Post Page Advertisement [Top]

Roteiro - O que fazer em Porto Santo (Madeira) além da praia


Porto Santo é conhecida como a ilha dourada, e não é difícil perceber porquê. O que lhe dá a fama e leva milhares de viajantes até ela são as suas praias. Um areal extenso, areia fina e branca, um mar calmo e em tons azuis turquesa. Bonito, não é? A Praia do Porto Santo até já ganhou prémios e é reconhecida internacionalmente. Mas quem nos segue sabe que não é aquilo que mais procuramos num destino.

O que muita gente não sabe, também, é que Porto Santo não é um destino só de praia e que toda a ilha é um geossítio muito interessante e com muito para descobrir. Estão preparados? Temos muito para vos mostrar... E posso já dizer que não vimos tudo!

Viajámos para Porto Santo num voo directo da TAP Air Portugal a partir de Lisboa e com Hotel Tudo Incluído marcado para 7 noites - ficámos alojados no Pestana Porto Santo. O objectivo era vegetar na praia durante a maior parte do tempo, porque estávamos a precisar muito de descansar. Mas cedo percebemos que não íamos conseguir não explorar todos os recantos da ilha.

Por isso, alugámos um carro com a Moinho Rent a Car (têm um quiosque dentro do Pestana Porto Santo, o que deu imenso jeito) e começámos a contagem das 24 horas para explorar todos os recantos.


Etapa 1 - Costa Sul (Moinhos de Vento, Miradouro da Portela, Pico do Castelo e Serra de Fora


Começámos o passeio pelo Miradouro Moinho das Lombas. Por ter uma localização mais central, daqui é possível espreitar toda a costa sul da ilha e o mar azul turquesa à nossa frente. Foi uma excelente forma de começar o passeio e de nos rendermos a estes tons.



Todos os pontos turísticos têm um enquadramento cénico capaz de apaixonar qualquer um. É o caso da Capela de Nossa Senhora da Graça - onde tem início um dos percursos pedestres existentes - e que, apesar de estar fechada, fez valer a pena o desvio pela vista panorâmica que oferece.





Seguimos para os Moinhos de Vento de Porto Santo. São, como o nome indica, um conjunto de moinhos localizado num ponto alto da ilha que estão recuperados - uns melhores que outros - e que têm ganho algum sucesso ultimamente, por serem extremamente fotogénicos. 



Mesmo em frente, está o Miradouro da Portela. Este é um dos miradouros mais famosos da ilha e merece toda a fama que tem - a vista é soberba e mostra-nos, além de um mar turquesa a perder de vista, o porquê de Porto Santo ser conhecido como a Ilha Dourada. Se conseguirmos tirar os olhos da vista para o mar e lhe virarmos costas, vamos também conseguir ver os recortes esculpidos da Serra de Fora, onde está o ponto mais alto da ilha.





Sim, Porto Santo tem uma Serra. Além do Restaurante Teodorico, onde almoçámos as tradicionais e deliciosas espetadas (voltava lá agora sem hesitar), visitámos também o Pico do Castelo e o Miradouro do Pico do Castelo. Foi aqui que começámos a perceber as particularidades geológicas da ilha. Se quiserem explorar mais aprofundadamente a Serra, aconselhamos a que aluguem uma Moto 4 e percorram os caminhos de terra batida. Só desta forma é possível, por exemplo, subir até ao ponto mais alto.




Continuámos a contornar a Serra de Fora até à Ponta do Passo, onde se avista o Ilhéu do Farol e o próprio farol. Ou não faria sentido o ilhéu chamar-se assim, não é verdade?



Terminámos esta parte do percurso na Vereda do Pico Branco e Terra Chã onde, apesar de não termos feito o percurso pedestre, aproveitámos para apreciar as vistas.




Etapa 2 - Zona Oeste (Ponta da Calheta, Miradouro das Flores, Pico de Ana Ferreira)


Na Zona Oeste encontram-se os mais conhecidos pontos turísticos do Porto Santo. Começámos por explorar a Ponta da Calheta, com a praia virada para o Ilhéu da Cal. É aqui que o mar atinge as tonalidades mais incríveis, talvez por contraste com o escuro Ilhéu da Cal ali mesmo em frente. A areia é fina e convidativa. Esta Ponta é muito procurada ao final do dia, para assistir ao pôr-do-sol.


Da Ponta da Calheta subimos até ao Miradouro das Flores, o postal de Porto Santo. A vista é incrível, incrível, incrível. As cores são vivas, brilhantes e percebemos, rapidamente, o porquê de toda a fama. Só não percebemos porque é que ninguém nos falou dos mosquitos, que são às centenas... Aqui foi recentemente instalado um baloiço - esta moda já chegou a Porto Santo! - com vista privilegiada. Vale a pena experimentar!




Continuando a percorrer a costa, chegamos ao Zimbralinho. Não é muito conhecido, mas é dos pontos que mais nos impressionou, e escolhemos a alturar ideal do dia para o ver (fomos ao início da tarde). Falamos de uma pequena praia, de difícil acesso, encaixada por entre as escarpas da costa. Apesar do acesso difícil (que até se encontrava interdito), é possível fazer uma curta caminhada até ao miradouro onde começa a descida para a praia propriamente dita. E, de lá, vemos um mar de cores inacreditáveis. Que pequeno paraíso fomos encontrar...



