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Roadtrip Itália #1: O Planeamento


Foi uma das nossas grandes viagens de 2017 e há muito tempo que andamos para vos falar dela, pois têm surgido imensas perguntas. A verdade é que fomos adiando, porque nós próprios não sabíamos como colocar tanta informação no blog de forma clara e esclarecedora. Vamos tentar agora?

Para vos enquadrar, estivemos oito dias em Itália em roadtrip com os meus pais, em pleno Agosto. O facto de sermos quatro pessoas ajudou bastante a equilibrar os gastos da viagem, nomeadamente no aluguer do carro e nos gastos em combustível e estacionamento. Mas já lá vamos. Queríamos, à partida, conhecer várias cidades e ter a certeza que, pelo menos, veríamos os pontos principais de cada uma. 

O percurso já estava estudado há muito, mas para uma viagem de dez dias. Sabendo que só iríamos ter oito dias disponíveis, foi preciso reajustar tudo novamente e repensar quais os pontos principais do nosso roteiro. Ajudou-nos o facto de Ele já ter feito um roteiro parecido, em pacote de agência de viagens, há uns anos atrás. Conseguimos perceber a que cidades deveríamos dedicar mais tempo e quais as que poderíamos visitar "apenas de passagem". Ainda assim, e porque temos noção que em viagem temos um ritmo muito acelerado, quisemos dar tempo suficiente para que pudéssemos ajustar os passeios ao ritmo dos meus pais e, caso necessário, conseguíssemos alterar os planos durante a viagem.

Foram assim escolhidos os oito destinos desta viagem:



#1.1 - Ponto de Partida e Ponto de Chegada (os voos)

Pode parecer estranho, mas esta foi a primeira decisão que tomámos. Tentámos fazer o roteiro de forma a que iniciasse e terminasse em aeroportos com voos directos de Lisboa e, de preferência, com voos baratos. Seria uma parvoíce começar ou terminar em Veneza, onde os preços dos voos são bastante elevados. 
As pesquisas para os voos foram efectuadas com o Google Flights (de que já vos falámos aqui), para percebermos quais as companhias que ofereciam voos mais baratos nas datas que pretendíamos e quais os horários disponíveis. Optámos então por comprar o voo de ida para Milão (voámos com a TAP por cerca de 50,00€) e o voo de regresso de Roma, a cidade a qual queríamos dedicar mais dias (voámos para Lisboa com a Ryanair, por cerca de 100,00€).
De forma a conseguir evitar os preços exorbitantes de Agosto, reservámos os voos ainda em Janeiro/Fevereiro, ou seja, com cerca de oito meses de antecedência. Caso tivéssemos reservado em Dezembro - ainda com mais antecedência - teríamos conseguido poupar mais 10,00€ no voo da TAP e mais 30,00€ no voo da Ryanair...


#1.2 - O percurso

Primeiro, foi preciso perceber de quantos quilómetros estávamos a falar e também quanto tempo iríamos despender em viagem, entre as várias cidades. Para todos estes cálculos, utilizámos o site Via Michelin onde é possível obter percursos detalhados, estimativas de tempo e também estimativas de custos, quer em combustível, quer em portagens (muito importante!).

Tentámos que, em nenhuma das deslocações, estivéssemos mais do que três horas dentro do carro. Foi assim que surgiu, por exemplo, a visita a Bolonha, onde acabámos por dormir uma noite.

No final de muitas horas de pesquisa e cálculos, chegámos a este planeamento:


E a este cálculo de deslocações:


Apesar de ser um planeamento minucioso, estávamos cientes de que seria necessário e que poderíamos, livremente, alterá-lo em qualquer momento - desde que cumpríssemos os locais onde iríamos dormir, uma vez que os hotéis já estavam todos reservados. Foi o que fizemos com Verona (onde ficámos mais tempo do que o previsto, completamente apaixonados pela cidade), Veneza (para a qual fomos de comboio e não de carro como estava previsto) e com Florença (onde chegámos depois de almoço, ficando com mais tempo para visitar a cidade).

