Post Page Advertisement [Top]

Roteiro: Ilhas Phi Phi (2 dias)


Visitar as Ilhas Phi Phi (em português lê-se mesmo assim, pi-pi, não me venham cá com ilhas fi-fi) estava, e sempre esteve, na nossa bucketlist. Já tínhamos lido muito, ouvido muito e queríamos mesmo muito lá ir. Posso dizer-vos, já, que não viemos nada desiludidos e que voltaríamos sem hesitar.

Mas vamos por partes...
As ilhas Phi Phi só são acessíveis por barco. Não há pontes nem aeroportos que façam a ligação até lá. Os ferry boats fazem a ligação desde Phuket (a mais usual), Krabi, Railay Beach e algumas das ilhas das redondezas. As ilhas Phi Phi são compostas por duas ilhas diferentes: Phi Phi Don, a maior, e a única habitada; Phi Phi Leh, mais pequena, onde se encontra a tão conhecida Maya Bay. 

Seguimos para as Phi Phi directamente de Railay Beach, apanhando um ferry directo para o Tonsai Pier que nos custou 450 baht (menos de 12,00€). Comprámos o bilhete no local, através do hotel em que ficámos em Railay, na véspera. A viagem dura um pouco mais de uma hora e faz-se muito bem, mesmo para quem não gosta de barcos, como eu. 



Uma vez que as ilhas estão dentro de um parque com protecção ambiental, o Parque Nacional Phi Phi-Hat Nopparat, é necessário pagar uma taxa de entrada. Foram-nos cobrados 20 baht (cerca de 0,50€) logo à chegada. Depois, foi só encontrar o representante do nosso hotel - sempre que chega um ferry, o cais fica cheio de representantes dos hotéis que vêm buscar os turistas e as suas respetivas malas - e esperar que nos indicasse o caminho. O nosso hotel, o Cobble Beach (de que vos falámos aqui) fica exactamente do lado contrário da ilha e foram quinze minutos a andar (quase correr) atrás do senhor que, apesar de empurrar o carrinho com as nossas malas e de outro casal, andava a uma velocidade vertiginosa por entre as várias ruas e ruelas.

Apesar de não ser um hotel central e de o caminho até lá poder parecer um bocadinho estranho, a vista é maravilhosa e passámos as primeiras horas a admirá-la, de molho nesta magnífica piscina infinita.



Pela hora de almoço partimos à descoberta da ilha, onde almoçámos no The Rock. Além do atendimento muito simpático, os sumos de fruta eram divinais e a comida muito boa. Ficámos surpreendidos com os preços, bem mais baixos do que encontrámos em Railay Beach, e pagámos, pelo almoço completo, 5,00€ por pessoa.


Antes de sairmos do hotel, pedimos na recepção algumas indicações do que não poderíamos perder em Koh Phi Phi Don e marcámos uma tour para o dia seguinte, para explorarmos Koh Phi Phi Leh. Seguindo as indicações da simpatiquíssima rececionista do The Cobble Beach, dirigimo-nos para Long Beach, fazendo um percurso à beira mar por várias praias desertas. Recomendamos M-U-I-T-O este percurso, pois passa por sítios lindos.

Seguindo da praia onde fica o Tonsai Pier para Este, na direcção do Arayaburi Resort, existe um caminho por entre a vegetação que leva até Long Beach. Pelo caminho passam por:

- Várias praias desertas com este aspecto




- Baloiços à beira mar


- Animais selvagens



- O Viking Nature Resort, no meio da floresta


E, finalmente, Long Beach. Uma praia calma, com pouca gente e uma água muito convidativa. Foi aqui que passámos o resto da tarde, entre mergulhos e fotografias. Antes do pôr-do-sol, apanhámos daqui um taxi boat até Tonsai Pier (200 baht, cerca de 5,00€) para voltarmos, novamente, ao hotel.



Não podíamos perder o pôr-do-sol nas Phi Phi e o hotel tem uma localização privilegiada para o momento. De molho na piscina, foi isto que vimos:




Para jantar, saímos novamente do hotel em direcção ao centro e à agitação. E é à noite que tudo acontece em Phi Phi Don. Há muitos restaurantes - desde os mais tradicionais aos mais modernos, muitos bares e festas na praia. Jantámos num restaurante tailandês e rumámos ao Banana Bar, um dos mais conhecidos da ilha. Este bar tem um rooftop e muito boa onda, vale a pena visitá-lo nem que seja para uma Chang gelada, como fizemos. 

