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Roteiro: Bangkok (4 dias)




Dois meses depois, estamos prontos para vos começar a falar da nossa viagem à Tailândia. O primeiro destino é, obviamente, Bangkok. A cidade frenética, enérgica, barulheta e... poluída. Esqueçamos os cheiros e a quantidade de vezes que os taxistas nos tentaram enganar e falemos apenas daquilo que interessa: a maravilhosa cultura tailandesa e todo o espólio desta cidade que nos conquista a cada minuto.
Estão prontos? Descalcem os sapatos, vamos a isto.


Estivemos, ao todo, quatro dias a dormir em Bangkok. Um dos dias reservámos para Ayutthaya, uma cidade história a cerca de uma hora de comboio desde Bangkok. Nos restantes, dividimo-nos pelos imensos templos e zona histórica, deixando o último dia para conhecer a parte mais moderna e desenvolvida. Durante as duas primeiras noites, ficámos alojados em plena Khao San Road, no Dang Derm Hotel (podem ler a nossa opinião sobre o hotel aqui). Depois partimos para explorar outras zonas da Tailândia e quando regressámos ficámos alojados na zona de Sukhumvit, no Aloft Bangkok Sukhumvit 11 (podem ler a nossa opinião sobre o hotel aqui). Foi a forma que encontrámos de perdermos o mínimo tempo possível em deslocações, pois já estávamos suficientemente limitados.

Templos

- Lak Mueang (Bangkok City Pillar Shrine)

Para primeiro ponto do nosso passeio, o primeiro pilar da cidade. Diz-se que, em cada nova cidade, se erguia um pilar como expressão de poder. Quando o Rei Rama I mudou a capital do país para Bangkok em 1782, construiu aqui um pilar. É à volta desse mesmo pilar e de outro, mandado erguer posteriormente, que foi construído este santuário. 
A zona onde se encontram os pilares, dentro deste edifício principal, é uma zona de devoção. Encontrámos aqui várias pessoas a rezar e, por respeito, não fotografámos os pilares dourados.








- Grande Palácio de Bangkok

Tal como o nome indica, este é o principal palácio, que foi residência real durante muitos anos. Na verdade, não se trata de um palácio mas sim de um complexo onde se encontram vários edifícios, incluindo templos e o famoso Buda de esmeralda.
A entrada é paga - 500Baht por pessoa, aproximadamente 13,00€ - e vale a pena reservar várias horas para o ver. Está tão bem organizado que, à entrada, cada turista pode escolher se quer fazer o Percurso Curto, o Percurso Médio ou o Percuso Longo e, depois, basta seguir as setas da cor do percurso que escolher.











É, sem dúvida, o ponto alto no que toca a brilhos, cores intensas e fachadas trabalhadas. Tudo brilha e resplandece e apetece estar constantemente a disparar fotografias. Há, claro, filas de espera para tirar fotografias nas portas e nas escadarias mais magníficas (e claro que estivemos na fila...).





Dentro do complexo, existem edifícios com aspectos bastante diferentes - apesar de todos bastante trabalhados e luxuosos - e com imensas figuras distintas. Em todos, há pessoas a rezar e vários rituais a cumprir.







- Wat Pho (Buda Reclinado)

Wat Pho (Wat significa templo) é o famoso templo onde se situa a enorme estátua de Buda reclinado. Mais uma vez, este recinto é um complexo de edifícios, com altares e "pequenos" templos. A entrada neste recinto custa 100baht (cerca de 2,50€) e inclui uma garrafa de água fresca por bilhete. Parece insignificante, mas com temperaturas acima dos 40º, é uma ajuda preciosa para conseguirmos aproveitar ao máximo a visita.










O rei Bhumibol Adulyadej morreu no passado mês de Outubro de 2016, após 70 anos de reinado. A devoção dos tailandeses a este rei é enorme e muito expressiva. Por todo o lado, em Bangkok, encontrámos pequenos altares ao rei, muitas imagens espalhadas pelas ruas e mensagens de pesar. A maior parte dos edifícios encontrava-se, também, enfeitado com faixas pretas e brancas em sinal de luto pelo rei.




- Wat Arun

Este ponto do roteiro é o único que se situa do outro lado do rio Chao Phraya. Para lá chegarmos, apanhámos um pequeno barco em Tha Tien (muito perto do Wat Pho), que faz a ligação com o recinto do Wat Arun por apenas 4,00baht ida e volta (cerca de 0,20€).


E num instante estávamos no recinto do Wat Arun ou, traduzido, o "Templo do Amanhecer". Pés descalços novamente (visitar Bangkok é um autêntico calça-descalça) e, novamente, a sensação de estarmos a ser arrebatados por todas as cores. Infelizmente, encontrámos grande parte deste templo em obras de manutenção e acho que isso lhe tirou um pouco do impacto. Mas o cheiro a incenso e o som dos sinos a badalar, que ressoava por todos os lados, é algo que não se esquece facilmente.










