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Roteiro: Florença (2 dias)


Florença era, talvez, a cidade com as expectativas mais elevadas de toda a roadtrip. Esteve sempre em competição renhida com Roma, mas como acho sempre mais piada às cidades mais pequenas, no meu coração Florença ganhava. Por tudo o que já tinha ouvido falar, por toda a arte, pelo seu aspecto romântico... 
Para ajudar ainda mais à subida das expectativas, e muito por insistência d'Ele, começámos a conhecer Florença da melhor forma: na Piazzale Michelangelo, a ver o pôr-do-sol sobre a cidade, no final do dia que dedicámos a Bolonha (roteiro aqui). 



A vista é magnífica e o momento é vivido com pompa e circunstância: música ambiente, casais a dançar aqui e ali e centenas de pessoas, no muro e nas escadarias, à espera que o sol desapareça no horizonte. Dali, conseguimos identificar imediatamente os monumentos mais famosos da cidade: o Duomo, com a sua cúpula enorme, o Palazzo Vecchio, com a sua torre e a Ponte Vecchio

Ficámos alojados no Hotel Relais Il Cestello (de que já vos falámos aqui) e foi aqui que descansámos e nos preparámos para o dia seguinte, totalmente dedicado a conhecer a cidade de perto. 
Um dia é pouco para conhecer Florença, disso não temos dúvidas. Tivemos que fazer as nossas escolhas e definir os pontos que não queríamos perder, e definimos o nosso roteiro com base nisso. Muito sinceramente - e perdoem-me os apaixonados pela cidade - não sinto que tenha ficado assim TANTO por ver. 

O nosso hotel estava muito bem localizado, mesmo ao lado da Igreja de San Frediano in Cestello e a dois quarteirões da Ponte Vecchio. E foi mesmo aí que começámos o passeio do dia. É uma das estruturas mais antigas de Florença e vale a pena vê-la de ambos os lados e também atravessá-la, já que alberga dezenas de joalharias tradicionais e algumas lojinhas de recordações. A vista para o Rio Arno e para as restantes pontes também vale muito a pena!





Mesmo em frente à saída da Ponte Vecchio, encontrámos a famosa Galeria Uffizi. Dizem que é um dos maiores e mais importantes museus do mundo e um dos pontos turísticos imperdíveis de Florença. Para nós, certos de que para a visitar mereceria que lhe dedicássemos várias horas, não a incluímos no nosso roteiro. Tendo em conta que visitámos a cidade em pleno Agosto, as filas para entrar na Galeria (mesmo para quem já tinha bilhete) eram enormes e foi, sem dúvida, a melhor opção.


Ainda assim, mesmo que não planeiem visitar o seu interior, vale a pena passearem pelo recinto. A quantidade de artistas a pintar quadros, retratos, etc. nas arcadas é merecedora da vossa atenção. 


Prosseguindo para o centro da cidade, encontramos o Palazzo Vecchio. Este edifício, semelhante a uma fortaleza, tem uma enorme torre (que já tínhamos visto a partir da Piazzale Michelangelo) e alberga a Câmara de Florença. 



Pelo caminho até ao próximo ponto, passámos pelo Oratorio di San Firenze, ou Chiesa di San Filippo Neri. O seu interior é muito bonito e também vale a pena a paragem.


O ponto seguinte é a famosa Piazza Santa Croce, uma das mais importantes praças de Florença. É ladeada por vários edifícios tradicionais, alguns detalhadamente decorados, e por muitos restaurantes e cafés. Podem também encontrar várias bancas de artesanato e recordações, onde aproveitámos para fazer algumas compras.


É também nesta praça que se localiza a Basílica do Sagrado Coração (Basilica di Santa Croce). Actualmente, é a maior igreja franciscana do mundo e alberga os túmulos de várias figuras importantes, como Galileu, Nicolau Maquiavel, Gioachino Rossini e Miguel Ângelo. A entrada custa 8,00€.


E depois, o Duomo, cujo nome oficial é Cattedrale di Santa Maria del Fiore. É tudo aquilo que imaginam dele e muito mais, com a sua fachada detalhada e colorida e a enorme cúpula de Brunelleschi. Não há fotografias que consigam demonstrar a imponência deste monumento - em parte porque é mesmo gigante e está "encafuado" no meio de outros edifícios, o que torna, por exemplo, impossível fotografar a sua fachada na íntegra.



