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Fomos ali picar umas bravas a Barcelona.


O primeiro destino de Junho foi Barcelona, com dias quentes e solarengos e apenas um pequeno episódio de chuva, na altura menos oportuna. Descrições atmosféricas à parte, continua uma cidade cheia de coisas para ver e fazer, capaz de agradar a todos os estilos de viajantes. E isso vê-se, ao observarmos as pessoas com que nos cruzamos pelas ruas.




Já ambos conhecíamos Barcelona, portanto o objectivo foi revê-la e dá-la a conhecer aos meus pais, que a visitavam pela primeira vez. Não é, de todo, uma cidade que se conheça em três dias, principalmente se quiserem visitar monumentos e museus - e acho que deveriam. O facto de já lá termos estado, juntamente com dicas preciosas de quem lá vive e dicas que nos deram através da nossa página de Instagram (obrigada!) deu-nos as ferramentas necessárias para conseguirmos aproveitá-los ao máximo. Ainda assim, a área de Montjuic, Barceloneta e do Born ficou para uma próxima visita. 



Começámos o roteiro, como vos contámos no Instagram, por Camp Nou. Talvez não tenha sido o mais indicado a fazer, não pelo estádio em si, mas porque a área circundante não é certamente o melhor cartão de visita de Barcelona. A cidade está mais suja, mais grafitada e nem sempre tem o melhor cheiro possível, para não dizer pior. No centro, isso nota-se menos, obviamente. Mas diz quem por lá mora que aos fins de semana de manhã é impossível aguentar com o cheiro das ruas do Bairro Gótico, devido às noitadas dos dias anteriores.


Foi a Gaudí e ao seu legado que dedicámos o primeiro dia de viagem, nesta cidade que tanto o admira. Casa Milà (também conhecida como La Pedrera), casa Batló, a Sagrada Família e o Parque Guell. Não foram novidades, mas conseguem sempre surpreender-nos. Principalmente a Sagrada Familia, com os raios de sol a entrar pelos vitrais, projectando cores vivas nas colunas interiores do edifício. Tinhamos planos para terminar a tarde nos Bunquers del Carmel, mas a chuva e o facto de só termos conseguido entradas para o Parque Guell para as 19h30 - pois, agora é por turnos - trocou-nos os planos.
Para o segundo dia, o centro do centro: Paseig de Gracia, Praça da Catalunha, La Rambla, La Boqueria, Bairro Gotico, a Catedral, o Parque da Cidadela e o Arco do Triunfo. 
Pelo meio, experimentámos, como já nos vem sendo característico, boa comida. E talvez venham daí as melhores lembranças destes dias... O El Nacional, com um ambiente e uma decoração fenomenais. As sobremesas de encher o olho do Maitelis. A paella do Les Quinze Nuits, que já conhecia da minha primeira visita à cidade. Os pintxos quentes da Taberna Maitea, principalmente os de queijo e maçã, que me vão deixar nostálgica durante tanto tempo. E as paragens no El Bosq de les Fades, um sítio mágico, e no Els Quatre Gats, um sítio cheio de história e onde recomendamos que piquem umas patatas bravas. Temos que agradecer à R. e à M. que foram incansáveis em dar-nos as dicas que só quem vive ou viveu na cidade, conhece. (R., na próxima visita a Portugal quero uns 12 pintxos de manzana e queso de cabra numa caixinha, sff!)

Da cidade em si, sentimos falta do encanto que recordávamos de outrora. Onde estão os homens estátua nas Ramblas? Onde estão os músicos que tocavam ao vivo nas várias estações de metro? No meio de tanto desenvolvimento turístico, sentimos que algo ficou pelo caminho. 


Em jeito de resumo, o sabor das memórias destes dias é agridoce. Barcelona continua linda, com muito para nos mostrar, com tanto para fazer e com o encanto especial das ruas estreitas e das centenas de prédios com fachadas trabalhadas. Combina cidade, praia, arquitectura, cultura e vida urbana com charme, muito charme, e isso agrada a qualquer um. Mas está apinhada de turistas, de falta de maneiras, de grafitis pelas ruas (e não me refiro a arte urbana, como é óbvio, mas sim a rabiscos sem significado) e de cheiros. As limitações turísticas aplicadas, na prática, apenas nos obrigam a comprar bilhetes com antecedência para as atracções. As horas agendadas nos bilhetes não permitem um fluxo suave de visitantes nos monumentos, provocando autênticas enchentes de meia em meia hora. E nós, apesar de percebermos que é urgente tomar medidas que regulem o turismo em Barcelona, não vimos efeitos práticos e não gostamos de viajar com horários marcados e definições de onde temos que estar a cada hora.


Ainda assim, quereremos sempre voltar. Barcelona encanta sem qualquer dificuldade.

E a julgar pela experiência com a Level, servirá de ponto de partida a muitas viagens, sem dúvidas. Mas sobre isso, falaremos mais tarde.

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