Post Page Advertisement [Top]

Roadtrip Estrada Nacional 2: Dicas de Viagem


Hoje, é raro o dia em que não vemos uma publicação sobre a Estrada Nacional 2. Com o Verão, então, houve revistas a lançarem edições especiais, artigos enormes, livretes de informações. Quando começámos a preparar esta viagem - ainda sem data para ir - não encontrámos grande coisa. Depois, quando marcámos a viagem no calendário, fomos descobrindo novos apoios. E quando partimos, íamos (felizmente!) muito bem munidos de apoio.

Mesmo assim, depois de terminarmos a viagem há imensa coisa que mudávamos, e não há nada como a experiência para aprender. Por isso mesmo, decidimos fazer um resumo das nossas dicas para percorrer a Estrada Nacional 2.


1. Quando


A Estrada Nacional 2 é perfeita para fazer em qualquer altura do ano, e tudo vai depender dos vossos objectivos. Recomendamos, principalmente, a altura da Primavera, em que conseguem ver o Alentejo todo em flor. Ou o final de Setembro, para apanharem o Alto Douro Vinhateiro com as cores douradas das vindimas e do Outono.


2. Como


De todas as formas. Conhecemos quem tenha feito a Estrada de carro (como nós), em carros clássicos, de mota, de bicicleta, em caravanas e recentemente até nos falaram de alguém que a fez a pé. 
O piso, apesar de não estar recuperado em todo o traçado, está maioritariamente em boas condições. A zona mais complicada será, talvez, a do Centro de Portugal, com alguma necessidade de subir ao IP3 (a estrada está submersa num ponto). No Algarve, subir a Serra do Caldeirão é sinónimo de muitas curvas e não será fácil para quem tem tendência a enjoar.


3. Com quem


Não há idade para fazer a Estrada Nacional 2. Por isso, é uma viagem perfeita para fazer sozinho, em casal, com um grupo de amigos ou até em família. Crianças incluídas! Ao longo da Estrada há actividades para todos os gostos e idades, e apenas aconselhamos a que vão fazendo paragens periódicas, para ninguém ficar enfadado por passar demasiado tempo dentro do carro.


4. Duração



A resposta mais óbvia é: depende. Primeiro que tudo, depende do meio de deslocação que utilizarem. Mas podemos dar-vos um apoio, neste aspecto. Dividimos o percurso em 4 dias, incluindo o regresso a casa. No nosso caso, que quisemos fazer algumas paragens ao longo da Estrada, o tempo foi demasiado escasso. Se voltássemos a fazê-la, dividiríamos o trajecto entre pelo menos cinco dias.
Outra coisa que percebemos é que a perpectiva sobre a estrada é diferente se a fizermos toda de seguida, ou seja, se na mesma viagem a percorrermos toda. Falámos com pessoas que dividiram o percurso da estrada em várias viagens (de uma vez fizeram o percurso até x, algumas semanas depois voltaram e fizeram o percurso de x até y, e daí em diante) e não ficaram com a mesma opinião relativamente à percepção da alteração da paisagem, ao longo do percurso.


5. Etapas



Depois de muito estudarmos o traçado da Estrada e todos os pontos que queríamos ver ao longo do percurso, decidimo-nos por quatro etapas:
- Chaves - Peso da Régua
- Peso da Régua - Pedrógão Pequeno
- Pedrógão Pequeno - Ferreira do Alentejo
- Ferreira do Alentejo - Faro

Cada etapa corresponde, como devem calcular, a um dia de viagem. 
Adicionando mais um dia de viagem, como referimos no ponto anterior, daríamos três dias ao percurso Chaves - Pedrógão Pequeno (ou provavelmente dormiríamos um pouco mais abaixo). 


