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Queremos voltar a Arouca.


Arouca. Passadiços do Paiva.
O destino andava nas nossas cabeças desde as primeiras notícias sobre a abertura dos famosos Passadiços do Paiva, em 2015. A ida foi sendo adiada: sempre que pensávamos em ir, uma parte dos Passadiços era afectada pelo fogo. Este ano achámos que tínhamos que arriscar e preparámos tudo para aproveitar o feriado para visitá-los.

Como sempre, inventámos. E apesar de termos reservado logo uma noite num hotel da zona - ficámos no Hotel Rural da Freita, que recomendamos e de que vos falaremos brevemente - o objectivo era voltar a casa no sábado cedo. Não cumprimos, claro. Porque quando começámos a fazer a nossa pesquisa para a viagem, percebemos que o Arouca Geopark está cheio de sítios lindos que quereríamos visitar. E voltámos a casa já tarde, no sábado.

Graças às recomendações que recebemos no Instagram, foi um fim-de-semana delicioso. Começámos com uma posta arouquense em Alvarenga (a Capital do Mundo), no Restaurante Zé Mota. A posta era gigante, deliciosa, e deu-nos forças suficientes para os muitos quilómetros que vinham a seguir. 

Começámos os Passadiços pela entrada do Areinho, em direcção a Espiunca. Em todos os blogs que lemos, era este o trajecto recomendado: começar com a subida dos mais de oitocentos degraus e depois, seguir sempre a descer até Espiunca. Pareceu-nos um bom plano. Agora, que já os fizemos, estamos com vontade de lá voltar para experimentar o trajecto contrário, de Espiunca até Areinho. Ouvimos, ao longo do percurso, vários comentários sobre como as pessoas que vinham do Areinho vinham "a deitar os bofes pela boca" e a verdade é que agora, que conhecemos o percurso, nos parece mais indicado ir subindo gradualmente do que "morrer" nos oitocentos degraus logo ao início. Ainda p'ra mais, ao fazer o percurso Areinho - Espiunca acompanhamos a descida do rio e as cascatas, os rápidos, etc. vão ficando nas nossas costas. No sentido contrário, o que há de mais bonito vai aparecendo à frente dos olhos. Quando acabámos, três horas depois, apanhámos um táxi em direcção ao parque de estacionamento do Areinho. O taxista, muito simpático, falou connosco a viagem toda e concordou com a nossa perspectiva: no percurso Espiunca - Areinho a dificuldade vai aumentando gradualmente, permitindo que o corpo se habitue ao esforço e que seja feito um "aquecimento". 

A viagem de três horas e a tarde nos Passadiços deram cabo das nossas energias e, a caminho da cama, apenas parámos no Restaurante Mira Freita para dar de comer ao estômago. Mais uma vez, uma meia dose que alimenta uma família e um prato delicioso e de chorar por mais. Que bem que se come em Arouca!

Acordámos no sábado com energia suficiente para muitos quilómetros. Houve Frecha da Mizarela, houve Pedras Parideiras, houve Pedras Broas do Junqueiro, houve Marco Geodésico de São Pedro o Velho (e que vista, lá de cima, senhores!), houve o tão esperado Miradouro do Detrelo da Malhada. E vistas lindas! O Arouca Geopark não é só interessante para quem goste de geologia, é um mundo para quem gosta de estar em contacto com a natureza. E nós adorámos!

Antes de voltarmos a casa, visitámos ainda Arouca propriamente dita, parámos no Parlamento para um almoço bem servido (outra meia dose para abastecer uma família) e na Casa dos Doces Conventuais para repor todas as calorias que gastámos com os mais de vinte quilómetros nas pernas.

Voltámos, mas com uma certeza: voltaremos. Dois dias foram muito pouco para tudo o que a região tem para oferecer e queremos muito aproveitar todos os trilhos e as paisagens que ficaram à nossa espera.


Obrigada, Arouca!

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