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Roteiro: Railay Beach (2 dias)



Quem vê fotos de Krabi fica, imediatamente, com vontade de lá ir. Connosco não foi diferente. Tínhamos excluído Phuket da nossa lista de paragens na viagem à Tailândia, mas não queríamos deixar de ir às Ilhas Phi Phi. Perceber que o podíamos fazer a partir de Krabi foi o match perfeito. Reservámos, então, duas noites do nosso roteiro para relaxar em Krabi, antes de partirmos para as Phi Phi. 

Depois de escolher Krabi como destino, e porque é relativamente grande, foi preciso pesquisar para perceber que era em Railay Beach, considerada uma das praias mais bonitas da Tailândia, que queríamos ficar. Não é uma zona de fácil acesso - já lá vamos - e prometia-nos uma praia longe das grandes multidões. Escolhemos um hotel (o Sea Sand Resort Railay Beach, de que vos falámos aquiperto da praia e do lado mais sossegado de Railay Beach, Railay West. 
Railay Beach é uma "língua" de terra que se destaca de Krabi e não há (felizmente) estradas para lá chegar. Ou seja, resta-nos (a nós e a todos os que queiram lá chegar) ir de barco.
É importante, ao escolherem o hotel, perceberem de que lado de Railay - Railay West ou Railay East - querem ficar.  Railay East é onde se encontra o cais onde chegam e partem os barcos. Não tem praia com areia (apenas na maré baixa) e tem sempre mais movimento. Atravessando a zona, passando por ruas e ruelas com muitos macacos selvagens e zonas de mato com bastante lixo, chegamos a Railay West. É em Railay West que fica "a praia" que vemos nas fotografias. A menos que queiram passar os vossos dias a atravessar as ruelas para poupar algum dinheiro no hotel, aconselhamos a zona de Railay West para ficar. Acordar e ver aquela praia praticamente vazia é maravilhoso e inesquecível.

Passemos então ao roteiro propriamente dito, mas aviso já que não há propriamente um "roteiro" para vos mostrar: apenas dicas de como chegar a Railay Beach e alguns exemplos do que fizemos durante os nossos dois dias de descanso. Descanso é, entre nós, palavra de ordem e, à excepção de 20 minutos de subida intensiva para o View Point (e os subsequentes 20 minutos de descida) e um passeio para explorar a zona, a espreguiçadeira do hotel foi a nossa melhor amiga. 

Voámos de Chiang Mai para Krabi com a Air Asia, num voo bem madrugador. Como sabíamos que o trajecto até ao hotel era complicado, optámos por reservar o transfer juntamente com o quarto. Depois de aterrarmos em Krabi e de esperarmos um bocado - o avião chegou cedo demais e o motorista atrasou-se - entrámos numa carrinha super confortável, que nos levou ao porto marítimo de Krabi.



Da carrinha, passámos para um tuctuc, no qual fomos até ao cais de onde parte o barco próprio do hotel. E foi um longtail boat que nos levou até Railay Beach. Se pensam que ficámos por aqui, estão enganados: do long tail boat passámos para um atrelado rebocado a tractor, para que não fosse necessário molharmos os pés (e nós mortinhos por um mergulho...ahah) e, depois, para um carrinho de golf. Foi o carrinho de golf que nos levou desde o cais de Railay East até ao nosso hotel, em Railay West. Portanto: carrinha, tuctuc, barco, tractor, carrinho de golf et voilá, hotel. 

É possível, claro, fazer todo este percurso sem recorrer ao transfer do hotel. Basta apanharem um táxi ou autocarro para o porto de Krabi e, depois, negociarem um longtail boat que vos leve até Railay Beach, de onde podem partir em busca do vosso hotel, a pé.



Depois, foi muito disto: um mar turquesa até perder de vista, falésias cheias de vegetação e uma praia de areia fina e branca. A água é tão mas tão boa que não apetece sair de lá.

Foi exactamente com esta vista que passámos grande parte dos dois dias em Railay Beach. Ora com mais ou menos nuvens, mais ou menos longtail boats no horizonte e mais ou menos gente à nossa volta. Nota-se perfeitamente a que horas chegam e partem os barcos a Railay Beach, porque as praias enchem (mas nada que se assemelhe ao Algarve em Agosto). Pela manhã ou perto da hora do pôr-do-sol, a praia esvazia e ficam apenas os turistas que estão alojados nos hotéis próximos.