6. Planeamento


Nós gostamos de planear. É um facto, não o negamos. Gostamos de partir para cada viagem com a certeza que não somos apanhados (muito) desprevenidos, que vemos aquilo que pretendemos, que não perdemos demasiado tempo em percalços. Ao mesmo tempo, gostamos de deixar espaço para o acaso, para deambular, para parar algures a comer o que é típico ou só a ver o movimento.
Neste caso em específico, planear é mandatório. Se não quiserem planear com antecedência onde dormir, se tiverem tempo mais do que suficiente e quiserem ir ao sabor da corrente, olhem pelo menos para tudo o que está na Estrada Nacional 2 e percebam o que querem ver. A Estrada atravessa centros de cidades, vilas, aldeias, monumentos nacionais, museus, fábricas, etc. e é importante perceberem ao que querem dedicar o vosso tempo, onde querem parar, quais os horários de funcionamento.
Nós optámos por pré-seleccionar todos os pontos em que queríamos parar - aos quais fomos adicionando vários "pára, pára, pára" quando víamos uma paisagem em específico - e isto permitiu-nos gerir melhor o tempo e também perceber a que zonas queríamos dedicar-nos com mais afinco. Recomendamos que façam o mesmo!


7. Apoios




Para planear e executar esta viagem tivemos ajudas preciosas, que vocês também podem encontrar:



- Guia "De Norte a Sul de Portugal pela Mítica Estrada Nacional 2", da editora Foge Comigo!



Este guia apresenta-vos a Estrada Nacional 2 dividida em etapas e também as recomendações para dormir, comer e o que ver ao longo da Estrada. Em cada etapa (são muitas) há informação dos pontos de interesse, descritos quilómetro a quilómetro (uma ajuda espectacular!), um resumo do que não podem perder (incluindo todos os petiscos tradicionais locais e os sítios onde os podem encontrar) e histórias de pessoas reais. Com esta compra, ficámos fãs dos guias da Foge Comigo pelo seu pormenor, pela veia humana com que são escritos e pelas boas dicas. É indispensável, a nosso ver!

Podem encomendá-lo aqui.


- Revista "A Mítica Estrada Nacional 2", AutoHoje


Um roteiro feito com base em trabalho de campo no ano de 2016, com toda a informação sobre a estrada. Pode ser adquirida na versão digital ou na versão em papel, aqui.



- Roadbook Grupo "Estrada Nacional 2 - De cima a baixo..."

O Henrique Saraiva e os amigos fizeram a Estrada Nacional 2 alguns dias antes de nós e, por felicidades do destino e com conhecimentos em comum, tivemos acesso ao roadbook deles, com T-O-D-A a informação sobre os troços onde a estrada não é acessível e as alternativas. Valeu ouro. 
A melhor parte? Podem encontrar toda esta informação neste grupo de Facebook.



Depois de termos feito a Estrada, foi também lançada uma edição especial da Revista Time Out (aqui) que fizemos questão de comprar.


8. Merchandising




Não faz propriamente parte da viagem, mas é das perguntas que mais nos colocam. Comprámos o íman e os autocolantes com o símbolo da Estrada Nacional 2 na loja online da Comunidade EN2, aqui. Há também necessaires, canecas, bordados, canivetes e até... vinho!

No café em Ciborro, com o logotipo "route-sixtyzado" da EN2, consta que também há merchandising. Como apanhámos o café no dia de descanso semanal, não podemos confirmar...



Seja de que maneira for, façam a Estrada Nacional 2. Estamos "fartos" de dizer isto, mas é uma montra fantástica do que Portugal é, das paisagens, das pessoas, da história, da gastronomia. Façam-na!
E se tiverem perguntas, façam-nas também. Teremos o maior gosto em ajudar-vos a planear a vossa viagem.


Let's Run Away?



__

Outras publicações relacionadas:

Fizemos a Estrada Nacional 2 (link)

Estrada Nacional 2: A preparação (link)

Estrada Nacional 2: Como planear a tua viagem (link)         

Roteiro: Estrada Nacional 2 - Dia 1 (link)

Roteiro: Estrada Nacional 2 - Dia 2 (link)

Roteiro: Estrada Nacional 2 - Dia 3 (link)

Roteiro: Estrada Nacional 2 - Dia 4 (o último) (link)

Roadtrip Estrada Nacional 2: Quanto custou? (link)

Roadtrip Estrada Nacional 2: Dicas de Viagem (link)

Bottom Ad [Post Page]