimos também a Igreja de Santa Catarina, cuja torre se destaca na paisagem desta zona. É também uma das igrejas mais antigas, datada do Século XIII. 


A Prefeitura de Hamburgo é um dos edifícios que mais vemos como ilustração à cidade. O seu estilo neo-renascentista, o telhado verde e a torre imponente chamam à atenção. A praça, ao fim-de-semana, está cheia de turistas e locais e têm um ambiente muito agradável. 



Mais uma torre, mais uma igreja. A Igreja de São Pedro é uma das catedrais iniciais da cidade, construída por ordem do Papa Leo X.



Voltámos depois para o ponto onde tínhamos começado o nosso roteiro, a zona do Lago Inner Alster e da Rua Jungfernstieg. Todo este quarteirão, por detrás da Rua Jungfernstieg, é dedicado ao comércio, desde marcas locais a marcas de luxo internacionais. Aproveitámos, claro, para dar um olhinho aos saldos de Inverno em busca de boas oportunidades.



Os dois lagos, Inner Alster e Outer Alster, são o sítio perfeito para terminar o roteiro, principalmente se for final de tarde e o sol se estiver a pôr. Haverá, certamente, muitos turistas, mas também muitas famílias a passear e muitos desportistas que aproveitam as margens do lago para uma caminhada ou uma corrida. 




Hamburgo foi, como já vos disse, uma agradável surpresa. Um destino perfeito para dois dias, que poderíamos ter explorado ainda mais aprofundadamente se nos tivéssemos dedicado a conhecer os museus da cidade. O clima, apesar de frio, não nos inibiu de sentir que é uma cidade convidativa e mais simpática do que poderíamos imaginar.
Se a isto juntarmos o facto de ser um destino para onde conseguimos, facilmente, voos à volta dos 30,00€ (ida e volta) e com um custo de vida nada exagerado, porque não fazer dela uma escapadela para um destes fins-de-semana?

Let's Run Away?

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