- Wat Saket

Também conhecido como Monte Dourado, situa-se numa colina artificial e foi mandado construir pelo rei Rama I. A entrada custa 20baht (cerca de 0,50€) e a vista panorâmica sobre a cidade faz com que todos os degraus que é necessário subir valham a pena. Pelo caminho até ao topo, há pequenos jardins, cascatas e lagos.








A enorme cúpula dourada (um chedi), que se tornou símbolo da cidade, estava também em manutenção. Mas nós já estávamos rendidos à vista...

- Wat Ractchanaddaran

Este templo também é conhecido como Loha Prasat, que significa "castelo de metal". Infelizmente, não o pudemos ver por dentro. Até às 13h00, todos os dias, os templos encontram-se fechados e apenas os locais podem entrar, para rezar. Quando lá estivemos, antes de sabermos desta regra, era ainda bastante cedo. 





-  Wat Ratchabopit Sathit Mahasimaram



Um templo mais pequeno mas, ainda assim, de enorme beleza, tanto no exterior como no interior. As suas paredes verdes, por contraste ao enorme Buda dourado, foram talvez a imagem mais marcante. É conhecido pelo estilo arquitectónico diferente, uma vez que tem algumas influências italianas.

Visitámos ainda os templos Wat Ratchapradit e Wat suthath Thepwararam, templos pequenos mas sempre extremamente ricos nos detalhes. O que interessa perceberem é que, em Bangkok, há templos destes a cada esquina. É impossível visitarem todos os templos existentes numas férias... Por isso, é importante que, à semelhança do que fizemos, não percam o Grande Palácio, o Wat Pho, o Wat Arun e o Wat Saket e escolham outros templos que vos agradem.

Comida

- The Sixt

No primeiro dia, ao fim de vermos alguns templos, estávamos esfomeados. Entrámos no primeiro restaurante que nos apareceu pela frente e tivemos a sorte desse restaurante ser o The Sixt, esta pequena maravilha:



Aventurámo-nos imediatamente nos pratos tailandeses (foto aqui) e em sumos bem fresquinhos, como o calor pedia. Para nossa surpresa, percebemos que o único casal que se encontrava no restaurante além de nós, era também português! Se estiverem a passar pela zona ou optarem por fazer o mesmo percurso que nós, não deixem passar a oportunidade de experimentar este Pad Thai. A simpatia do staff faz com que a paragem valha ainda mais a pena e a conta, no final, é uma enorme surpresa pela positiva.

- Pizza and the City



Localizado na zona mais moderna da cidade, em Sukhumvit, este restaurante italiano tem umas pizzas deliciosas. Nota-se que tem um ambiente mais selecto e os preços são bem mais elevados do que nos outros restaurantes onde comemos. Se estiverem por esta zona e não se importarem de gastar um bocadinho mais (que é como quem diz, pagar o mesmo por uma refeição do que pagaríamos em Portugal...), recomendamos as pizzas e um jogo de damas enquanto esperam pela comida.

Locais

- Khao San Road

Ponto de paragem por excelência em Bangkok, é aqui que tudo - mas mesmo tudo - acontece. Visitámos esta rua duas vezes, nas duas primeiras noites que passámos em Bangok (o nosso hotel ficava exactamente aqui). E, em ambas as noites, encontrámos uma grande miscelânia de pessoas, desde mochileiros em busca de diversão a visitantes mais seniores e famílias inteiras. Há lojas e bancas ambulantes de tudo: malas de marca, roupa, ténis, comida de rua, fatos feitos por medida, insectos em modo pronto-a-comer, balões... e até tatuagens. Sim, fazem-se tatuagens em plena rua. E facilmente somos abordados a perguntar se queremos comprar um fato, uma carta de condução ou até um cartão de crédito.





Ao passear por Khao San Road temos perfeita noção que estamos a vivenciar uma realidade completamente diferente, com diferentes estímulos a chegarem de todas as direcções. No meio disto tudo, há também abraços grátis:



Em ambas as noites que aqui passámos, jantámos por perto. Na primeira noite, em plena rua. O barulho era tanto e tão ensurdecedor que não conseguimos sequer comunicar um com o outro. Sendo que a comida também não era de chorar por mais, valeu-nos a cerveja Tiger, tipicamente tailandesa. Na segunda noite, fomos a um restaurante com influências italianas, muito recomendado no TripAdvisor. Apesar de ficar num beco escuro, o espaço é muito agradável e a esplanada completamente apetecível. Gostámos da comida e tivemos uma experiência surreal quando ouvimos soar, nas colunas, "Oh gente da minha terra", em bom português. No entanto, foi exactamente ali que apanhei a minha gastroentrite e, por isso, não o vou recomendar.

