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Roteiro: Verona (1 dia)


Verona foi, sem dúvida, a cidade que mais nos surpreendeu na nossa roadtrip por Itália. Talvez porque as expectativas fossem comedidas, ou simplesmente porque é encantadora. Ele já lá tinha estado. Já eu, era para ter visitado a cidade quando visitei Milão, em Novembro de 2011. Por vários motivos, juntamente com as amigas com quem viajei, acabámos por decidir não o fazer. Se por um lado tenho pena de não ter conhecido a cidade mais cedo, por outro acho que o facto de a ter conhecido no Verão (e não no Outono, como teria acontecido se a visitasse em 2011) ajudou a que ficasse ainda mais apaixonada.

Apelidada de cidade de Romeu e Julieta, graças ao romance de William Shakespeare, a cidade transpira romantismo por todo o lado. Não sei se é das paredes em tijolo, se dos prédios em cores quentes (amarelo e laranja em todas as direcções) ou se das varandas floridas em cores berrantes. Se inicialmente lhe tínhamos dedicado pouco tempo no nosso roteiro, acabámos por ficar tão rendidos que, por pouco, íamos eliminando Pádua do roteiro só para prolongar este passeio mais um bocadinho. Ainda bem que não o fizemos (Pádua fica para uma próxima publicação), mas conseguimos esticá-lo por algumas horas. 

A viagem para Verona foi feita no final do primeiro dia de roadtrip, desde Milão. Ficámos alojados no Residence Hotel Castelvecchio (de que já vos falámos aqui) e começámos o nosso roteiro de manhã bem cedo - até para fugir à onda de calor que continuava insuportável. Devido à localização privilegiada do nosso hotel, começámos o passeio pelo Arco dei Gavi, um arco erguido pelos Gavia, uma abastada família da cidade e que, durante muitos anos, foi utilizado como porta da cidade. 


Seguimos depois para a Ponte Scaligero, também conhecida como Ponte de Castelvecchio, construída no Séc. XIV. Bom... mais ou menos. A ponte original foi completamente destruída na Segunda Guerra Mundial e o que podemos ver agora é uma fiel reconstrução da ponte original. Além da própria ponte, existem mais dois óptimos motivos para a visita: a vista para o rio Ádige e a vista para o Castelo. 





Da ponte, seguimos directamente para o Castelo Antigo - o Castelvecchio - originalmente apelidado de Castello di San Martino in Aquaro. Além de ser o principal monumento militar, alberga também um museu. Podem optar por visitar as exposições (pagas) ou apenas o seu jardim e os claustros, com entrada gratuita. 



Depois, embrenhámo-nos nas ruas de Verona e entrámos no centro da cidade. Foi aqui que o encanto começou a formar-se, logo ao percorrer a Via Roma e espreitar os cafés, restaurantes e montras. 



Apesar de Shakespeare nunca ter estado, realmente, em Verona, a cidade faz-se valer das suas referências no clássico Romeu e Julieta e dedica-lhe estátuas, frases por todo o lado e muitas referências. 




Se Shakespeare nunca esteve em Verona e se Romeu e Julieta são personagens de um romance e nunca existiram, o próximo ponto do nosso roteiro é, no mínimo, inusitado. Falo-vos do Túmulo de Julieta. Trata-se de um sarcófago (vazio, claro) que foi instalado em 1937 num Convento Histório do Séc. XIII. O Jardim pode ser visitado gratuitamente, mas para entrar e ver o túmulo é preciso pagar bilhete (4,50€). 



No jardim, podem ver uma estátua dedicada a um casal chinês cuja história é comparada à de Romeu e Julieta.


O túmulo de Julieta era, de todos os pontos do roteiro, aquele que mais se distanciava do centro da cidade. Por isso, daqui fizemos o caminho de retorno ao centro e dirigimo-nos à famosa Arena de Verona. Este anfiteatro romano é dos que se encontra mais bem conservado e, por isso, recebe milhares de visitantes. Ainda hoje se realizam concertos e óperas no seu interior. Se o pretenderem visitar, cuidado com as grandes filas. 




Na mesma zona da Arena, encontramos outros pontos turísticos de interesse. Um deles é o Palazzo Barbieri, um antigo edifício do século XIX que agora serve de sede do Concelho. 


O outro ponto é a mais que famosa Piazza Brà. Não só é a mais famosa praça de Verona como também a maior do país. Vale a pena passear, ver as esplanadas e os prédios coloridos. 