Só interrompemos o descanso nas espreguiçadeiras do hotel para:

- Ler debaixo do telheiro do quarto, durante a hora em que choveu torrencialmente


- Explorar a zona entre Railay West e Railay Est

Alguns restaurantes e bares com boa onda, lojas de souvenirs, empresas de turismo (onde podem comprar tours ou bilhetes de barco) e muitos, muitos macacos. Confesso que houve ali certas zonas que nos fizeram confusão, pela quantidade de lixo acumulado e pela quantidade de macacos selvagens e pouco amigáveis. Parece que varreram a sujidade para "debaixo do tapete", ou seja, para a zona atrás da praia. 


Num dos dias almoçámos num dos restaurantes do percurso e fomos visitados, várias vezes, por esta mini-ternura de macaco. Subiu às mesas, aos postes, às árvores e até aos ombros de vários turistas, enquanto se deliciava a roubar guardanapos do restaurante.

- Explorar Railay East


Deste lado, como vos disse, não há praia propriamente dita. Quando a maré está baixa há alguma areia, mas também muitas mangrove trees (penso que em Portugal sejam conhecidas como mangais) que tornam a água mais esverdeada e menos apetecível. É bonito, mas não tem nada a ver com a beleza paradisíaca do outro lado de Railay Beach. De cada lado de Railay East há viewpoints a que é possível subir e também o acesso a Phra Nang Beach e à Princess Cave. O caminho para ambas é difícil, feito de cordas e subidas em escarpas.

- Subir ao Viewpoint de Railay West 

Não sei como é a vossa capacidade física ao nível da escalada propriamente dita, mas nós não estávamos treinados. E os 20 minutos de subida a pique até este viewpoint foram meninos para nos deixarem com algumas dores musculares nos dias seguintes. Ainda por cima, subimos de Havaianas, o que não facilitou. Deixo-vos uma foto e um pequeno vídeo (com a velocidade aumentada, poupo-vos aos 20 minutos) para perceberem do que estamos a falar.





Falando a sério, é preciso ter alguma resistência física e ao calor para realizar esta subida - passámos , pelo caminho, por várias pessoas com algumas dificuldades em fazê-lo. Mas quando chegamos lá, somos recompensados com esta vista:


Dizem que a vista costuma ser melhor, se não forem na época das chuvas, quando a vegetação está maior. Do lado de Railay East existem outros dois viewpoints, um dos quais permite ver os dois lados de Railay Beach simultaneamente. Vale a pena escolherem pelo menos um para subir, devidamente munidos de água e muito repelente.

- Ver o pôr-do-sol em Railay West

Já sabíamos, de antemão, que Railay West era um sítio perfeito para assistir ao pôr-do-sol. E se no primeiro dia ele apareceu tímido, com muitas nuvens e cores pouco exuberantes, no segundo dia ficámos maravilhados com um magnífico pôr-do-sol, dos mais bonitos que já vimos.




Foi uma experiência incrível. Mais uma. A Tailândia é assim: conquista-nos com a sua simplicidade e simultânea exuberância. 
Railay Beach é das praias mais bonitas que já vimos, com um cenário incrível e surreal. E depois, brinda-nos com este pôr-do-sol magnífico. Deixem-me dizer-vos que nenhuma destas fotos tem a mínima edição, zero! Estas são as cores reais que os nossos olhos vêem e que a câmara capta, a cada disparo. Verdes, azuis, laranjas.

Mas houve, infelizmente, coisas de que não gostámos. E a poluição foi uma delas: há lixo por todo o lado, na praia, na água, nos caminhos. Apesar de termos ficado do lado mais sossegado de Railay Beach, longe do cais, havia constantemente taxiboats a chegarem e a partirem, deixando um rasto a gasolina no ar. Achámos também os preços exagerados, tanto nos hotéis como na comida, comparativamente com a qualidade dos outros locais. Talvez pela dificuldade de acesso, talvez apenas por exploração turística, não sabemos. 

Se tivéssemos oportunidade de voltar atrás e reorganizar a nossa viagem, provavelmente ficávamos menos uma noite em Railay Beach e dedicávamos mais tempo às Phi Phi. Porque, meus senhores, se estas fotos não precisam cá de Photoshop para serem assim, gulosas, nem queiram ver as das Ilhas Phi Phi. Um autêntico paraíso na terra. Mas isso fica para uma próxima publicação...

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