Depois de termos tentado descansar - as festas na praia ouvem-se por toda a ilha e o nosso vizinho de quarto fez um esforço enorme para que a sua música abafasse a da praia - e comido o pequeno almoço no hotel, rumámos ao Phi Phi Viewpoint. Confesso que depois da experiência de Railay Beach íamos um pouco assustados com o acesso. Mas esta subida foi bem mais fácil: metade do percurso é feito em escadas, até sairmos da zona das habitações. A partir daí, a subida é a pique e chega mesmo a lutar contra a força da gravidade, mas sem cordas nem mosquitos.


Para entrar no Phi Phi ViewPoint é preciso comprar um bilhete, com um custo de 30 baht (cerca de 0,75€) e que nos permite aceder aos vários níveis. Esta, acima, é a vista que se obtém do Viewpoint 1. Dá para perceber, pelas imagens no local, a diferença de Phi Phi Don antes e depois do tsunami de 2004. Antes do tsunami, toda a "língua" de terra que divide as duas baías era composta apenas por vegetação. Hoje em dia, está repleta de hotéis, hostels e resorts de luxo. 
A vista daqui é bonita, sim, mas ainda não é "a vista". É preciso subir mais um pouco (cerca de 10 minutos, ou "cerca de 2 minutos" se perguntarem a um Tailandês) até ao Viewpont 2.





Dez minutos de subida depois, estamos no Viewpoint 2 e temos Phi Phi Don aos nossos pés. Vale muito a pena reservarem uma parte da vossa viagem para esta subida. A vista é soberba e ficámos por lá, sentados, a observar a paisagem e a descansar as pernas da subida durante bastante tempo.

Da parte da tarde, e depois de almoçarmos num restaurante muito apetecível mesmo perto do nosso hotel, rumámos à tour que tínhamos reservado no dia anterior. Fizemos a Half Day Snorkeling, Sunset and Plankton Tour, que se vende um pouco por toda a ilha. Pagámos 600 baht por pessoa (menos de 16,00€) incluindo o transporte de barco, material de snorkeling, colete salva-vidas, comida, fruta e bebidas. Lembro-me que estávamos tão mal habituados com os baixos preços da Tailândia que na altura achámos este valor caro!

A tour parte do Tonsai Pier em direcção a Phi Phi Leh num longtail boat, tão típico da Tailândia.


A primeira paragem é uma das várias Monkey Beach da zona. E o nome é extremamente explícito: trata-se de uma praia habitada por macacos. Dos maiores aos mais pequenos, dos mais assustadiços ou mais amigáveis, tivemos algum tempo para interagir com eles, dar uns mergulhos e tirar algumas fotos.




As paisagens de Phi Phi Leh são ainda mais bonitas do que as de Phi Phi Don e o verde e o azul contrastam por toda a parte. A tour que escolhemos acaba por contornar toda a ilha e ficámos maravilhados com tanta beleza.


A segunda paragem da tarde foi a Viking Cave. Esta caverna natural na rocha é conhecida não só pelos desenhos de barcos nas suas paredes, que se estimam ter cerca de 400 anos, como também pelos ninhos que ali se encontram. Os ninhos são habitualmente recolhidos pelos locais para venda, com fins medicinais ou gourmet, dependendo da versão que nos contam...
Exactamente por causa dos ninhos, não é possível entrar na caverna. Mas o barco pára em frente à entrada da rocha, enquanto o guia nos conta a história e nos deixa tirar algumas fotos.



De seguida, parámos durante meia hora em Pi-Leh Lagoon, uma baía lindíssima, rodeada de escarpas cobertas de vegetação. A ideia era fazer snorkeling durante meia hora, mas por muito que nadássemos foram poucos os peixes que vimos. Ainda assim, a paragem vale bastante a pena pela beleza do local.


A paragem seguinte, sim, foi um regalo para todos os apreciadores de snorkeling. Estivemos meia hora em Loh Samah Bay, rodeados de centenas de peixes lindos e de todas as cores. Usámos e abusámos da action cam e da dome port para tirar fotografias e fazer filmes dos nossos mergulhos. 