Saímos da praça pela Via Giuseppe Mazzini, o centro do comércio de Verona. Tentem não se perder com as montras e as lojas - embora algumas marcas italianas como a Intimissimi e Calzedonia tenham preços bastante simpáticos - e atravessem-na até ao final. Vão ficar muito perto do nosso próximo ponto no roteiro e, talvez, um dos pontos com mais turistas por metro quadrado. 




O próximo ponto do nosso roteiro é a Casa de Julieta. Este edifício foi comprado pela cidade de Verona e, como o nome da família a que pertencia fazia, realmente, lembrar os Capuletos, passou a ser conhecida como a Casa de Julieta. Em boa verdade, tem até uma varanda como na história e é aí que os turistas se dirigem para tirar fotos. 
Além da varanda, podem também encontrar uma estátua de Julieta para a foto da praxe. Não se esqueçam de lhe tocar no peito (sem medos!)... dizem que dá sorte! Nós tentámos.
A entrada no pátio é gratuita, mas para entrar no edifício e subir à varanda é preciso comprar bilhete (6,00€). 



Antigamente, era ainda possível deixar mensagens nas paredes da casa. Hoje em dia as paredes originais estão cobertas com placards e as mensagens são deixadas em pensos rápidos... 


Quando saíamos da Casa de Julieta, e apesar dos 40º que se faziam sentir, começou a chover. Entrámos na primeira porta que vimos e não podíamos ter tomado melhor decisão: descobrimos os gelados Venchi e ficámos fãs para o resto da viagem. Tão fãs que entrámos em todas as Venchi que descobrimos, em todas as cidades que visitámos. 


A chuva deu finalmente tréguas e continuámos o nosso passeio, em direcção à Piazza delle Erbe. Já foi o fórum da cidade, hoje é uma das suas praças principais e nela podemos encontrar vários pontos e edifícios de interesse histórico. Por exemplo, a Madonna di Verona, o Leone della Serenissima, a Torre del Gardello, a Torre Lamberti e o lindíssimo Case Mazzanti, com a fachada toda pintada. 








Mesmo ao lado, a Piazza dei Signori. Nesta praça mais pequena, existem vários palacetes de famílias abastadas e, naturalmente, os cafés e restaurantes mais caros. Devido à estátua de Dante Alighieri, a praça é também conhecida por Piazza Dante.




Seguimos depois para a Igreja de Sant'Anastasia, uma lindíssima igreja gótica. As ruas até lá são deliciosas, coloridas e cheias de pequenos detalhes que deliciam a vista a qualquer um. 



Novamente perto do rio, novamente a ver pontes. Desta vez, a Ponte Pietra. É a ponte mais antiga da cidade - apesar de também ter sido destruída na Segunda Guerra Mundial e de esta ser a sua reconstrução - e, por isso mesmo, é considerada um símbolo histórico da cidade.



Para iniciar o término do passeio, a Catedral de Verona. Ou, melhor dizendo, a Cattedrale di Santa Maria Matricolare. Enorme, imponente e destacando-se pelas suas riscas horizontais, o edifício salta à vista mesmo no meio das ruelas típicas da cidade. 






A entrada custa 2,5€ por cada adulto. O bilhete dá acesso a várias zonas distintas mas, uma vez que a encontrámos em obras de recuperação, apenas nos foi possível ver muito pouco e, mesmo assim, por entre andaimes e grandes panos brancos. Se mesmo em obras valeu a pena, imagino quando as recuperações terminarem!



O dia já ia longo, o calor apertava e o caminho de regresso foi feito à beira rio, desde a Ponte Giuseppe Garibaldi até à Ponte della Vittoria


Daqui, seguimos para a Porta Borsari, outra das imagens de marca da cidade de Verona. Os arcos e o mármore branco marcam esta entrada da cidade, atravessada pela Via Postumia.


O plano era terminar o passeio até à hora de almoço o que, de certo ponto de vista, cumprimos. Mas apenas porque já passava das 15h00 e ainda não tínhamos almoçado, tão embrenhados estávamos pelas ruas de Verona. Parámos então para comer e recarregar baterias no restaurante Il Punto Rosa, muito recomendado no TripAdvisor. Fomos muito bem recebidos e apesar do aviso na parede que nos prevenia do "servizio lento", em menos de nada tínhamos uns deliciosos pratos à nossa frente (tão cedo não esqueço aquele gnocchi de carne de cavalo). 


Depois de tão longo texto e da catrefada de fotos que aqui adicionámos, acho que é fácil perceber que adorámos Verona. Muito mais do que poderíamos imaginar. É, facilmente, uma cidade onde me vejo a passear despreocupadamente, mais do que percorrer para conhecer. 
Próxima pagarem: Pádua! Fiquem atentos, prometemos contar-vos tudo sobre o monumento mais surpreendente de toda a viagem. 

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