Como já vos dissemos várias vezes, Porto Santo é um geossítio de enorme importância e com características muito particulares. Os nossos dois próximos pontos de paragem são um excelente exemplo disso. O Parque de Merendas dos Morenos acolhe uma "parede" que apresenta várias fases de ascensão magmática, de diferentes etapas de criação da ilha - falando assim como quem não percebe muito da coisa, mas percebe a importância do que vê. Olhando, é uma miscelânia de padrões e cores.




Depois, o famoso Pico de Ana Ferreira. Este, juntamente com o Miradouro das Flores e o Miradouro da Portela, fazem o triângulo de pontos turísticos dos chamados "turistas do tudo incluído" e, por isso, são os pontos mais famosos da ilha. Esta disjunção prismática forma as famosas "colunas", tão fotogénicas. Foi este o ponto que escolhemos para registar o habitual "salto", a nossa imagem da praxe.




Etapa 3 - Costa Norte (Fonte da Areia e Porto das Salemas)


Uma das coisas mais curiosas em Porto Santo é a forma como a paisagem se altera, dependendo do ponto onde estamos. Se, de um lado há praias de areia dourada, próximas a arribas e ilhéus em castanho escuro, em outros lados há praia de areia mais escura ou piscinas naturais. Tudo isto numa ilha com pouco mais de 40km2. E tudo se torna mais curioso se pensarmos que foi na costa norte que surgiu a areia dourada da costa sul. Confusos?

A areia dourada que tanto invejamos nas praias do Porto Santo "nasceu" na Fonte da Areia. Faz todo o sentido ter este nome, não é? Aqui, numa zona de acesso controlado - ou melhor, cada um desce a seu próprio risco - é possível ver as arribas douradas de onde a areia "se desprende". A erosão dá-lhes formas maravilhosamente esculpidas e que merecem uma fotografia. Pela questão da segurança, não nos aventurámos por aí além, mas gostámos do que vimos.



Terminámos esta parte do percurso a mirar, ao longe, o Porto das Salemas. Estas piscinas paradisíacas são uma das "novas" sensações da ilha - tiveram lugar de destaque em várias publicações. Dizem que vale a pena a descida para experimentar um mergulho nas piscinas naturais e para apreciar as pequenas grutas que se esculpem nas arribas. Nós preferimos, resignados, espreitá-las cá de cima.




Etapa 4 - Vila Baleira


Não podíamos ir embora do Porto Santo sem conhecer a sua "capital", Vila Baleira. É aqui que tudo acontece, é aqui que encontramos movimento, dragoeiros centenários, muito bolo do caco (já referimos que o bolo do caco "nasceu" em Porto Santo?), lambecas (os muito conhecidos gelados feitos em Porto Santo e que, pela sua fama, provocam filas enormes), lojas e parte da história que a ilha tem para contar.

Vale a pena dedicar-lhe um bom passeio a pé, uma visita ao comércio tradicional e ao mercado local. Aproveitem e parem na Boutique da Poncha, que muito nos recomendaram. É o sítio mais tradicional para a provar.


Como fomos com o nosso filho de dois anos, houve algumas actividades que preferimos - ou não conseguimos - realizar. Por opção, não fizemos nenhum dos trilhos existentes mas recomendaram-nos principalmente o Trilho Vereda do Pico Branco e Terra Chã, pelas vistas. Tentámos, nas não conseguimos subir até à famosa Gruta com vista panorâmica, que se encontra por cima do Pico de Ana Ferreira. A subida é muito íngreme, o piso é árido e com o miúdo ao colo era impossível correr bem. Na zona norte da ilha existem ainda umas arribas esculpidas pelo vento, à la Antelope Canyon, que nos encheram o olho. Chama-se Greta da D. Beja, foi descoberta recentemente e podem vê-la neste vídeo do JM Madeira. Como o acesso não é fácil, também preferimos não ir.

Este é também um excelente destino para mergulho e snorkeling. Não precisávamos que nos dissessem, um simples mergulho na praia permite-nos percebê-lo com muita facilidade. Mas, pelas mesmas razões, desta vez não experimentámos.


Depois deste parágrafo, até pode parecer que Porto Santo não é um bom destino para ir com crianças e entramos em conflito com a ideia de "grande parque infantil" que muitos têm desta ilha. A verdade é que, como todos os destinos, tem actividades que são indicadas para crianças e outras que não o são! 

Estamos a falar de uma ilha com temperaturas amenas durante todo o ano, com amplitudes meteorológicas muito baixas e com algumas das melhores praias que possam imaginar. E isto, tenho a certeza, faz as delícias de qualquer família.


Se quiserem mais informação sobre os pontos que visitámos e que tínhamos em vista visitar, podem consultar este mapa:



Da nossa parte, é certamente um destino para voltar sempre que procurarmos por uns dias de descanso. Ou de aventura!


Let's Run Away?


Bottom Ad [Post Page]