O último ponto em Phi Phi Leh era, quiçá, o mais aguardado do dia: Maya Bay. É a praia mais conhecida da Tailândia, devido ao filme "A Praia", com Leonardo Di Caprio. E estou mortinha por vos contar a aventura que foi lá chegar. Tinham-nos avisado que a entrada em Maya Bay era paga separadamente, no local, por causa da taxa ambiental. Assim, entregámos 400 baht (sim, quase tanto como pela excursão inteira!) por pessoa ao guia e ele indicou-nos que, por o mar estar muito agitado, não era possível ir de barco até Maya Bay e que teríamos que subir pelas rochas. Ok, tudo bem. Não nos disseram foi como íamos subir pelas rochas... Cordas, olá, chegámos!
O vídeo que vos mostro de seguida não foi filmado por nós, encontrei-o no Youtube. O título é qualquer coisa como "I almost died arriving in Maya Bay" e explica basicamente aquilo que sentimos quando nos deparámos com isto. Lembro-me que quando cheguei lá acima comentei, muito feliz "pronto, já está, sobrevivemos" e Ele me respondeu "Então e como é que vamos descer?"...


Maya Bay é uma praia linda, realmente é, mas não é a praia mais bonita que vimos nas Phi Phi. Foi o flop que estávamos à espera, sem tirar nem pôr. Ficámos lá por algum tempo, demos alguns mergulhos e voltámos para o barco. Apesar do medo inicial, a descida pelas cordas correu bem e chegámos lá inteiros...




Para terminar a tarde em beleza, assistimos ao pôr-do-sol em pleno mar, com o barco parado à deriva. Não sei se se lembram, mas mostrámos tudo no nosso instagram
Mas havia mais uma surpresa que nos estava reservada. Como tínhamos reservado a tour com este extra, o barco parou numa zona de Phi Phi Don que formava uma baía e tivemos oportunidade de mergulhar com plankton. Para quem não sabe, plankton são microorganismos marinhos que estão na base da cadeia alimentar e são luminescentes. O que significa que ao mergulhar à noite, numa zona em que seja possível observar plankton, o que vemos são milhares de luzinhas a piscar à nossa volta. A nossa action cam tinha ficado sem bateria e o meu telemóvel, resistente à água, tinha avariado nesse dia de manhã. Não temos registo do nosso mergulho e da nossa experiência, mas podem perceber o que vimos aqui.

Foi uma experiência maravilhosa e outra, na Tailândia, que não vamos esquecer tão facilmente. Recuperámos deste dia cheio de actividade com um banho quente no hotel e um jantar num dos restaurantes mais giros da ilha. Para sobremesa, experimentámos os típicos gelados de rolinho tailandeses, que vos mostrámos aqui.

E não podíamos ir embora das Phi Phi sem ver as famosas festas na praia. Há malabarismos com fogo, cuspidores de fogo, free shots para quem fizer topless e muitas outras coisas. Se querem festa, é sem dúvida ali que a encontram.


As Phi Phi foram aquilo que imaginávamos e ainda mais um pouco. Na mesma ilha, há opções para todos os gostos: zonas e actividades mais românticas, vistas de tirar o fôlego a qualquer um, festas loucas, bares giros, ping pong beer em cada esquina. Há restaurantes tradicionais, há comida de rua, há restaurantes modernos. Uns com vista de mar, outros com vista para as ruas movimentadas. Percebe-se que é uma ilha com espírito jovem e muito orientada para grandes bebedeiras e festas loucas. Mas também é possível fugir a isso tudo e passar umas férias descansadas, na natureza.
Surpreendeu-nos não só por esta oferta tão vasta como também pelos preços, que imaginávamos semelhantes aos de Railay Beach. Apesar de ser uma zona muito mais turística, os preços são muito baixos e é possível fazer refeições completas por menos de 5,00€ por pessoa, com bastante facilidade. Mas o que mais nos surpreendeu foi a limpeza: não vimos lixo nas praias e na água como nas outras praias e como é habitual, um pouco por toda a Ásia. A água é límpida, transparente, e em qualquer lado há imensos peixes à nossa volta. E borboletas, lagartos, pássaros, caranguejos... 

Mais uma vez, posso dizer-vos que nenhuma destas foto foi editada. Estas são as cores originais das Ilhas Phi Phi, a cru. É toda a fotogenia destas ilhas, em bruto.

Let's Run Away? Eu voltava já.

Bottom Ad [Post Page]