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Roteiro - Antelope Canyon


Estão preparados? Vamos entrar no reino da fotografia. Falo-vos do Antelope Canyon, no Arizona, um dos canyons mais fotografados dos Estados Unidos da América. Não é para menos: a sua estrutura é uma autêntica obra de arte natural e é impossível não ficar rendido ao que vemos. Falo por nós: é bem capaz de ter sido das coisas mais incríveis de sempre.

Desde sempre nos habituámos a ver fotos de Antelope Canyon e, apaixonados por fotografia como somos, ficar literalmente a sonhar com isto. Quando descobrimos que ficava na nossa rota, nem queríamos acreditar. Comprámos bilhetes - só é possível visitar este canyon numa tour organizada - e ficámos a contar os minutos. Enquanto lá estivemos não fechámos a boca de espanto... 

Antelope Canyon fica em território Navajo, no estado do Arizona, e é uma zona protegida. Por ser frágil e poder ser perigoso (se chover, por exemplo), apenas é possível visitá-lo com uma tour organizada. 
O primeiro passo é escolherem qual das partes querem visitar: Upper Antelope Canyon ou Lower Antelope Canyon. Nós preferimos o Upper Antelope Canyon, por ser de mais fácil acesso e porque dizem que aqui é mais fácil presenciar os light beams, os feixes de luz que entram pelas rochas e criam efeitos magníficos. Fizemos a nossa reserva com a Adventurous Antelope Canyon Photo Tours, LLC pelos horários disponíveis, mas existem várias empresas a fazer a tour com preços e condições muito semelhantes. Se vão com o intuito de fotografar, existem tours específicas (mais caras) que vos permitem ficar mais tempo dentro do canyon e levar tripé. 
Apesar dos light beams serem visíveis por volta do meio dia, só conseguimos reserva para as 14h30. Este é um ponto muito importante: reservem com muita antecedência.

Cumprindo as indicações que recebemos por e-mail, chegámos meia hora mais cedo e fomos brindados com um espectáculo de navajo hula dance, por um dos melhores do mundo. Foi a melhor forma de entrarmos no espírito e nesta cultura específica, ficando a perceber algumas coisas sobre a forma como a tour é realizada e sobre as suas tradições.


Depois, somos divididos em pequenos grupos e é-nos atribuído um guia, que nos acompanhará durante todo o percurso da visita. O percurso até ao Upper Antelope Canyon é feito em jipes e é "ligeiramente" acidentado.. agarrem bem os vossos pertences!


E se imaginam um enorme espaço vazio com rochas em tons cor-de-laranja, deixem-me que vos diga que estão redondamente enganados. Sim, as rochas são efectivamente cor-de-laranja, não há aqui Photoshop. As cores são vibrantes por si só. Mas o espaço é exíguo e está apinhado de pessoas que, como nós, o querem admirar. 
É exactamente por isto que apenas é possível visitá-lo com guia: há uma série de regras a cumprir para garantir a conservação do canyon. Para vos dar um exemplo, as formas das "paredes" são provocadas pela água, por uma propriedade específica daquele tipo de rocha. Se entornar-mos água, por exemplo, estaremos a danificá-las. Tudo nos foi tão bem explicado que lembro-me de perguntar ao guia se podemos tocar nas paredes... "Claro, é rocha!". O apelo à conservação do canyon tinha baixado em mim de tal forma que me sentia como se estivesse perante um quadro num museu. 


Não somos, como sabem, fãs de tours ou grupos organizados. Gostamos de explorar os locais ao nosso ritmo e livremente. Mas, neste caso, não tivemos dificuldades em perceber o porquê de ser obrigatório seguir num grupo organizado e, muito sinceramente, não nos sentimos minimamente constrangidos por isso. Tudo está tão bem organizado que flui espontaneamente e, tão maravilhados que estávamos, nem demos pela quantidade de pessoas que lá estava. Afinal de contas, estamos todos a olhar para cima...

E, com muita muita sorte, vimos um light beam assim que entrámos! Impagável!


Apesar de termos pesquisado previamente quais as melhores definições para conseguir a melhor foto, o nosso guia começou o percurso por verificar em cada câmara e telemóvel se estavam bem programados, e por nos dar algumas dicas. Depois, foi aproveitar o trajecto e soltar muitos "aah" de exclamação.



Durante o percurso, o guia vai parando nos melhores sítios e indica-nos as melhores perspectivas. A foto abaixo, por exemplo, é no famoso "olho de dragão". Incrível, não é?


Sei que estivemos, durante todo o percurso, estupefactos com o que estávamos a ver, a presenciar. E a minha expressão, tão bem apanhada pelo João, é a melhor forma que temos de explicar isto. Uma imagem vale mesmo mais do que mil palavras e esta imagem resume bem o que é viajar, para nós: a surpresa, a admiração, a aventura, a magia, o desafio, o conhecimento, o deslumbre. Está tudo ali, naquele olhar.


No final, houve uma pequena demonstração da forma como a rocha reage à água e formámos um "mini-canyon" no chão, para percebermos como tudo funciona. 



Terminado o percurso, é preciso fazer todo o trajecto inverso, até onde o jipe espera por nós. Por uma questão de organização, não é permitido parar nem tirar fotos no caminho de regresso, de forma a facilitar a deslocação.

Foram, sem dúvida, alguns dos dólares mais bem gastos da viagem. E algo que nunca vamos esquecer.

Let's Run Away?



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