- Embaixada de Portugal em Bangkok

Se são fãs de arte urbana, a deslocação à Embaixada Portuguesa vale muito a pena, embora seja completamente fora de mão dos roteiros turísticos. É lá que se encontra este enorme mural do Vhils, do projecto "Scratching the Surface". 


Pelo caminho até à Embaixada, passam por China Town, o famoso bairro chinês. É engraçado perceber como a cidade muda, tanto nas ruas e no ambiente como no aspecto dos próprios prédios.

Compras

- The New Rot Fai Market Ratchada

Não se pode sair da Tailândia sem visitar um mercado nocturno, mesmo que chova torrencialmente, como nos aconteceu. A conselho dos colaboradores do hotel, visitámos o Rot Fai Market Ratchada, na sua nova localização. O espaço é muito animado, com zonas de restauração, bares, música ao vivo e, como seria de esperar, muitas bancas de venda. É possível comprar desde comida a aparelhos electrónicos, passando por roupa, cosméticos e calçado. Claro que aproveitámos para fazer algumas compras...

- Siam Square

Uma zona enorme repleta de lojas e rodeada de centros comerciais. É uma loucura consumista e foi aqui que passámos grande parte do nosso último dia em Bangkok. 
Visitámos os centros comerciais MBK - menos elitista, com um andar dedicado a cada temática; tem roupa, restauranção (boa!) e vários andares dedicados a electrónica, incluindo um andar inteiro de material fotográfico - e também os luxuosos Siam Center e Siam Discovery. Já não sei em qual destes encontrámos serviços de motorista em carrinhos de golf, para deslocar as pessoas de loja para loja.
Por perto, ainda encontrámos um mercado de rua onde aproveitámos para comprar algumas recordações para trazer para Portugal e, até, uma capa para passaporte personalizada com o nome do blog.


Se conhecem minimamente Bangkok, podem já identificar duas grandes falhas no nosso roteiro: o Mercado Chatuchak, o maior e mais conhecido de Bangkok, e um Mercado Flutuante. São realmente dois pontos muito importantes de visita e, talvez, os dois pontos mais turísticos. Infelizmente, o nosso planeamento não decorreu como esperado e não conseguimos visitar estes dois pontos.

Além destes dois pontos, tínhamos também previsto visitar o rooftop Vertigo Moon Bar, ao cair da noite, para assistirmos ao pôr-do-sol. Mas a chuva torrencial e a trovoada que não nos largaram nos últimos dois dias (ao final da tarde e à noite) tiraram-nos qualquer vontade de irmos a um rooftop e causaram um pôr-do-sol bastante tímido.

Posso-vos dizer que, de todas as cidades que já visitámos, Bangkok foi a que mais nos fez suar na preparação. A cidade é enorme e os pontos turísticos são imensos. Além disso, apesar de estarmos a contar com filas de espera para entrar em alguns dos pontos, não contávamos que a quantidade de pessoas influenciasse o nosso tempo de visita. No Grande Palácio, por exemplo, a nossa visita foi três vezes mais demorada do que tínhamos previsto. Para dificultar ainda mais, há uma série de constrangimentos em termos de horários e costumes que não nos permitiram organizar os roteiros como pretendíamos.

Para vos dar um exemplo de tudo isto, o último dia foi uma autêntica frustração. O plano inicial era visitar um mercado flutuante pela manhã, regressar ao centro da cidade para ver o mural do Vhils na Embaixada de Portugal e comer no Unicorn Café, lá perto, e dedicar a tarde às compras. Na véspera, percebemos que o mercado flutuante que queríamos visitar estava fechado, e mudando os planos, começámos o dia a visitar os templos que não tínhamos conseguido visitar no primeiro dia. Se no Wat Saket a visita foi pacífica, chegámos ao Wat Ractchanaddaran e batemos com o nariz na porta. Daí, decidimos ir ao Unicorn Café, de táxi. Batemos novamente com o nariz na porta. Acabámos por ver apenas o mural do Vhils e seguir directamente para a zona comercial, onde passámos o resto do dia, a afogar as mágoas em pequenas compras aqui e ali.

De uma forma geral, e apesar do sabor agridoce do último dia, gostámos bastante de Bangkok. Não é tão caótica quanto estávamos à espera, mas tem um caos apaixonante. É muito rica culturalmente, com muitos templos e monumentos a visitar e muita informação para beber, nas ruas. Continua a ser um paraíso para compras, com preços convidativos e mercados a cada esquina - apesar de não encontrarmos óptimas pechinchas como nos fizeram crer que encontraríamos. É, sem dúvida, uma cidade a que queremos voltar e que tem ainda muito por explorar.

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