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Trilho Rota do Sul, Santa Maria, Açores

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Aterrámos em Santa Maria ao final da manhã e rapidamente ficámos cheios de vontade de conhecer esta ilha que, percebemos, cabia toda na vista da janela do avião. Já vos falámos sobre o roteiro completo dos quatro dias que passámos na ilha (aqui), mas há uma parte do nosso percurso que vos queremos mostrar mais detalhadamente: o Trilho Rota do Sul, que percorre uma parte da costa sul da ilha e permite aceder a alguns pontos que não são acessíveis de carro.


A Ilha de Santa Maria, além de uma caixinha de surpresas, é também uma ilha dedicada aos trilhos pedestres. Existe um trilho que dá a volta à ilha mas também vários trilhos mais pequenos ao longo da ilha. Este, que escolhemos, é um dos mais recomendados.

Começámos o trilho na Vila do Porto, mais precisamente no Forte de São Brás. Esta zona, mesmo perto ao porto de Santa Maria, tem estacionamento fácil e uma vista linda para a Baía do Calhau da Roupa.


Descemos até à Ribeira de São Francisco por um caminho de terra batida e seguimos até à Pedreira do Campo, um Geossítio classificado como Monumento Natural pela presença de diversos fósseis marinhos.



Todo o percurso é feito à beira mar e as paisagens são de um verde incrível. As aves - e o maravilhoso som do seu chilrear - foram a única companhia que tivemos durante todo o percurso...

Uns caminhos de terra batida mais à frente, encontrámos a Gruta Artificial do Figueiral. Tínhamos visto fotos incríveis desta zona e, aqui, percebemos que o Photoshop cria muitas desilusões. Mas não deixa de ser um sítio bastante interessante para visitar. Daqui, antigamente, era extraída argila para o fabrico de telhas e calcário para a produção de cal, duas características das casas de Santa Maria.




A partir daqui, foi sempre a subir até ao Touril e depois a descer, até à Prainha. Esta praia deserta apenas é acessível por estes trilhos e isso faz com que seja um dos recantos mais resguardados da ilha. Nesta zona, o percurso não é fácil, principalmente para quem tem vertigens. Mas a vista é espectacular...




E quanto chegamos lá abaixo, à Prainha, percebemos que apesar de ser Novembro não resistimos a um mergulho no mar.



A partir da Prainha, a dificuldade do percurso aumenta consideravelmente. Há partes em mau estado, outras quase na orla marítima e cabos de aço para nos agarrarmos às escarpas. Não foi fácil, mas valeu a pena. Passámos as ruínas do Forte de São João Baptista e chegámos, finalmente, à maravilhosa Praia Formosa. O nome não engana, é linda mesmo. E única nos Açores, pela sua areia calcária.

Melhor do que chegar ao fim do percurso e à Praia Formosa, foi chegar com um magnífico pôr-do-sol à nossa espera.



Aproveitámos o momento e, depois, chamámos um táxi (através do número que o hotel nos tinha facultado) e voltámos para o ponto inicial.

O percurso tem cerca de sete quilómetros de comprimento e, como já referimos, é linear. Vão precisar de um meio de transporte que vos leve ao ponto inicial novamente. Nós demorámos pouco mais de três horas a fazê-lo, com paragens para muitas fotografias e um banho de mar.

Apenas temos um reparo a fazer: está classificado como nível de dificuldade médio mas, a nosso ver, é um "médio alto" em algumas parte (principalmente no final). Não recomendamos a crianças nem a pessoas com vertigens. Ia dizer que não recomendamos a grávidas (mais uma vez, pela parte final) mas a Marina já estava grávida e ainda não sabíamos...


Portanto...
Let's Run Away?

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