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Coisas para fazer em Arouca: Passadiços do Paiva


Fazer os Passadiços do Paiva estava, há muito tempo, nos nossos planos. Aproveitámos um feriado em Outubro de 2018 e fizemo-nos à estrada até Arouca, como vos contámos aqui. Reservámos uma noite num hotel da zona - estaríamos cansados depois do percurso e queríamos aproveitar para explorar a zona no dia seguinte - e, de resto, a única preparação que fizemos foi comprar os bilhetes para os Passadiços online (custam 1,00€ e podem ser adquiridos através do site oficial, aqui). 

Por falar em bilhetes, esta é a melhor dica que vos podemos dar sobre todo o percurso: comprem os vossos bilhetes com antecedência. É comum esgotarem, com semanas de antecedência ou no próprio dia, e vimos com os nossos próprios olhos quem ficasse apeado no início do percurso, depois de ter subido os oitocentos degraus da entrada no Areinho. Até ficámos com pena das pessoas...

Para comprar os bilhetes, terão de escolher o ponto onde pretendem iniciar o percurso: Areinho ou Espiunca. O percurso de cerca de oito quilómetros é linear e, portanto, terão de optar por fazê-lo nos dois sentidos (dificuldade muito elevada) ou recorrer ao autocarro local/táxi para vos levar de volta ao ponto inicial.
Depois de muita pesquisa, optámos por comprar os bilhetes no sentido Areinho - Espiunca. São vários os sites que referem que este é o percurso com o grau de dificuldade menos exigente. Depois de o termos feito, temos as nossas dúvidas. Logo à entrada, deparamo-nos com oitocentos e alguns degraus, com declive muito acentuado. Assim, sem aquecimento prévio. É verdade que a partir daí o percurso é, na sua maioria, a descer. Mas o mal inicial já está feito. 
No final da aventura, fruto da experiência própria e dos comentários que fomos ouvindo (incluindo o taxista que nos levou de novo ao ponto inicial), achamos que o percurso Espiunca - Areinho possa ser mais fácil, já que as subidas são feitas de forma gradual. Voltaremos para tirar as dúvidas!

Mas centremo-nos nos Passadiços. Estacionámos o carro no Parque de Estacionamento do Areinho e colocámos as mochilas com comida e bastante água às costas. Ambas as entradas têm parques de estacionamento disponíveis, pelo que não terão dificuldade em encontrar um lugar para deixar o carro.




Apesar de ser aqui que começa o percurso, esta zona é de acesso livre e não vão precisar, para já, do vosso bilhete. Se tiverem tempo, podem também aproveitar a Praia Fluvial do Areinho para carregar as vossas baterias com um mergulho!



Depois de cruzarmos a Estrada Nacional na Ponte de Alvarenga - o único ponto do percurso em que tal acontece - damos de caras com o início da subida: são, como já dissemos, oitocentos e alguns degraus num serpenteado pelo meio da encosta. Há, pelo meio, algumas plataformas onde podem aproveitar para descansar. Eu, que nesse dia estava com uma valente enxaqueca (daquelas a sério, não uma dor de cabeça) usei e abusei destas pausas e valeu-me o alento de pensar que, a partir dali, seria sempre a descer.



Chegados ao topo, temos a entrada oficial dos Passadiços do Paiva, com controlo de bilhetes e uma bilheteira, para quem se tenha aventurado a ir sem reserva prévia. A vista para a Garganta do Paiva e para a Cascata das Aguieiras já é linda e, apesar de ainda estar em construção, já pudemos deitar um olhinho à nova ponte suspensa que se prevê ser inaugurada em 2019.



Depois da pausa para fotos, iniciámos a descida. A partir daqui o percurso é, como nos tinham indicado, praticamente sempre a descer. Mas não sempre. Há, devido à inclinação natural do percurso, algumas partes a subir, bem mais simples do que a inicial. Há, também, uma paisagem maravilhosa para desfrutar e o Rio Paiva a dar frescura ao calor que se fazia sentir.



Nem sempre o rio é acessível mas vão, ao longo do percurso, encontrar várias zonas onde é possível dar uns mergulhos ou, simplesmente, apenas molhar os pezinhos. A Praia Fluvial do Vau, com lianas para saltar e tudo, é apenas um desses exemplos. Apesar de termos ido num dia de bastante calor, a temperatura da água já reflectia o mês de Outubro e não nos aventurámos.


Se têm vertigens, não se preocupem: não é obrigatório passar na Ponte Suspensa para realizar o percurso. Em boa verdade, a ponte suspensa apenas leva a uma pequena plataforma e depois têm de voltar para trás. Se não têm vertigens, aproveitem! Não só pela piada da ponte suspensa (que abana, senhores!) mas pela beleza da paisagem e pela oportunidade de verem, simultaneamente, ambas as margens do Paiva.



Além de praias fluviais e pontes suspensas, há também cascatas a acompanhar o percurso. E muita fauna e flora para observar. Uma das coisas que mais nos saltou à vista foram os vários placards, a cada quilómetro, com informação sobre as várias espécies que podemos encontrar ao longo dos Passadiços.


No final, apesar de estarmos a adorar o percurso, já só procurávamos pelo quilómetro final... que veio acompanhado das mais bonitas paisagens do percurso, como forma de recompensa. O cansaço era muito mas estávamos rendidos às paisagens do Paiva e à beleza dos Passadiços.



Terminámos o percurso com água fresca e um gelado no bar que se encontra na entrada de Espiunca, onde conseguimos também comprar o típico íman para o frigorífico. Apanhámos um táxi de volta ao Areinho, que nos custou cerca de 15,00€ negociados. Uma dica que nos deram e não conseguimos aproveitar: dividir o táxi com outras pessoas, de forma a dividir o custo. Infelizmente, quando terminámos o percurso não havia ninguém à espera de táxi...


Mas vamos a dicas mais concretas?
  • É imprescindível comprar os bilhetes com antecedência, através do site oficial (aqui)
  • Existem parques de estacionamento gratuitos em cada ponta do percurso.
  • Não existem bares/restaurantes durante o percurso, apenas das extremidades e um bar na Praia Fluvial do Vau.
  • No sentido Areinho - Espiunca o percurso inicia com oitocentos degraus e continua maioritariamente descendente; no sentido Espiunca - Areinho a subida é feita de forma mais gradual e acompanham, sempre de frente, as paisagens mais bonitas do rio.
  • O percurso é linear; para voltar ao ponto inicial, terão de o fazer duas vezes ou recorrer aos serviços de autocarro/táxi existentes.
  • Se quiserem fazer o percurso com boa luz para fotografar, é imprescindível que não deixem o início para muito depois da hora de almoço; quando o fizemos, metade da paisagem já se encontrava à sombra.
  • A dificuldade do percurso é alta e não existem saídas a meio.
  • Levem comida e água convosco, para poderem repor energias a meio do percurso.
  • Os Passadiços do Paiva são lindos e Portugal é o país mais lindo do mundo!


Se tivéssemos ido a Arouca de propósito para percorrer os Passadiços do Paiva, já tinha valido a pena. Mas ainda descobrimos uma região cheia de curiosidades e paisagens inesquecíveis. Contamos tudo brevemente!

Let's Run Away?


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