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Roteiro Los Angeles, Califórnia (3 dias)


Se Nova Iorque é a cidade que não dorme, Los Angeles é a cidade que não pára. A nível artístico, é aqui que tudo acontece e isso nota-se, vive-se nas ruas. Ao contrário do que possam pensar, Los Angeles não é, a nosso ver, uma cidade bonita. É uma cidade para se viver, e não para se ver. E foi isso que nos fez gostar dela.

Já a tínhamos visitado uns dias atrás na nossa roadtrip pela Costa Oeste, quando ficámos alojados em Venice Beach e explorámos a zona (aqui e aqui). Mas, pensando em tudo, Venice Beach e Santa Mónica parecem-nos a milhares de quilómetros de distância. Não só pelas enormes diferenças culturais como também porque Los Angeles é uma cidade enorme, com várias "cidades" lá dentro.

Quando planeámos a roadtrip, o nosso objectivo era entregar o carro à rent a car assim que chegássemos a Los Angeles e aproveitar os transportes para explorar a cidade. Ingénuos. Meia hora depois de chegarmos percebemos que isso era impossível. Apesar do hotel ser bem localizado, a rede de transportes não era assim tão boa e não tínhamos mais do que três dias para ver tudo o que queríamos. 
Fomos à rent a car, renegociámos o aluguer com uma extensão de três dias e alterámos o local de entrega para o aeroporto. Foi o melhor que fizemos... 

Depois, estávamos prontos para descobrir L.A.!

Dia 1


Já tínhamos começado a descobri-la, assim que entrámos na cidade e pusemos os olhos num magnífico mural do Vhils com Obey. Incrível. O mural fica na lateral do Echo Park Film Center (1200 N Alvorado St).
Não sei se têm essa noção, mas somos os dois bons apreciadores de arte urbana e Los Angeles é um poço de obras de arte incríveis nas paredes. Se não tinham essa noção, acho que vão passar a ter quando terminarem de ler este roteiro...


A sensação de percorrer as ruas e reconhecer o que vemos da televisão acontece praticamente a cada esquina. A Amoeba Music foi um desses casos, que me fez soltar um enorme "aaaaaaaaah" assim que lhe pus os olhos em cima.


Tudo isto e ainda estávamos a caminho dos primeiros pontos do nosso roteiro: Beverly Hills e Rodeo Drive. Estacionámos o carro e, apesar do nosso ar pobretanas, passeámos em Rodeo Drive lado a lado com pessoas a carregar inúmeros sacos de marcas de luxo. Ainda bem que ver montras não custa dinheiro!


Depois, com o Príncipe de Bel Air na nossa cabeça, seguimos para o bairro de Bel Air. As casas são, na sua maior parte, cobertas por muros enormes e portões imponentes. Há avisos de "Guarda Armado" por todo o lado e segurança a passear pelas ruas. Percorremos algumas ruas, imaginámos a quem pertencem as casas e espantámo-nos com os heliportos nos telhados de algumas.
Para quem esteja interessado, há tours em autocarros com rooftop, para poderem espreitar melhor as casas. E, nessas tours, muitas vezes identificam as casas dos famosos.



Dia 2



Começámos o segundo dia bem cedo, com uma visita aos Warner Bros. Studios, em Burbank. A visita estava marcada há várias semanas (é mesmo necessário reservar com antecedência) e a disponibilidade acabou por condicionar o nosso roteiro da viagem, mas era algo que queríamos mesmo fazer! Vamos falar sobre esta visita numa publicação à parte, mas podemos já dizer que vale bem a pena. Principalmente se uma das vossas séries preferidas for aqui gravada...


Terminada a visita e cheios de fome, seguimos para Melrose Avenue. Aqui existem várias opções para comer, lojas famosas, lojas alternativas, galerias de arte e muitos, muitos murais de arte urbana. É tanta arte urbana que até ao chão temos de estar atentos.
Almoçámos num café brasileiro com açaí e pão de queijo (por esta altura já estávamos fartos de fast food americana) e passeámos muito pelos vários quarteirões.







A caminho do ponto seguinte, não resistimos a parar aqui. É um enorme mural do RETNA, um artista natural de Los Angeles. Ocupa a lateral inteira de um prédio e, no topo, há um court de ténis. Só mesmo em L.A...


Ir a Roma e não ver o Papa é semelhante a ir a Los Angeles e não ver o Hollywood Sign. Bom, nós fomos a Roma e não vimos o Papa, mas em Los Angeles não falhámos. Existem muitos pontos de onde se pode ver o sinal - ele é praticamente omnipresente na paisagem de L.A. - mas o parque Hollywood Hills tem uma vista próxima e bastante desafogada. Recomendamos!




