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Roteiro: Pádua (1 dia)


É preciso, desde já, avisar-vos: o nosso roteiro de Pádua não é, de todo, o mais completo ou minucioso. Tínhamos muito pouco tempo para dedicar à cidade e não tivemos sorte nenhuma com o tempo, o que dificultou imenso as deslocações de um ponto para o outro. Para nosso azar, a chuva grossa obrigou-nos a circular de carro e o centro da cidade está muito limitado pela ZTL e também por obras que condicionavam o trânsito. Ainda assim, não quisemos deixar de vos falar de Pádua, até porque foi aqui que encontrámos o monumento que mais nos surpreendeu em toda a viagem.

A tarde já ia longa quando saímos de Verona em direcção a Pádua, a cerca de uma hora de distância. Com muita sorte, estacionámos o carro perto do nosso primeiro ponto às 16h45, quando encerrava às 17h00. Correrias à parte, entrámos na Basílica de Santo António de Pádua mesmo a tempo de nos maravilharmos com ela e de comentarmos, durante horas, que se tivéssemos chegado 15 minutos mais tarde, tínhamos perdido o ponto alto da viagem. 
Por fora, o edifício chama à atenção, com as suas cúpulas e torres. Mas o que nos deixou, literalmente, de queixo caído, foi o seu interior. Esta basílica esteve em construção durante quase cem anos e alberga, no seu interior, a Cappella della Madonna Mora (antiga Igreja de Santa Maria Mater Domini) onde se encontram os restos mortais de Santo António de Pádua. Não nos foi possível retratar convenientemente o seu interior - ao fim de três fotografias avisaram-nos que não é permitido fotografar - mas as pinturas e ornamentos do tecto deixam antever a riqueza e o pormenor daquela decoração. Por fora, quem vê o edifício tosco em tijolo não adivinha, nem sonha, o que esconde no seu interior. E realmente, não há foto que retrate aquela grandeza.







Depois da correria para chegar a horas, aproveitámos uns momentos de descanso numa das esplanadas da Piazza del Santo e estreámo-nos nos Aperol Spritz, tão típicos de Itália. Aproveitámos também a pequena feirinha, na lateral da Basílica, para comprar algumas recordações da cidade. 

Seguimos depois para o centro, onde começámos por visitar a Basília e Abadia de Santa Justina, que data do Séc. X. Mais modesta, mas igualmente bonita, vale a pena a paragem. Para nós, além de ponto do roteiro, serviu também para nos abrigar da maior chuvada da nossa viagem - em pleno Agosto, no maior pico de calor do país - antes de seguirmos com o nosso roteiro.  




Mesmo em frente à Abadia, encontramos o maior largo de Itália e um dos maiores da Europa: Prato della Valle, com 90.000 metros quadrados. Nesta zona podemos encontrar um enorme parque verde e uma ilha, a  l'Isola Memmia, rodeada por um canal ladeado por estátuas. 






Além dos típicos edifícios coloridos, neste largo podemos encontrar a Loggia Amulea, um edifício de estilo neogótico de 1859. 

A partir deste ponto, o nosso percurso deveria ter seguido a pé. Mas a chuva forte não nos deixou arriscar e foi assim que tentámos visitar os próximos pontos do roteiro de carro, fugindo à ZTL (Zona de Tráfego Limitado). Algures neste passeio, não fomos bem sucedidos, já que recebemos recentemente uma multa da polícia de Pádua. Mas conseguimos ver os principais pontos:

- Piazza dei Signori - esta praça, com esplanadas e edifícios históricos, é uma das mais importantes praças históricas de Pádua. Não fosse a chuva, tínhamos aproveitado a esplanada com uma óptima vista.


Palazzo della Ragione - situado na Piazza dei Signori, este edifício albergou durante muitos anos o governo e o tribunal da cidade.


Torre dell'Orologio - o relógio astronómico mais antigo em funcionamento do mundo. Foi restaurado em 2010 e hoje em dia, funciona perfeitamente.



- Catedral de Pádua - mais modesta do que as restantes basílicas que visitámos, mostrou-nos que não é à toa que a maior parte das pessoas acham que a Catedral de Pádua é a Basílica de Santo António. 


- Canale Piovego - o canal artificial que nasce em Pádua e segue até Veneza. 


Depois de "desenrascarmos" o passeio possível, que nos permitiu pelo menos ver os principais pontos, seguimos novamente para o Prato della Valle, onde tínhamos reparado num restaurante com uma esplanada coberta muito agradável. Jantámos maravilhosamente no Restaurante Zairo, enquanto víamos o pôr-do-sol sobre a praça. 


Terminámos o dia alojados no NH Padova, de que já vos falámos, a recuperar as energias e a preparar-nos para o próximo destino: Veneza!

Let's Run Away?

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