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Roteiro: Lucerne (1 dia)


Se uma cidade nos conquista mesmo com chuva, então é porque é daquelas que valem mesmo a pena. E, durante o tempo que estivemos em Lucerne, não parou de chover um único minuto. Ao contrário do que é costume, não íamos preparados para a chuva - as previsões diziam-nos apenas que estava frio - e, por isso, a primeira paragem que fizemos foi numa loja da estação de comboio de Lucerne, onde nos apetrechámos. 

Fomos parar a Lucerne a partir de Zurique, de comboio. Sempre que falámos em visitar Zurique, Lucerne esteve sempre incluída nos planos e não poderíamos deixar passar esta oportunidade. Apanhámos o comboio na Estação Central de Zurique e, em pouco mais de uma hora, estávamos a parar na Estação de Lucerne. Os bilhetes não foram baratos, mas nada na Suiça é: 44€ ida e volta.

Logo à saída da estação, em direcção ao primeiro ponto do nosso roteiro, passámos no KKL Kultur- und Kongresszentrum Luzern, o Centro de Congressos e Cultura de Lucerne que alberga o Museu de Arte e a muito famosa Sala de Espectáculos, que se diz ter a melhor acústica do mundo. Avistámos também, pela primeira vez, o Lago Lucerne



A paisagem é idílica, mesmo em tons de cinzento e com um céu tristonho. As tradicionais casas suíças, os telhados escuros e as encostas, onde ainda se via neve, conquistaram-nos no primeiro segundo. 



O primeiro ponto do nosso roteiro foi o Monumento do Leão, também conhecido como Leão de Lucerne. Esta escultura é da autoria de Bertel Thorvaldsen e nasceu como uma homenagem aos Guardas Suiços que sofreram um massacre em 1972, durante a revolução francesa. Mark Twain descreveu-a como "a mais lúgrube e tocante peça em pedra no mundo" e, a nosso ver, não é para menos. O tamanho e imponência da escultura esculpem-nos, também.


O ponto seguinte foi o flop da visita. Mas, visitado noutra altura do ano, tem tudo para ser o ponto alto - e não só literalmente falando. Refiro-me ao Museggmauer, as muralhas de Lucerne. É possível visitar uma parte da fortificação da cidade, que se encontra intacta, e também subir às suas torres, de onde a vista sobre a cidade faz a subida valer a pena. Ou pelo menos assim dizem, já que não pudemos subir. Durante o Inverno, as torres encontram-se fechadas por motivos de segurança.




Descemos novamente até ao centro de Lucerne, onde se encontram a maior parte dos pontos turísticos. Não se pode dizer que Lucerne seja grande, e tem os principais pontos turísticos bem condensados, facilitando a visita. 



Lado a lado, nas margens do rio, encontram o Museu da Natureza e o Museu de História, com apresentações detalhadas sobre a região e a história do país. As opiniões são bastante simpáticas para ambos, mas principalmente para o Museu da Natureza que costuma ter exposições dedicadas aos mais pequenos. 


Uma das características mais constantes da paisagem são as pontes cobertas, em madeira. Começámos pela Ponte Spreuer (Spreuerbrücke) que, além da bela vista, está muito bem decorada com obras de arte - 67 pinturas que compõe "A Dança da Morte" - de Kaspar Meglinger, um pintor originário de Lucerne. 




De seguida, a Barragem (Nadelwehr). Encontra-se neste local desde o Século XIX, com o objectivo de controlar o nível das águas do Lago Lucerne. Além do mecanismo, surpreende-nos a clareza e o tom azul turquesa das águas, no meio daquele dia cinzento. 



A próxima ponte não é coberta de madeira, mas os prédios que a ladeiam fazem com que seja igualmente charmosa. Estamos em Reussbrücke... É também aqui que está Rathaus, o edifício onde está instalada a Câmara Municipal. 



É do lado de Rathaus que entramos no centro histórico de Lucerne. Ruas e praças em que vale a pena deambular, espreitar as lojas típicas e, principalmente, observar as fachadas dos edifícios. Pinturas, poemas, relógios trabalhados ao detalhe. Ou não estivessemos nós na Suiça! 







Uma das coisas que mais gostamos de visitar nas cidades por onde passamos são os mercados locais, principalmente os mais genuínos e onde os locais fazem as suas próprias compras, permitindo-nos misturar nos seus hábitos e costumes. Tivemos a sorte, não planeada, de encontrar o Mercado de Lucerne no seu expoente, a um sábado de manhã. Flores, frutas e legumes, pão e doces típicos em cada banca e dezenas de locais nas suas habituais compras de fim-de-semana. Imperdível, acreditem.






E, no final do mercado, deparámo-nos com o ex-líbris de Lucerne: a Ponte da Capela (Kapellbrücke). Ninguém pode dizer que esteve em Lucerne sem ver esta famosa ponte, que é a sua imagem de marca. Torna-se ainda mais bonita na Primavera, quando as suas laterais estão cobertas de flores, mas vale a pena em qualquer altura do ano, acreditem! A sua estrutura original data de 1365, mas foi reconstruída em 1993/94 devido a um incêndio. O nome foi dado pela proximidade da Capela de S. Pedro. 




Atravessando a ponte, estamos na Jesuitenkirche, a Igreja Jesuíta que se destaca na paisagem de Lucerne, com as suas torres arredondadas. É a Igreja mais visitada de Lucerne e a mais antiga igreja barroca construída na Suiça. Se por fora se destaca na paisagem, por dentro são os interiores em mármore que nos captam a atenção. 




Chegámos, então, ao fim do nosso roteiro. Um percurso resumido, que nos permitiu ver os pontos principais de Lucerne numa escapadinha de horas a partir de Zurique. Apesar do pouco tempo, da chuva e dos tons cinzentos, Lucerne conquistou-nos: é uma cidade adorável, simpática e acolhedora. Com mais tempo e melhores condições atmosféricas, teríamos aproveitado para visitar outros pontos, como a Igreja de São Leodegar, o Museu Sammlung Rosengart, onde é possível encontrar obras de Picasso, Cézanne ou Monet e também o famoso Château Gütsch, agora transformado num hotel acessível por teleférico.

Quanto à chuva bom... quem nunca a aproveitou para um "I'm singing in the rain... just singing in the rain... what a glorious feeling, I'm happy again!"?


Let's Run Away?

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