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2020 em revista.


Não sei, ao certo, se meados de Fevereiro é uma data aceitável para este tipo de texto. A verdade é que a cabeça tem atingido velocidades elevadíssimas e não houve, desde há muito, um momento para abrandar e escrever. Escrever, por aqui, não pode ser uma obrigação - é, e sempre será, um momento de pausa.

A verdade é que 2020 não foi o ano que ninguém (arrisco-me a dizê-lo) esperava. Por aqui não foi diferente e, se tínhamos grandes planos para ele, a verdade é que foram todos por água abaixo.

Mesmo antes do ano começar, a sede de viajar, acumulada por vários meses parados em 2019 por motivos de saúde, deu-nos ganas para planear tudo até outubro. Caldas da Rainha, Manchester, Bordéus, Lombardia, Irlanda, Porto Santo, Malta e Açores. Andávamos, em Fevereiro de 2020, a namorar uma viagem a óptimo preço para um roteiro há muito sonhado pelo Canadá. Bordeús ficou cancelada, com o nosso passageiro clandestino doente. E, depois, quando estávamos na Lombardia, rebentou um surto de coronavírus na Europa e entrámos em confinamento. A partir daí, tudo mudou.


Não é novidade nenhuma, para quem nos lê, que o blog ficou "posto de parte" durante 2020. Não foi por falta de vontade, acreditem, mas por falta de tempo. É muito exigente, quer a nível físico quer psicológico, conciliar o teletrabalho com um bebé e manter este registo durante tanto tempo. Já passou quase um ano. Estamos cansados, esgotados... e com mais de trinta roteiros em atraso aqui no estaminé.


Mas, se o blog ficou parado, as viagens não ficaram. E, sempre que as ordens de confinamento nos permitiram, passeámos por Portugal. Sempre fomos defensores de que vivemos no país mais lindo do mundo e não tivemos dificuldade nenhuma em arranjar uma enorme lista de coisas para fazer por cá. Primeiro uma escapadela até à Palhota, no Ribatejo. Depois outra escapadela à Aldeia da Mata Pequena. Uma semana no Carvalhal do Pombo, na Casa Jasmim dos Poetas (o autêntico paraíso que estávamos a precisar para desconfinar). A Estrada Nacional 222 a percorrer o Douro. As Portas de Rodão e o Alto Alentejo. Uma roadtrip de Freixo de Espada à Cinta até Viana do Castelo, contornando toda a fronteira Norte de Portugal. Ponte de Lima. Amarante, Gaia, Ovar, Coimbra. Um fim-de-semana afastados do mundo no Chão do Rio, rodeados de calma e natureza. Uma tarde de muito calor em Avis. A pouco explorada Serra da Malcata. Conseguimos fazer a viagem aos Açores que tínhamos planeado no início de 2020 e visitámos o Faial, as Flores, o Corvo e ainda São Miguel. Passámos um fim-de-semana calminho em Santiago do Cacém. E terminámos o ano a explorar o nosso próprio concelho, sem podermos sair de cá.


Não foi nada do que tínhamos planeado, é um facto. Mas só serviu para ficarmos ainda mais apaixonados pelo nosso país. E a lista de sítios onde queremos ir só aumentou, não diminuiu.


Deixem as restrições serem levantadas e vão ver se não estamos cheios de planos!

Let's Run Away?

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