Começámos 2019 a dizer-vos que partíamos para o novo ano sem grandes planos. Nós sabíamos porquê, vocês não. Em 2019 viajámos menos, mas embarcámos na maior viagem das nossas vidas: sermos pais.
A gravidez e um bebé não foram, de todo, motivos para deixarmos de viajar. É claro que abrandámos (no final de 2018 andávamos a um ritmo frenético de viajar todos os fins-de-semana) e que nos sentimos na obrigação de pensar cuidadosamente nos destinos escolhidos. Mas viajámos todos os meses, como tínhamos feito até então.
Começámos o ano com uma escapadela até ao Porto, onde fomos contar a novidade à família nortenha e até comprar algumas coisas para o enxoval da criança. Fevereiro, em pleno Dia dos Namorados, trouxe-nos a Rota Romântica da Alemanha e muitas cidades adoráveis para conhecer, terminando em beleza nas paisagens geladas e nos lagos congelados de Füssen. Março cumpriu a premissa de manter as caminhadas na gravidez e levou-nos a descobrir os Passadiços do Alamal, em Belver, juntamente com uma magnífica vista do Castelo para o Rio Tejo. Abril foi sinónimo de aventura e o avião levou-nos até Nova Iorque, onde percorremos quilómetros e quilómetros a pé para nos deslumbrarmos (novamente) por esta cidade. Foi por esta altura, aos seis meses de gravidez, que vos contámos que andávamos a viajar com um passageiro clandestino e que esta foi a última viagem de avião dos meses que aí vinham. Mas nem isso foi motivo para nos parar... Abril trouxe-nos uma rota de carro pela Andaluzia, com Sevilha, Ronda, Setenil de las Bodegas e Córdoba a entrarem no roteiro. E Maio trouxe o sol e a maravilhosa gastronomia das Aldeias do Xisto e da zona de Oleiros.
Foi por esta altura que o passageiro clandestino nos trocou os planos e não nos deixou seguir para o destino de Junho, mais perto de casa, mas com a promessa de sopas e descanso. O destino de Junho foi mesmo a maternidade e foi uma aventura e pêras, que nos pôs de molho e "ofereceu" à recém-mamã uma proibição de andar de avião.
Não foi fácil de gerir. Viajar está-nos no sangue e colocar as viagens em "pausa" por tempo indeterminado corroeu(-me) os nervos.
Entretanto, aproveitámos Agosto para passear pelo Escaroupim, em Salvaterra de Magos, e para um saltinho ao norte, que nos levou a Barcelos. Braga também estava nos planos mas a chuvada forte que se seguiu alterou o roteiro por umas horas de conforto no sofá.
Felizmente as coisas foram-se resolvendo e em Setembro, enquanto apanhávamos chuva no Alvor (ah, que sorte!) comprámos viagens de avião para o resto do ano. Os preços já não eram os melhores mas conseguimos realizar dois objectivos que há muito andavam na calha... Outubro levou-nos até Maiorca onde, graças às ameaças de tempestade, descobrimos uma ilha que vai muito para além das praias que lhe dão fama. Antes de Maiorca fomos também a Elvas, matar saudades das migas e passar um fim-de-semana ao ritmo alentejano. Novembro foi mês de descobrir Valência e de nos rendermos a ela. Fechámos o ano a terminar a Rota das Aldeias do Xisto. Em menos de dois anos visitámos as 27 aldeias enquadradas nesta rota e não podíamos ter terminado 2019 mais apaixonados pelo nosso país.
Não foi, de todo, um ano de grandes aventuras. Não foi um ano de adicionar novos países à nossa checklist e nunca foi esse o nosso objectivo, preferimos descobrir destinos do que fazer "check" (e isso vê-se pela quantidade de vezes que, só em 2019, visitámos Espanha!). Mantivemo-nos por perto e em destinos que eram, para nós, seguros. Mas foi um ano muito rico naquilo que vimos e descobrimos. Foi um ano muito rico em mostrar que gravidez e filhos não são, necessariamente, motivos para deixar de viajar. E terminamos com a certeza que ganhámos o melhor companheiro de viagem que poderíamos pedir - dizem as "más línguas" que com tanta viagem que fez dentro da barriga, era impossível que não viesse com o bichinho.
O próximo ano já tem planos bem definidos até Junho e, no mínimo, trará sete viagens em seis meses. É um plano ambicioso, sabemos. Mas não há fome que não dê em fartura e deliciámo-nos a comprar bilhetes de avião a um óptimo preço... Pelo menos dois países novos, duas rotas que há muito estavam nos nossos objectivos e outras tantas escapadelas que nos deixam muito entusiasmados. Ficam desse lado para descobrir tudo?
Foi por esta altura que o passageiro clandestino nos trocou os planos e não nos deixou seguir para o destino de Junho, mais perto de casa, mas com a promessa de sopas e descanso. O destino de Junho foi mesmo a maternidade e foi uma aventura e pêras, que nos pôs de molho e "ofereceu" à recém-mamã uma proibição de andar de avião.
Não foi fácil de gerir. Viajar está-nos no sangue e colocar as viagens em "pausa" por tempo indeterminado corroeu(-me) os nervos.
Entretanto, aproveitámos Agosto para passear pelo Escaroupim, em Salvaterra de Magos, e para um saltinho ao norte, que nos levou a Barcelos. Braga também estava nos planos mas a chuvada forte que se seguiu alterou o roteiro por umas horas de conforto no sofá.
Felizmente as coisas foram-se resolvendo e em Setembro, enquanto apanhávamos chuva no Alvor (ah, que sorte!) comprámos viagens de avião para o resto do ano. Os preços já não eram os melhores mas conseguimos realizar dois objectivos que há muito andavam na calha... Outubro levou-nos até Maiorca onde, graças às ameaças de tempestade, descobrimos uma ilha que vai muito para além das praias que lhe dão fama. Antes de Maiorca fomos também a Elvas, matar saudades das migas e passar um fim-de-semana ao ritmo alentejano. Novembro foi mês de descobrir Valência e de nos rendermos a ela. Fechámos o ano a terminar a Rota das Aldeias do Xisto. Em menos de dois anos visitámos as 27 aldeias enquadradas nesta rota e não podíamos ter terminado 2019 mais apaixonados pelo nosso país.
Não foi, de todo, um ano de grandes aventuras. Não foi um ano de adicionar novos países à nossa checklist e nunca foi esse o nosso objectivo, preferimos descobrir destinos do que fazer "check" (e isso vê-se pela quantidade de vezes que, só em 2019, visitámos Espanha!). Mantivemo-nos por perto e em destinos que eram, para nós, seguros. Mas foi um ano muito rico naquilo que vimos e descobrimos. Foi um ano muito rico em mostrar que gravidez e filhos não são, necessariamente, motivos para deixar de viajar. E terminamos com a certeza que ganhámos o melhor companheiro de viagem que poderíamos pedir - dizem as "más línguas" que com tanta viagem que fez dentro da barriga, era impossível que não viesse com o bichinho.
O próximo ano já tem planos bem definidos até Junho e, no mínimo, trará sete viagens em seis meses. É um plano ambicioso, sabemos. Mas não há fome que não dê em fartura e deliciámo-nos a comprar bilhetes de avião a um óptimo preço... Pelo menos dois países novos, duas rotas que há muito estavam nos nossos objectivos e outras tantas escapadelas que nos deixam muito entusiasmados. Ficam desse lado para descobrir tudo?
