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Roteiro - Heidelberg (1 dia)


A opinião que formamos sobre uma cidade muda com as expectativas, é certo, mas também com o momento em que a conhecemos. Heidelberg é, para nós, um claro exemplo disso. 
Há vários anos que Heidelberg fazia parte do meu imaginário e das cidades europeias que tinha na minha lista. Mas o facto de a termos conhecido depois de fazermos a Rota Romântica da Baviera fez com que não lhe achasse assim tanta piada.
Eu explico: Heidelberg é realmente fofinha; mas depois de conhecer várias cidades semelhantes, muito mais limpas e aprumadas, menos turísticas e sem esquemas turísticos por trás, Heidelberg soube a pouco.

Normalmente, os turistas chegam à cidade vindos de Frankfurt, numa escapadela de um dia. Para nós, foi mais ao contrário. Chegámos a Heidelberg no último dia da nossa viagem, antes de nos fazermos a Frankfurt para apanharmos o avião de regresso a casa.

Numa tarde conseguimos percorrer os vários pontos principais e apreciar o ponto alto da cidade: o pôr-do-sol na famosa Karl Theodor Bridge. Mas se este foi o final, comecemos pelo início...

Chegámos a Heidelberg de carro - caso façam a viagem a partir de Frankfurt, chegarão de comboio - e, por isso, começámos pelo ponto mais afastado, o Castelo de Heidelberg. Muito bem localizado na colina que ladeia a cidade, tem vista privilegiada para o rio e para o centro histórico. A entrada é gratuita e é obrigatório aproveitar as belas vistas.




Depois, seguimos de carro até ao centro histórico e estacionámos num dos parques cobertos disponíveis. Há bastantes lugares de rua nas imediações mas era domingo à tarde e a cidade estava cheia, pelo que não tivemos alternativa.

Passámos pelo Anatomiegarten, com a estátua do químico Robert Bunsen à porta, e seguimos em direcção às ruas pedonais do centro.


Percorremos uma parte da famosa Hauptstraße, a rua pedonal onde estão as principais lojas, cafés e restaurantes da cidade. É uma rua com muito movimento, algumas bancas de rua e muita confusão. Talvez por isso, e por termos sentido vários olhares indiscretos em direcção às mochilas e às câmaras fotográficas que levávamos connosco, não nos sentimentos 100% seguros pela primeira vez na Alemanha. E, pelo que vimos, não nos pareceu ser só impressão nossa.




Tínhamos um objectivo bem estabelecido e, por isso, deixámos a Hauptstraße de parte durante algum tempo para cortarmos as ruas em direcção ao rio Neckar. O sol já estava bastante baixo e a famosa golden hour é a melhor hora para o observar.



Não há foto dos famosos "portões" da Karl Theodor Bridge, ou Alte Brücke (ponte velha) como também é chamada, porque estavam em obras. E nem a estátua do macaco que dá sorte escapou aos andaimes. Ainda assim, conseguimos aproveitar a vista para as ruínas do Castelo e a vista para o rio, com a maravilhosa luz de fim de tarde.




Voltámos a embrenhar-nos nas ruas de Heidelberg em direcção à Marktplatz, uma das mais antigas praças existentes na cidade. Apesar de ser Fevereiro, e talvez porque estava uma linda tarde de sol, as esplanadas estavam cheias e havia imensas crianças a brincar na praça.
Pelo caminho, ainda passámos pela Heiliggeistkirche ou, mais fácil de pronunciar, Igreja do Espírito Santo.



Não pudemos deixar de reparar no lindíssimo edifício do Hotel Ritter, com as janelas verdes em contraste, e o aspecto retro do cinema Gloriette.



Antes de ir embora, voltámos a percorrer a Hauptstraße, ainda cheia de gente apesar do sol já se estar a pôr. Apreciámos os edifícios coloridos, as janelas cuidadas, as portas trabalhadas. Espreitámos as lojas e os cafés. Voltámos a sentir os olhares indiscretos, voltámos a insistir que não estávamos interessados num sem número de coisas que nos apresentaram. E voltámos a comentar que Heidelberg tinha perdido o encanto, por termos percorrido aquelas ruas depois de todas as cidades encantadoras que tínhamos conhecido nos últimos dias. Não que não seja bonita, que o é. E vale sempre a pena conhecê-la.

Let's Run Away?



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