Terminámos o dia - depois de mais de uma hora no trânsito - num dos hypes de L.A., graças ao filme La La Land. Não havia Emma Stone nem Ryan Gosling a sapatear no muro do Griffith Observatory, mas havia um espectacular pôr-do-sol sobre a cidade. E é exactamente a vista para o pôr-do-sol que faz com que centenas de pessoas se dirijam ao Griffith Observatory a esta hora do dia. Estivemos mesmo muito tempo no trânsito, foi um filme de terror conseguir estacionar o carro e ainda tivemos de fazer uma boa parte da subida a pé. Preparem-se! Mas vale a pena...






Dia 3


Para o terceiro (e último dia) deixámos a zona mais "estrelada" de Los Angeles. Começámos no Highland Center, estacionámos o carro na Hollywood Boulevard e explorámos a zona a pé. 
O primeiro ponto que identificámos foi o Dolby Theatre, o espaço que todos os anos recebe a noite dos Óscares. Mesmo ao lado, conhecemos também o TCL Chinese Theatre, num estilo arquitectural chinês. No chão, à entrada, há dedicatórias, assinaturas e as marcas das mãos de muitos actores famosos que ali estiveram em cena.



Não sei qual é a ideia que vocês têm a Walk of Fame, o famoso Passeio da Fama, mas nós ficámos um pouco desconcertados. É que não é uma rua apenas... Estão na avenida principal, claro, mas também estão espalhadas pela lateral, em ruas paralelas. São imensas, mesmo. 
Há pessoas por todo o lado, muitas sentadas no chão (como nós) a tentar uma foto com a estrela do seu actor favorito. É praticamente impossível apanhar várias estrelas numa única foto, em perspectiva. Mas todos parecemos crianças a ler as estrelas que vão aparecendo aqui e ali. Algumas são mesmo inesperadas! O que nos divertimos...



Seguimos depois, de carro, em busca do Walt Disney Concert Hall, um lindíssimo espaço de concertos construído com fundos doados pela viúva de Walt Disney à cidade de Los Angeles. É muito semelhante ao Museu Guggenheim de Bilbao que já conhecíamos e, talvez por isso, não nos tenha surpreendido tanto. 
Mesmo ao lado, vimos também o The Broad, um museu de arte contemporânea com entrada gratuita.



Aproveitando ser fim-de-semana e hora de almoço, seguimos até ao delicioso Smorgasburg, um enorme mercado de comida a céu aberto. Tal como tudo em L.A., este espaço tem muuuito boa onda e muitas opções de comida para todos os gostos, bem originais. Vale a pena! Nós experimentámos comida tailandesa - um saboroso Pad Thai e Mango Sticky Rice - e o famoso esparguete voador. 



A hora de apanhar o avião de regresso a casa aproximava-se, mas ainda tivemos tempo para mais umas voltinhas. Percorremos inúmeros quarteirões de Downtown L.A., uma zona reconhecida pela qualidade (e quantidade) de arte urbana nas paredes. É aqui que residem muitos dos artistas e isso vê-se nas paredes. Foi neste bairro que vimos alguns dos murais mais espectaculares de sempre.




Terminámos em beleza numa imagem icónica de Los Angeles: o Hollywood Sign rodeado de altas palmeiras, perfeitamente alinhadas. Foi uma obra e tanto descobrir esta vista - há muita gente que acha que não existe - mas está na Windsor Boulevard, entre as 4th e 5th Streets. Neste dia havia alguma neblina no ar, mas se focarem bem conseguem ver as letras, lá no fundo, certo?


Foi assim que dissemos "Adeus!" a Los Angeles, depois de muitos quilómetros percorridos e muitas horas no trânsito frenético. Foi um desfecho à altura da nossa roadtrip, sem qualquer dúvida. Mas temos de confessar que por esta altura já tínhamos bastantes saudades da gastronomia portuguesa!

Ficámos com a certeza de que não vimos nem experimentámos metade do que há em L.A. e os dias que lhe dedicámos foram muito poucos. É uma cidade com muito para oferecer e o único reparo que lhe temos a fazer é o facto de os restaurantes fecharem cedíssimo! Imaginem, por volta das 21h00 já não encontrávamos restaurantes abertos e chegámos a ter de ir ao supermercado comprar qualquer coisa a correr, nos minutos antes de fechar. A juntar a isso, o que no mapa parece "ali ao lado" às vezes leva mais de 40 minutos a percorrer, sem contar com o trânsito que está por todo o lado. Mesmo numa autoestrada com seis faixas de rodagem para cada sentido, ao sábado de manhã, está tudo parado. Felizmente temos prática na 2ª Circular e no IC19, mas nem assim nos habituámos a esta loucura de carros.

Não me canso de repetir a "boa onda" que se sente em todo o lado. Los Angeles é a cidade das oportunidades para artistas dos mais variados tipos e, por isso, é uma mistura muito bem conseguida e é aqui que podemos ser quem quisermos, sem preconceitos. É uma montra viva de música, desenho, artes performativas, etc. em cada esquina, rua ou loja. E tudo isso foi muito bom de descobrir.

Let's Run Away?


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