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Roteiro: Serra da Freita e Arouca GeoPark


Descobrimos a Serra da Freita e o Arouca GeoPark por puro acaso. É verdade, e é também incrível que uma zona tão linda continue sem ser conhecida pela maioria dos portugueses! 

A Serra da Freita está localizada no Norte de Portugal, um pouco abaixo de Arouca. Descobrimo-la quando visitámos Arouca (contámos tudo aqui) para percorrer os Passadiços do Paiva (de que vos falámos aqui) e por termos na nossa mira o Miradouro do Detrelo da Malhada. Foi exactamente ao pesquisarmos sobre a localização deste Miradouro que descobrimos o site do Arouca GeoPark e nos arrependemos, redondamente, de não termos destinado mais tempo a esta zona. Escrevo isto sem qualquer tipo de enviesamento: ninguém nos paga para dizermos que devem visitar a Serra da Freita e o Arouca GeoPark. Mas ambos ficámos completamente embasbacados com a beleza da região e com o facto de continuar a passar despercebida à maioria dos portugueses. Vamos mudar isso?

Fomos, primeiro que tudo, conquistados pelo estômago. Ganhámos energias para os Passadiços do Paiva com uma posta arouquense no Restaurante Zé Mota e repusemos as energias ao fim do dia com um suculento bacalhau no Restaurante Mira Freita. Acordámos no Hotel Rural da Freita e nem queríamos acreditar na vista que tínhamos pela frente, pela nossa janela panorâmica:



Depois, fizemo-nos à estrada e percorremos os pontos que mais nos tinham suscitado curiosidade na Rota dos Geossítios que vimos no site do Arouca Geopark. Não tendo tempo para percorrê-los todos, escolhemos aqueles que nos saltaram mais à vista quando planeámos a viagem. E ainda não tínhamos sequer começado e já tínhamos muita vontade de voltar.

Começámos o percurso pelo Miradouro da Frecha da Mizarela, muito próximo ao hotel onde ficámos alojados. Neste miradouro temos vista privilegiada para a Cascata da Mizarela, onde o Rio Caima desliza por mais de sessenta metros. 
Esta não é a melhor vista, mas para a conseguirem têm que descer pelo trilho existente. O trilho faz parte do famoso PR7 - Nas Escarpas da Mizarela que não fizemos por falta de tempo e porque, na altura, tinha uma parte interdita devido ao mau tempo.



Ainda não eram nove da manhã e já andávamos nós, no meio do monte, por entre os animais. Uma indicação errada e estávamos numa rua sem saída, rodeados de galinhas e galos. Mas ambos mais inofensivos do que os restantes amigos que fomos encontrando, a passear livremente, à beira da estrada.



A paragem seguinte tem um dos nomes mais suis generis mas que, depois de presenciado, faz todo o sentido: Centro de Interpretação das Pedras Parideiras. São, como o nome indica, pedras que parem pedras! Trata-se de um fenómeno de granitização muito raro e podem vê-lo nas suas várias fases, in loco




O próximo ponto é um dos motivos por que queremos muito voltar a Arouca: o Radar Meteorológico. A mil metros de altitude, no Pico do Gralheiro, fica este fotogénico radar. Mais fotogénica, dizem, é a vista do piso panorâmico que alcança desde a Figueira da Foz até à zona do grande Porto. As visitas ao piso panorâmico são feitas no período da tarde e foi por isso que a falhámos. Mas numa próxima vez não nos escapa!



Ainda assim, não resistimos a uma pequena exploração das imediações. A vista é linda, o que temos aos nossos pés também é...


As Pedras Boroas do Junqueiro (ou Pedras Broas, vimos escrito de ambas as formas), são um conjunto de rochas com fissuras em forma de polígono. À vista, fazem lembrar a côdea de uma broa, estaladiça - e é daí que vem o nome. 




O próximo ponto do roteiro era, até há uns tempos, dificilmente acessível. Não havia estrada até lá e, devido à sua posição estratégica, era precisa uma valente caminhada para lá chegar. Falo-vos do Marco Geodésico de S. Pedro o Velho e de uma vista de tirar o fôlego. Chegámos, sentámo-nos e desfrutámos...




A sorte que tivemos com o tempo foi incrível: um céu azul lindo, salpicado por nuvens que só tornavam a paisagem mais interessante. A vista, essa, fala por si:


Continuámos pela lindíssima Serra da Freita em busca do último ponto que tínhamos no roteiro, e aquele que nos fez descobrir o Arouca GeoPark. Pelo caminho, fomos aproveitando a paisagem.



Fechámos o percurso pela Serra da Freita no famoso Miradouro do Detrelo da Malhada. Apareceu em vários artigos sobre os melhores miradouros de Portugal e não é para menos, já que a vista é soberba. O formato circular, a forma como está inserido na paisagem, o posicionamento... tudo ajuda para que a experiência seja perfeita. Tivemos a sorte de poder desfrutar dele sozinhos, durante largos minutos, e soube t-ãaa-o bem. 



Fechámos mesmo  com chave de ouro esta incursão à Serra da Freita. E, antes de fecharmos também o fim-de-semana, ainda demos um saltinho a Arouca, onde almoçámos no recomendado Restaurante Parlamento


Estômago saciado, visitámos o Convento de Arouca e ainda passámos na Casa dos Doces Conventuais de Arouca, para abastecer antes do regresso a casa.



Esta zona tem, sabemos, muito mais para descobrir. E foi por isso que, mesmo ainda antes de nos virmos embora, já tínhamos vontade de voltar. Se Arouca fosse apenas sinónimo de Passadiços do Paiva, o check estava feito. Mas felizmente é muito mais do que isso e ficámos cheios de vontade de descobrir tudo o que não tivemos tempo para explorar desta vez. Temos a certeza que, em breve, voltaremos.

Let's Run Away?

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