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¡Andaluzia, te quiero!


A beleza da Andaluzia não é novidade para nós. Mas há sempre algo novo para descobrir, para fazer, para aproveitar. E a nossa lista de "to do's" por esta região espanhola não parava de aumentar. Ainda assim, estivemos até à última hora a ponderar se avançávamos ou não com esta aventura. Felizmente, arriscámos!

O objectivo principal era conhecer Ronda e aproveitar o Caminito del Rey numa altura em que o tempo ainda se encontra ameno, sem os 40 e muitos graus do verão. Com cinco dias de férias, decidimos que a melhor forma de distribuir os dias seria encontrar um ponto de paragem para a viagem de ida e outro ponto de paragem para a viagem de volta. Assim, Sevilha e Córdoba surgiram no roteiro. E uma grávida com tendência para pernas inchadas fez com que, sem aviso prévio, acrescentássemos Estremoz e Badajoz à lista de paragens, ambas numa perspectiva mais técnica em modo "vamos parar para um almocinho!" seguido de "vamos esticar as pernas!".

A viagem acabou por correr melhor do que prevíamos, o São Pedro foi nosso amigo e os cinco dias acabaram por saber a férias prolongadas. Tão bom.

De Sevilha, que ambos já conhecíamos, gabamos a luz. A cidade recebeu-nos com um lindo dia de sol, uma luz magnífica de fim de tarde e aquela vida tão própria que tem. Gostamos disso em Sevilha: a forma como os turistas e os locais se misturam nas calles, a aproveitar o sol e as muitas esplanadas. Subimos, pela primeira vez, ao miradouro Metropol Parasol e despedimo-nos da cidade com a frustração de uma câmara avariada, mas com um ar satisfeito. Sevilha é linda e não tememos dizer que foi a nossa paragem preferida da viagem.

Uma grande surpresa foi o caminho de Sevilha para Ronda: montes, serras, planícies e lagos. Apetecia parar constantemente e aproveitar os campos floridos cheios de borboletas e bonitos pássaros pousados aqui e ali.

Nisto, já vos disse a pagarem seguinte, Ronda. Ronda era uma vontade antiga e foi uma agradável surpresa. Os arredores de Ronda são lindos, a paisagem que se vê de Ronda é linda. E Ronda é amorosa que só ela. Fora a Puente Nueva, a imagem mais cliché, há campos verdes a perder de vista, um centro histórico com edifícios muito típicos e alinhados, que não perdem a identidade à medida que nos afastamos do centro. Há boas tapas, claro. E, nos arredores, há as típicas Fincas onde, por nossa vontade, tínhamos ficado uns belos dias a descansar.

De Ronda ao Caminito del Rey dista apenas uma hora, que fizemos pela manhã, depois de uns banhos de sol na Finca em que ficámos alojados. Se soubéssemos como os arredores são bonitos, teríamos ido mais cedo e aproveitado. Mas só o Caminito fez valer a pena o caminho todo. Desde Lisboa! Já não tem nada de assustador, já não há precipícios ou adrenalina. Há passadiços bem construídos e robustos que nos fazem esquecer, na maior parte do percurso, a altura vertiginosa a que estamos. Nem a grávida vacilou. A sensação de tarefa cumprida no final foi saborosa, garanto-vos.

Córdoba era a última paragem oficial. Se eu já lá tinha estado há uns anos e de pouco me lembrava, para Ele foi uma estreia. E, nos 30º que nos receberam, encontrámos sombras para conhecer grande parte do centro histórico e, ainda, descobrir um miradouro na cidade que diz que não os tem. Córdoba, além da Mesquita Catedral com os seus arcos irresistíveis para amantes de fotografia, tem as ruas mais cuidadas e floridas de que nos lembramos (e os pátios, também). E que guapa que é!
O cansaço acumulado não nos deixou andar tanto a pé como estamos habituados e, na tentativa de usar o carro para os lugares mais afastados, saímos frustrados de quarenta minutos em busca de um lugar de estacionamento. Uma cidade bonita, um problema de estacionamento incrível. Voltaremos mais tarde, com mais genica nas pernas!

No caminho de volta e a um feriado, parámos para almoço numa Badajoz fantasma, de estores e grades corridas em todas as lojas e em muitos restaurantes. Que mania que temos de querer conhecer cidades no 1º de Maio... A verdade é que Portugal já esperava por nós e a vida real, aquela em que existe uma casa para manter e um trabalho, também. Mas estes cinco dias valeram por muitos.

E sobre este pedacinho da Andaluzia, não temos dúvidas: está nos nossos corações!


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