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Roteiro - Grand Canyon


Não podíamos fazer um roteiro na Costa Oeste dos Estados Unidos da América sem incluir o Grand Canyon, verdade? É "O" Grand Canyon, o mais importante e mais falado de todos. Visitar este Parque Nacional no Arizona fazia parte dos nossos objectivos e fez parte, desde sempre, do traçado que planeámos para esta viagem. 

O Grand Canyon divide-se em duas zonas, o West Rhim e o South Rhim. É no West Rhim que fica o famoso Grand Canyon Skywalk e foi exactamente por isso que não escolhemos esse: o preço é exorbitante e nem sequer podemos tirar fotografias, apenas comprar as que nos tiram. Não faz o nosso género e rapidamente o South Rhim passou a ser o nosso plano.
Escolhemos um hotel na Grand Canyon Village (Grand Canyon Plaza Hotel), para que pudessemos dedicar mais tempo a explorar este parque. Os hotéis, por aqui, são caros, mas fizemos contas e compensou-nos pagar um pouco mais e evitar mais deslocações.


Depois de visitarmos o Zion National Park (aqui), Horseshoe Bend (aqui) e Antelope Canyon (aqui), fizemo-nos à estrada em direcção ao Grand Canyon. E, depois de uma perseguição policial digna de filme - alguém carregou demais no acelerador, não foi João? - chegámos, são, salvos e com uma multa por pagar ao Grand Canyon na hora do pôr-do-sol.



A entrada no Grand Canyon é paga, com um custo de 35$ por veículo (independentemente do número de pessoas que seguem no veículo). Como já vos referimos em textos anteriores, optámos por comprar o passe anual dos Parques Nacionais, por 80$. Sempre que entrem em mais do que dois Parques Nacionais (sem contar com Antelope Canyon, que se encontra em território Navajo e não está incluído), este passe compensa.

E nós, ainda não tínhamos entrado oficialmente no Parque e já estávamos a parar o carro para tirar fotografias. A vida animal deste sítio é impressionante e de tantos em tantos metros encontramos um animal a fazer a sua vida diária, como se nada fosse, alheio aos turistas que por ali passam. À noite, é preciso conduzir com muito cuidado, porque há zonas mal iluminadas e eles cruzam as estradas como se nada fosse. Os dois da foto são apenas pequenos exemplos, não fazem ideia da quantidade de vezes que nos cruzámos com vida selvagem mesmo à nossa frente. E isso é das melhores recordações...



Chegar ao final do dia deu, como podem ver, alguma magia à nossa visita. O céu torna-se alaranjado, não há luzes no horizonte, os últimos raios de sol reflectem nas águas do Rio Colorado... Como entrámos pela Desert View Entrance Station, aproveitámos a magnífica vista da Desert View Watchtower para contemplar o pôr-do-sol.

Mas só o novo dia nos trouxe o Grand Canyon como ele realmente é. E, meus amigos, não é vermelho. As fotos que estamos habituados a ver estão carregadas de edição, filtros, etc. O Grand Canyon é castanho. Na altura, publicámos fotografias não editadas no Instagram (como fazemos sempre) e este foi o comentário que mais vezes recebemos: "o Grand Canyon é castanho? Nunca imaginei". É por isto que gostamos de manter as nossas fotos cruas, sem qualquer edição. Queremos mostrar-vos o mundo como ele é. E realmente o Grand Canyon é lindíssimo, mas não é vermelho.



A primeira coisa que fizemos assim que o dia começou foi, como se tornou rotina em todos os Parques Nacionais, ir ao Visitor Center, dizer o tempo que tínhamos disponível e perceber qual seria a melhor forma de rentabilizarmos o nosso passeio. Com informação já mais estruturada, deixámos o carro estacionado no enorme parque de estacionamento do Visitor Center e partimos num dos shuttle bus em direcção ao traçado vermelho - a Hermits Rest Route (existem vários traçados de diferentes cores dentro do Parque, que correspondem aos diferentes shuttle bus existentes e vos levam a pontos distintos).





A Hermits Rest Route tem ao todo 10 pontos de paragem, incluindo o ponto final, o Hermits Rest. Os shuttle bus passam a cada 10-15 minutos e isso permite-nos sair em cada um dos pontos, apreciar a paisagem e apanhar o shuttle bus seguinte até ao próximo ponto. No mapa que nos oferecem, à entrada do parque ou no Visitor Center, toda esta informação está bastante detalhada.




No mapa conseguem também ver detalhadamente os trilhos que vos permitem fazer cada um dos trajectos entre os pontos do shuttle bus, a pé, com informação de distâncias em milhas e também em quilómetros. Optámos por fazer alguns - os mais pequenos - a pé, já que o calor apertava bastante, e aproveitar os trajectos melhores para descansar no shuttle bus.
É claro que além destes trilhos existem outros bastante maiores e mais existentes, pelo meio do Canyon, e que são esses que levam a grande maioria das pessoas ao Parque. Para fazer esses trilhos e visitar também o Parque, um dia não é, de todo, suficiente.




Aproveitámos o último ponto para almoçar: no Hermits Rest há restaurantes, casas de banho, uma loja de recordações e vários pontos onde podem encher a vossa garrafa de água reutilizável com água fresca ou natural (é muito comum encontrarmos estes pontos de água nos E.U.A.). E depois, fizemos o caminho de volta até ao Visitor Center onde deixámos o carro e visitámos os restantes pontos de lá até Desert View, novamente. 

Passámos um dia no Parque Nacional do Grand Canyon e conseguimos, facilmente, visitar os pontos principais e até fazer alguns trilhos a pé. As vistas valem muito a pena e conseguimos até, com muita sorte, ouvir os rápidos no Rio Colorado (há quem vá lá frequentemente e não consiga, é tudo uma questão de direcção do vento e de muita sorte). Adorámos o contacto com a vida animal e a forma como tudo está organizado, a simpatia de todas as pessoas do Parque (os condutores dos shuttle bus são de uma boa disposição inesquecível) mas... Mas o Grand Canyon não foi, de todo, o nosso Parque preferido. Talvez pela expectativa - afinal é "O" Grand Canyon, como já tinha dito - talvez pelo facto de vermos sempre a paisagem de cima (temos noção da extensão, mas não da grandeza), talvez pela imagem à frente dos nossos olhos não ter o filtro das fotografias que nos foram "vendendo" ao longo dos anos. É uma experência magnífica, mas não tem o factor estupefacção que estávamos à espera. Ainda assim, vale a pena por no roteiro!

Let's Run Away?




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