Sabemos que já vamos a meio do mês, mas não tem sido fácil fazer planos. Ou melhor, para sonhar temos sempre tempo, mas tem sido difícil encontrar um bocadinho para os passar para o papel.
Mas não estão em confinamento? Ora, pois estamos. Há quase quatro meses que estamos em casa, em teletrabalho, com o nosso filho bebé e só saímos para o essencial. Como vos dissemos, fizemos questão de cumprir o nosso papel na sociedade e reduzir as nossas interacções sociais ao máximo, depois de cumprirmos 15 dias de isolamento (voluntário) quando voltámos de Itália. Tem sido muito exigente, a nível físico, conjugar as exigências do trabalho com a atenção e cuidado que um bebé precisa, 24 horas por dia. E em todos começou a pesar o factor psicológico de estarmos fechados em quatro paredes.
De há um mês para cá, devagarinho, começámos a sair de casa. Um passeio aqui, um esticar de pernas acolá. Descobrimos, no primeiro "desconfinamento" à séria, um Jardim Zoológico de Lisboa praticamente vazio - e soube tão bem!
Junho seria mês de férias, descanso e viagem dupla, nos nossos planos pré-coronavírus. Na semana dos feriados embarcaríamos para Porto Santo, para uma semana de papo para o ar e muito sol misturado com água do mar. Andávamos a sonhar com isto desde que fomos para Maiorca e os planos de sol saíram furados - incluindo uma tempestade que deixou a ilha em alerta laranja. Depois, no final do mês, Malta esperava por nós para uma viagem em família. Estávamos todos muito entusiasmados, o roteiro estava traçado, tudo estava planeado. Mas mesmo antes de nos cancelarem o voo, decidimos que não era seguro viajar para lá - não por termos receio de ficar infectados, mas também porque poderemos infectar alguém, e é sempre preciso pesar os dois lados da balança.
Começámos Junho a tentar esquecer estes planos e pensar em novos. Sem grande antecedência, decidimos explorar o Ribatejo no primeiro fim-de-semana do mês, passando pela Aldeia da Palhota. Já lá tínhamos andado por perto em Agosto de 2019, quando fomos ao Escaroupim, mas desta vez alargámos o objectivo: Aldeia da Palhota, Ponte Rainha D. Amélia, Praia Doce, Muge e voltámos ao Escaroupim para um passeio de barco (que, por culpa do vento, acabou por não se realizar).
Nos feriados, matámos saudades da nossa querida Ericeira, conhemos os Do Berço to the World (que andam a percorrer Portugal em bicicleta) e, no caminho para casa, desviámos até à Aldeia da Mata Pequena. Não me vou alongar, brevemente teremos um artigo sobre esta belezura às portas de Lisboa, aqui no blog.
E o resto do mês? Bom, mantivemos as férias que tínhamos agendadas para a última semana de Junho. Estamos MESMO a precisar de descansar, urgentemente. Os planos são ficar de molho, numa casa com piscina que fica literalmente no meio do nada. Como vista, teremos uma das bonitas serras de Portugal. A ver se fazemos a fotossíntese, descontraímos e tiramos este tom amarelado da pele. Porque Julho traz passeatas das boas!
Let's Run Away?
