Post Page Advertisement [Top]

(mais uma) Desilusão com a TAP.



Já falámos aqui da TAP algumas vezes e já demonstrámos desagrado com algumas das opções que a companhia tem tomado nos últimos tempos. Afinal de contas, é a "nossa" companhia. Voa, todos os dias, com a nossa bandeira. Liga Portugal aos quatro cantos do mundo (ou quase). Gostando de viajar como gostamos, deveríamos preferir sempre fazê-lo com a TAP. Mas, por muitas razões, já não preferimos.
Não me interpretem mal, não quero parecer uma hater. Cresci com a TAP na minha realidade. Tenho família a trabalhar lá, eu própria fiz lá o meu estágio curricular. Foi na TAP o meu primeiro voo e muitas das minhas primeiras viagens. Lembro-me de quando todos falávamos da TAP com orgulho e percebo, ultimamente, muitos comentários desagradados.

Ultimamente, tem sido difícil tentar compreender a estratégia da TAP. E a única maneira de conseguir resumir o sentimos é dizer que, neste momento, a TAP parece uma companhia com um serviço low cost e preços altos demais para o fraco serviço que tem prestado. A TAP não se limitou a fazer como outras companhias e criar um segmento low cost - como a Iberia criou a Level, ou mais recentemente a Air France criou a Joon. A TAP transformou a sua tarifa económica numa tarifa low cost - baixou os preços, sim, mas passou a não incluir refeições completas a bordo, bagagem de porão, etc. e piorou o serviço.

Já fiz, este ano, cerca de 18 voos. Alguns, com a TAP. E sabem em quais é que tive problemas? Nos da TAP. Quais não cumpriram horários? Os da TAP. Em quais tive problemas com a bagagem? Na TAP. Quais foram os bancos mais desconfortáveis em que me sentei? Não, não foi da Air Asia, nem na Ryanair, nem na Vueling, nem na Easyjet. Foram os da TAP. Quais foram os voos mais caros? Os da TAP.

A semana passada voei duas vezes com a TAP, de e para Frankfurt. Viajei em trabalho e por isso não sei quanto custaram os dois voos, mas o serviço foi pior do que vários voos de 20,00€ que já fiz. Nenhum dos voos cumpriu horários, os novos bancos são duros e desconfortáveis, o espaço entre bancos diminuiu consideravelmente e a ponto de se tornar desconfortável mesmo para quem tem pouco mais de 1,50m, como eu.
No voo de regresso, o atraso - que não fazemos ideia pelo que foi motivado - estava estimado para cerca de uma hora. Ainda na porta de embarque, avisaram que não haveria tripulação suficiente para assegurar a distribuição de refeições a bordo. E informaram que uma vez que o voo estava lotado, agradeciam aos passageiros com mais do que uma peça de bagagem que a despachassem, gratuitamente, para o porão. 
O voo acabou por sair com quase duas horas de atraso. O embarque foi feito por filas e as primeiras pessoas a entrar no avião - quer levassem uma, duas ou até três peças de bagagem - levaram as malas consigo. Depois, passou a ser obrigatório - mesmo que apenas se tivesse uma peça de bagagem - enviar a mala para o porão. Até para quem viajava em classe executiva. À porta do avião, além de ter que enviar a minha mala para o porão, ainda tive que avisar a tripulação que estavam a preencher erradamente o número do voo nas etiquetas da bagagem. A carpete junto ao meu lugar estava solta, descolada (e era um dos aviões renovados recentemente). E, afinal, não só havia tripulação suficiente como até foi servido o snack (e, felizmente, não foi aquele palmier minúsculo cujas fotos percorrem as redes da internet há semanas; mas a minha folha de rúcula era pouco maior que a folha de alface da polémica). Por momentos, antes de descolar, tememos ficar por Frankfurt: o barulho ininterrupto do trem de aterragem e de algo que se assemelhava a uma sirene durante 15 minutos fazia temer que o avião não pudesse descolar. Mas lá chegámos a Lisboa, onde ainda nos esperavam mais uns 30 minutos para termos a nossa mala (de cabine) nas mãos.

Por hábito, evito levar bagagem de porão. A ansiedade da bagagem não chegar (como já nos aconteceu) e o facto de ter de esperar pela recolha nos tapetes fazem-me ganhar motivação extra para enfiar tudo o que for preciso numa mala de cabine. Era tarde, o cansaço fazia-me sonhar com a minha rica cama e só queria chegar depressa a casa. Prolongar a passagem pelo aeroporto não era, de todo, aquilo que esperava.

Infelizmente, esta não foi a primeira (nem a segunda, nem a terceira) situação chata que tive com a TAP. Uma até originou uma queixa formal, à qual recebi uma cópia de uma circular como resposta. E temo que, se continuar a voar nela, não seja a última, tal tem sido a qualidade do serviço. Já experimentei muitas low cost: na Europa, intercontinentais e até na Asia, onde a sua reputação não é a melhor. Mas nunca tive voos a correr tão mal como estes.

Estou triste com a TAP. Lixada, com "F", até. 
Neste fim-de-semana voaremos novamente com a TAP (os bilhetes já estão comprados há meses). Espero, sinceramente, que tenhamos mais sorte...!

Bottom Ad [Post Page]