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Roteiro: Zurique (dois dias)


Chegámos a Zurique num chuvoso fim-de-semana de Março de 2017, com três dias para explorar a cidade e fugir também até Lucerne, onde passámos um dia. Já vos falámos sobre Lucerne (aqui) e hoje falaremos sobre Zurique. Mas temos que ser, desde o início, sinceros convosco: não ficámos deslumbrados com esta cidade. É bonita, que é, mas pequena, rápida de conhecer e demasiado cara para aquilo que oferece. Ajudou a este desamor o facto de termos encontrado várias coisas fechadas - sem aviso prévio - e esta história da Suiça funcionar como um relógio, lá está, suíço, foi por água abaixo num instante.

Por querermos partir de comboio para Lucerne bem cedo num dos dias que dedicámos a esta viagem, escolhemos um hotel perto da Estação de Comboios Zurique Hauptbahnhof - o Hotel Montana Zurich (review aqui). Além de estar perto da estação, este hotel está também bem localizado para aceder ao centro da cidade e tem uma relação qualidade-preço agradável, tendo em conta o panorama suíço.


A partir da estação de comboios, começamos o nosso percurso pela Rua Bahnhof, em pleno centro da cidade. É aqui que se encontram as maiores e mais luxuosas lojas e, nas redondezas, muito comércio generalista. Aproveitámos, já que o dia já ia longo, para uma paragem para almoço - no McDonald's, onde os menus custam cerca de 10,00€. 

Daqui seguimos para a Rua Augustiner, uma zona mais tradicional da cidade. Aqui, o melhor conselho que vos podemos dar é percorrerem as redondezas sem caminho certo, nem plano definido. Vejam as casas coloridas, as lojas tradicionais e as mostras - cada uma mais cuidada que a outra - que encontramos em praticamente todos os edifícios. 




Percorram a zona sem rumo, mas com orientação. É que, vindo da Rua Bahnhof e percorrendo a Rua Augustiner até ao fim, estamos perto de uma das maiores atracções da cidade: a Igreja de São Pedro (Peterskirche). A enorme torre, que marca a skyline de Zurique de forma omnipresente, alberga também o maior relógio da Europa, com 9 metros de diâmetro. Pretendíamos visitá-la por dentro - dizem que os murais barrocos do seu interior valem a pena - e também subir à torre, mas não tivemos sucesso na nossa tarefa. A Igreja encontrava-se fechada para ensaios - são muitas vezes realizados espectáculos no seu interior - e a torre apenas pode ser visitada em tours organizadas, por motivos de segurança. Ou, pelo menos, foi a informação que nos transmitiram.


Em direcção ao próximo passo passamos, novamente, por uma vasta zona comercial com muitas pequenas lojas de comércio local e a famosa Teuscher, uma das marcas mais tradicionais de chocolate suíço. Provado e aprovado!


Pelo caminho, passamos também pela Praça Parade (Paradeplatz). Estamos na Suiça e portanto, não estranharão se vos disser que estamos novamente numa zona de lojas de luxo, hotéis de topo e bancos. Encontramos também a Igreja de Nossa Senhora (Fraumünster), uma das torres esverdeadas que são imagem de marca de Zurique. Não é permitido tirar fotos no seu interior, mas é principalmente conhecida pelos seus vitrais do famoso artista Marc Chagall e pela sua roseta. Além disso, alberga o maior orgão de Zurique e um museu sobre a Reforma em Zurique.


Sem dinheiro para gastar em luxos na Praça Parade e com o tempo contado, chegámos ao próximo ponto mesmo antes de encerrar: falo-vos da Igreja Grossmunster, onde planeámos subir à torre. Se as torres da igreja dominam a paisagem de Zurique, Zurique domina a paisagem vista das torres. E que paisagem! Mesmo chovendo durante todo o tempo em que lá estivemos, mesmo com o tempo cinzento e algum nevoeiro sobre a cidade, a vista vale muito a pena! Visitámos também a Igreja em si, mas não a cripta, que é a maior de toda a Suiça.





Seguimos para aquela que foi a nossa zona preferida de Zurique: a Cidade Velha, ou Altstadt. Trata-se do centro histórico da cidade, mas também da zona onde a cidade tem mais vida. Há ruas a subir e a descer (o resto da cidade é maioritariamente plana), calçada, casas típicas e um sem número de lojas e restaurantes que convidam a uma entrada.





Curiosamente, é também aqui que se encontra a maior concentração de discotecas - nem demos por elas! - de toda a Suiça. Curioso, não?


Passeámos também pelas várias pontes que passam por cima do rio Limmat, mas foi de Rathausbrücke que encontrámos o cenário perfeito para as fotografias.



Para o segundo dia deixámos aquele que dizem ser o melhor sítio para uma vista panorâmica da cidade. Subimos à Colina Lindenhof logo pela manhã e a vista valeu a pena. Daqui é também possível chegar rapidamente à Cidade Velha (Altstadt), pelo que podem alterar a ordem do roteiro e visitá-la mais cedo. No nosso caso, foi uma estratégia apenas relacionada com o tempo: no domingo, a chuva deu-nos tréguas e permitiu-nos desfrutar melhor da cidade.




Atravessámos depois a Quaibrücke, uma ponte que combina caminhos rodoviários, pedestres, uma linha de comboio e uma ciclovia. Esta ponte, sobre o Rio Limmat, encontra-se exactamente onde o rio desagua no Lago Zurique, e permite-nos chegar a esta vista:


Vale a pena? Pois vale! Com um bocadinho de sol, aposto que a vista para o lago seria melhor ainda. Mas conseguimos ver a cidade sem chuva, e foi exactamente para isso que aproveitámos o nosso domingo, até ser hora de voltar a casa.

Quanto a Zurique, as nossas opiniões não foram as melhores. É uma cidade bonita, mas que se vê rapidamente - o tempo que lá estivemos foi mais do que suficiente e ainda fomos até Lucerne - e faltou-lhe aquele je ne sais quoi que nos faz render a um determinado local. Além disso, o elevado custo de vida acrescentou mais uma preocupação à nossa lista (podem ver o orçamento aqui) e não nos convenceu. É gira, é fofinha, está vista!

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