A entrada na Catedral é gratuita, mas as filas são enormes (esperámos mais de meia hora) e é necessário cobrir as pernas e os ombros. Convém irem preparados com uma echarpe ou algo semelhante, mas se não forem, não se preocupem: há, nas redondezas, dezenas de vendedores ambulantes prontos para vos ajudarem. 




Caso pretendam visitar outras partes do monumento, como a Cripta, a Cúpula ou a Torre do Sino, será necessário comprar bilhete (15,00€) e aguardar novamente em filas. portanto, dediquem-lhe bastante tempo do vosso roteiro... vale a pena!

Não deixem também de espreitar o Batistério de São João, o edifício mais antigo de Florença, muito conhecido por ser octogonal e também pelas portas talhadas em bronze. Fica mesmo em frente à entrada para o Duomo.


Com isto, era hora de almoço e aproveitámos para almoçar num simpático restaurante muito próximo ao Duomo. Comemos muito bem, mas foi mais à frente, numa das mais conhecidas gelatarias de Florença, que encontrámos a nossa sobremesa. Falo-vos da Gelateria Carabè, na Via Ricasoli.


Começámos a tarde na fila para a Galleria dell'Accademia, onde se encontra a estátua de David, de Michelangelo. A entrada é paga (8,00€) e a fila é grande, mas não demorou mais do que meia hora. Tenham em atenção às tentativas de venda de bilhetes - enquanto estão na fila, serão abordados por vários vendedores que vos dirão que a fila é demasiado demorada e que podem comprar o bilhete directamente a eles. A fila não demora assim tanto quanto isso e os bilhetes vendidos por eles são substancialmente mais caros do que na bilheteira oficial. Felizmente, já íamos devidamente alertados!



Quanto à estátua, é uma autêntica surpresa. Confesso que desde que vi a Mona Lisa, minúscula e "tapada" com um vidro com reflexos, nunca crio expectativas em relação a obras de arte. E esta é simplesmente arrebatadora! Enorme, imponente e de uma perfeição desconcertante. 

A tarde já ia longa quando nos dirigimos para a Basílica de São Lourenço. Se o exterior é mais modesto, o interior é bastante bonito e vale a pena a visita. Apesar de termos a informação de que a entrada tem um custo de 4,50€, não nos foi cobrado qualquer valor. 



Mesmo ao lado, a lindíssima Capela Medici, dedicada à casa real dos Medici. Está integrada na Basílica de São Lourenço e inclui várias obras de Michelangelo. 


Terminámos o roteiro na Piazza di Santa Maria Novella. É outra das principais praças da cidade e serviu-nos de descanso, à sombra, juntamente com outras dezenas de turistas que por lá andavam. 



É também nesta praça que se encontra a  Basílica de Santa Maria Novella, que foi a primeira Basílica a surgir em Florença. O valor da entrada é de 5,00€ para adultos.


Com algum tempo ainda para aproveitar a cidade, continuámos a nossa pesquisa pelo melhor gelado de Itália. E foi assim que descobrimos a Gelateria La Carraia, conhecida como uma das três melhores gelatarias de Florença. Os gelados eram, realmente, muito bons, e as quantidades e-nor-mes!


Para fechar em beleza, esperámos nas margens do Arno pelo pôr-do-sol. Hoje, não sobre a cidade, mas na cidade. E o espectáculo é digno de apanhar um avião só para ser visto. Vale muito a pena parar para ver o pôr-do-sol a partir da Ponte Vecchio ou da ponte seguinte, a Ponte Santa Trinita, como fizemos. 



Florença é, realmente, uma cidade muito bonita e digna de lhe dedicar uma viagem. Mas entristece-me dizer que as minhas expectativas não foram completamente correspondidas. Em grande parte, graças à poluição na cidade: as ruas estavam muito sujas, cinzentas mesmo, e alguns dos monumentos - em que se inclui o Duomo - necessitavam de uma limpeza urgente. Para vos dar um exemplo, as paredes do Duomo estavam cinzentas até cerca de um metro de altura, o mesmo acontecia nas ruas da cidade por onde passeámos e os meus ténis brancos, ao final do dia, eram também cinzentos. 

Na memória fica-nos, principalmente, as belas imagens das duas vezes em que vimos o pôr-do-sol em Florença. Foram os mais bonitos que vimos em Itália e deixaram-nos saudades...

Let's Run Away?

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