Tínhamos tudo preparado, também, para incluir Pisa no percurso, caso quiséssemos. Tudo iria depender da hora que saíssemos em direcção a Roma e do cansaço, ao fim dos vários dias de viagem. Acabámos por não visitar Pisa (ficará, provavelmente, como ponto de partida para uma próxima roadtrip), mas posso-vos dizer que isso implicaria um desvio de duas horas (ida e volta) na rota que fizemos de Florença para Roma.

#1.3 - Os hotéis



Viajando em Agosto, tínhamos noção que uma grande fatia do orçamento iria para os hotéis. No entanto, como reservámos com bastante antecedência, conseguimos bons preços por noite na grande maioria das cidades em que dormimos. 
Todos os hotéis foram reservados em Março (com 5 meses de antecedência) e isso foi, sem dúvida, uma jogada de mestre. Posso-vos dizer que fiz a mesma pesquisa, por curiosidade, um mês antes da viagem e os preços tinham quadruplicado... Estamos a falar de um hotel em que pagámos 70,00€ por noite ficar em cerca de 300,00€, se a reserva fosse feita mais em cima da hora.

Foi também preciso fazer algumas decisões estratégicas, como não dormir em Veneza, onde os hotéis são caros e a relação qualidade-preço não é, de todo, satisfatória.

Um ponto muito importante na reserva dos hotéis foi conhecer as zonas ZTL (Zona de Trânsito Limitado) de cada cidade - basta pesquisar rapidamente no Google por ZTL + Cidade e ficamos a saber o perímetro e os horários aplicáveis. Nestas zonas, apenas os carros dos habitantes podem circular. Todos os outros carros pagam multas (pouco simpáticas) se forem detectados (pelas câmaras ou pela polícia) a circular dentro destas zonas.
Escolhemos sempre hotéis com uma localização minimamente central, mas fora da zona ZTL, pois estaríamos a viajar com carro. Tentámos também dar prioridade a hotéis com estacionamento, ainda que essa indicação não tenha sido 100% fiável.

#1.4 - Alugar o Carro

Também o carro foi reservado com muita antecedência: em Fevereiro. Pesquisei em várias rent a car internacionais com boas referências e identificámos a melhor oportunidade na Europcar, onde alugámos um carro de gama média. 
Na escolha do carro tivemos em conta o espaço, a quilometragem, a bagageira e que tivesse ar condicionado. Seria muito giro fazer a roadtrip num cinquecento mas era capaz de não ser confortável para as duas pessoas que viajassem no banco de trás, nem espaçoso o suficiente para as quatro malas.
Tivemos também em conta o facto de a reserva ser cancelável - estamos a falar de um custo muito elevado e de uma reserva feita com muitos meses de antecedência, pelo que não quisemos arriscar.

#1.5 - Os roteiros

Como sempre nas nossas viagens, na elaboração do roteiro tivemos a ajuda do Sygic Travel (de que já vos falámos aqui), onde organizámos os pontos a visitar em cada cidade, quanto tempo de percurso devíamos dedicar a cada uma e qual o melhor percurso a realizar. Dedicaremos, nos próximos dias, uma publicação ao roteiro de cada uma das cidades em que estivemos.

#1.6 - O orçamento

No final de todas as reservas e cálculos, chegámos a este orçamento:


É necessário ter em conta que, na tabela, apenas estão considerados os gastos com voos, hotéis, deslocações (o que inclui combustível e portagens) e com o aluguer do carro. Havia ainda que incluir os gastos com alimentação (só tínhamos o pequeno-almoço incluído nos hotéis) e com as entradas em monumentos e museus que, em Itália, não são baratos. 

Quando partimos de Lisboa, tínhamos como orçamento total um valor de 1.000,00€. Era este o valor que esperávamos, cada um de nós, gastar com esta viagem. Tendo em conta que viajámos em pleno mês de Agosto, quão contentes ficam se eu vos disser que o valor total da viagem ficou consideravelmente abaixo do expectável? Tivemos algumas surpresas simpáticas nos gastos com deslocações e conseguimos quase sempre que as refeições ficassem abaixo do esperado, o que nos permitiu poupar uma quantia significativa. Mas isso fica para uma próxima publicação...

Let's Run Away?

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