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O pico do Pico.



Podemos começar este texto já com o romper de vários chavões. Os Açores não são bonitos só no verão. As viagens para os Açores não são caras. Os melhores destinos não estão só no estrangeiro. 


Comprámos o voo de ida e volta para o Pico com uma valente antecedência e isso permitiu-nos viajar por 80€ (ida e volta) com voos directos de Lisboa. Destinámos três dias a esta ilha, com uma vontade enorme de subir ao pico do Pico para ver o nascer do sol. Em boa verdade, a Sandra do Tripper resumiu-nos um bom roteiro para a ilha em três acções: ver as vistas, subir à montanha do Pico e comer. 

Seguimos as recomendações da Sandra à risca e só não conseguimos subir a montanha, apesar de o andarmos a planear desde Agosto. Um dia contamos a história... De resto, podemos dizer que as vistas são realmente fantásticas e que comemos do bom e do melhor. Os picarotos são amáveis e orgulhosos da sua terra, pelo que percebemos assim que aterrámos. Quando temos um restaurante a recomendar-nos outro, sabemos que estamos num bom caminho gastronómico. E se num terceiro restaurante encontramos a pessoa que no primeiro nos recomendou o segundo, sabemos que acertámos em cheio.

O Pico é uma ilha muito cénica e, apesar de não nos ter feito soltar um "uau" de espanto, conquistou-nos lentamente com os contrastes da paisagem. A montanha do Pico está sempre presente e, na sua imponência, não nos deixa esquecer que é o ponto mais alto de Portugal. Os lajidos são o cenário perfeito para as fotografias, os moinhos vermelhos fazem-nos desviar trajectos e as lagoas, nos tons de Outono, são lindíssimas sempre que não estão cobertas de nevoeiro. As casas típicas têm portadas e telheiros em madeira colorida e as paredes são negras, em pedra vulcânica. Só isto já é capaz de nos convencer, mas ainda há o maior tubo lávico de Portugal, na Gruta das Torres. E o peixe saboroso. E o pôr-do-sol visto do Cella Bar, com o Pico e o Faial na paisagem (sem sequer mencionar a sangria).

Por falar em Faial e na nossa incapacidade de estar quietos, aproveitámos a necessidade de criar uma alternativa à subida do Pico como uma boa desculpa para conhecer outra ilha. São apenas 25 minutos de ferry e mesmo eu, que enjoo em barcos, não me fiz rogada à ideia. Poucas horas não são suficientes para conhecer a ilha, apesar de pequena. Mas pouco é melhor do que nada e foi tempo mais do que suficiente para nos deslumbrarmos com o Farol da Ponta dos Capelinhos e com a Caldeira, com breves passagens noutros pontos pelo caminho. 
Mesmo no Faial, a vista para a imponente montanha do Pico persegue-nos - e embeleza a vista!

Voltar aos Acores é sempre sinónimo de nos reapaixonar-mos pelo nosso próprio país. E fica-nos na memória o facto de sempre que dizemos que viemos passar o fim-de-semana, nos desejarem "boas férias!". Já nos tinha acontecido com a escapadela à Terceira, fez agora um ano, e a verdade é que sabe mesmo a férias. É tão bom...


...tão bom que quinta-feira estaremos nos Açores outra vez, para aproveitar o fim-de-semana prolongado.

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